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Vegetação brasileira – Parte 2

A vegetação brasileira é notável por sua diversidade e exuberância, abrangendo desde a Floresta Amazônica até o Cerrado e a Caatinga. Essa riqueza botânica desempenha um papel crucial na biodiversidade e nos ecossistemas do país, influenciando aspectos climáticos e econômicos, bem como a vida das comunidades locais.

CAATINGAS OU DEPRESSÕES INTERMONTANAS E INTERPLANÁLTICAS SEMIÁRIDAS

Trata-se de uma região semiárida coberta pela caatinga (xerófila), vegetação adaptada ao clima com chuvas irregulares, mal distribuídas e seca prolongada (baixo índice de pluviosidade). Os solos são pouco profundos por causa da expressiva amplitude térmica diária e do predomínio do intemperismo físico (a desagregação mecânica supera a decomposição química das rochas). Mas, justamente pela escassez de chuvas, a erosão e a lixiviação dos solos pelas enxurradas têm pouco relevância, ao contrário do que ocorre na maior parte do país. O relevo desse domínio caracteriza-se pela existência de depressões em quase toda a sua extensão, por ser um território antigo e fortemente erodido pela pediplanização. É comum aparecerem no meio desse domínio os inselbergs – morros residuais, espécies de “testemunhos” de camadas rochosas já erodidas pelo processo de pediplanização. Os inselbergs são compostos geralmente por rochas cristalinas, mais resistentes à erosão (exemplo: Milagres, Patos e Quixadá).

Observação: Pediplanização – processo erosivo que ocorre nas regiões áridas e semiáridas. Quase nunca se deve a um só agente, mas a uma combinação deles. Todavia, dependendo do clima, um desses agentes predomina, como chuvas nos climas tropicais úmidos, dando uma feição peculiar ao relevo. Nos climas áridos ou semiáridos, a importância das chuvas é pequena, predominando a ação da temperatura (intemperismo físico ou mecânico) e dos ventos (erosão eólica – processos de corrosão e deflação), que vão aplainando progressivamente o relevo.

Perfil vegetal: CAATINGA (MATA BRANCA)

https://blog.biologiatotal.com.br/caatinga-o-semiarido-brasileiro/

Vegetação típica do Nordeste semiárido, a caatinga possui heterogeneidade, compreendendo diferentes tipos: caatinga seca não-arbórea (predomínio de cactáceas e ausência de árvores); caatinga seca arbórea (com predominância de árvores e arbustos isolados); caatinga arbustiva densa (em forma de bosques com árvores isoladas); caatinga de relevo mais elevado (áreas de maior pluviosidade, com bosques mais densos).

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS:

  • É formada por plantas xerófilas ou xerófitas (adaptadas a lugares secos).
  • Possui arbustos espinhentos, com folhas pequenas, galhos retorcidos, raízes com grande crescimento horizontal (fruto da pouca profundidade dos solos).
  • A maioria dos arbustos perdem as folhas durante a estação seca (plantas caducifólias).
  • Encontramos ainda inúmeras espécies de cactos, com destaque para o xiquexique, o mandacaru e o facheiro, conhecidos na região como palmas forrageiras, uma vez que são fornecidos ao gado como alimentação no período da seca.
  • Também encontramos inúmeras bromeliáceas, com maior destaque para a macambira.
  • As principais espécies de arbustos são: algarobacabaceiraimbuzeirojuazeiro etc.

ARAUCÁRIA OU PLANALTOS SUBTROPICAIS COM ARAUCÁRIAS

Trata-se de terrenos preeminantemente sedimentares-basálticos localizados na região do clima subtropical e do planalto meridional do Brasil ou planaltos e chapadas da bacia do Paraná. Nessa região de planaltos e chapadas, revestida por bosques de araucárias de diferentes extensões, dominam as médias altitudes (com variações entre 800 e 1300 metros). Os solos são muito diversificados. Aparecem tanto os solos ácidos e pobres em minerais básicos quanto os de alta fertilidade natural – como as manchas de terra roxa no oeste do Paraná e os brunizens em trechos do Rio Grande do Sul. Os rios são perenes e apresentam vazão pouco variável porque as chuvas são bem distribuídas ao longo de todo o ano, com destaque para o elevado potencial hidráulico da bacia do Paraná. Embora constitua a espécie aciculifoliada subtropical que empresta o visual mais marcante à paisagem, a araucária não é o único tipo de vegetação. Em alguns trechos de solos areníticos, surgem ilhas de cerrados ou de campos. A extensão destes últimos aumentou com a devastação da mata de araucária.

Perfil vegetal: MATA DE ARAUCÁRIA OU DOS PINHAIS

Esse domínio vegetal cobria vastas extensões dos planaltos e serras da Região Sul e de trechos da Região Sudeste. Estendia-se desde as porções nordeste e norte do Rio Grande do Sul, passando por Santa Catarina e Paraná e penetrando nas terras altas de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS:

  • É uma floresta homogênea (possui poucas espécies)
  • É aberta, o que facilita a penetração em seu interior.
  • Possui plantas aciculifoliadas (possuem folhas pontiagudas).
  • Principais espécies: Araucária Angustifólia (Pinheiro do Paraná), canelaimbuiaipêerva-mate etc.

PRADARIAS OU COXILHAS SUBTROPICAIS COM PRADARIAS MISTAS

Pode receber diferentes denominações: zona das coxilhas, Campanha Gaúcha, região das campinas meridionais e região dos Pampas. Trata-se do prolongamento pelo território brasileiro dos campos ou pradarias do Uruguai e da Argentina (vegetação herbácea, pequeno porte, típica de climas temperados ou subtropicais). O relevo planáltico ou de depressões destaca-se pelas ondulações do terreno, formando as colinas chamadas de coxilhas. A pecuária extensiva com suas estâncias (fazendas de gado) e rizicultura (cultivo do arroz) são as principais atividades econômicas neste domínio.

Perfil vegetal: CAMPOS OU PRADARIAS

https://www.enologuia.com.br/regioes/242-campanha-gaucha-dos-pampas-para-o-mundo

Vegetação rasteira, intercalada com a presença de árvores e arbustos encontrados em vários pontos do território brasileiro.

TIPOS DE CAMPOS:

  • Campos limpos (domínio da vegetação rasteira composta por gramíneas e ervas)
  • Campos sujos (intercala a vegetação rasteira com pequenos arbustos).
  • Campos de Altitude (desenvolve-se em trechos elevados do relevo brasileiro).
  • Campos Inundáveis.
  • Campos de Hiléia (crescem em manchas no interior da Floresta Amazônica) etc.

Os campos naturais também sofrem a intervenção do homem. Os projetos agropecuários contribuem para a sua degradação e em algumas áreas para a formação de manchas de desertos, como ocorre no sul do Brasil.

Faixas de transição: Encontrados na interseção entre os vários domínios morfoclimáticos brasileiros, as faixas de transição: as Zonas dos Cocais, a Zona Costeira, o Agreste, o Meio-Norte, as Pradarias, o Pantanal e as Dunas. Espalhadas por todo o território nacional constituem importantes áreas ambientais e econômicas.

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