TRANSPORTE FERROVIÁRIO
A malha ferroviária brasileira possui uma extensão de 30.374 quilômetros e está presente nas mais diversas regiões do país. A construção das linhas ocorreu em períodos diferentes, o que ocasionou a falta de padronização de bitolas (pode-se encontrar até três tamanhos de bitola: 0,60 m, 1,00 m e 1,60 m) e consequente dificuldade na integração das vias.
Atualmente as transportadoras de cargas ferroviárias são: América Latina Logística, MRS Logística, Ferrovia CentroAtlântica, Ferrovia Tereza Cristina, Estrada de Ferro Vitória a Minas, Companhia Ferroviária do Nordeste, Ferroban, Ferronorte e Estrada de Ferro Carajás, que juntas transportam grandes volumes de minério, commodities agrícolas, combustível, papel, madeira, contêineres, entre outros. Sendo estas, fiscalizadas atualmente pela ANTT.
Apesar das vantagens, a extensão da linha ferroviária brasileira, comparada à extensão da malha ferroviária de outros países, é muito pequena e obsoleta. Os serviços de passageiros praticamente acabaram, e os de carga subsistem em sua maioria para o transporte de minérios. As únicas linhas de passageiros que ainda preservam serviços diários de longa distância com relativo conforto são as ligações: Parauapebas – São Luís; e Belo Horizonte – Vitória. Entretanto, ainda existem alguns serviços de interesse exclusivamente turístico em funcionamento, tais como as linhas Curitiba – Paranaguá e Bento Gonçalves – Carlos Barbosa.
Comparando-se à rodovia, a ferrovia é mais apropriada para países de grande extensão territorial como o Brasil. Tem maior capacidade para transportar cargas e passageiros, consome menos energia que o caminhão em relação ao volume de carga transportado e pode ser eletrificada, não dependendo exclusivamente do petróleo como fonte de energia. Embora o custo de instalação do sistema ferroviário seja elevado, sua manutenção é mais barata do que a das rodovias. As estradas de rodagem exigem recapeamento e pintura constantes, obras de contenção de erosão, serviços de atendimento ao motorista e sistemas de controle de tráfego, entre outros.

TRANSPORTE RODOVIÁRIO
As primeiras rodovias brasileiras datam do século XIX, mas a ampliação da malha rodoviária ocorreu no governo Vargas, com a criação do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER) em 1937 e, mais tarde, com a implantação da indústria automobilística, na segunda metade da década de 1950, a aceleração do processo de industrialização e a mudança da capital federal para Brasília. A partir daí a rede rodoviária se ampliou de forma notável e se tornou a principal via de escoamento de carga e passageiros.
Com uma rede rodoviária de cerca de 1,8 milhões de quilômetros, as estradas são as principais transportadoras de carga e de passageiros no tráfego brasileiro. Os primeiros investimentos na infraestrutura rodoviária deram-se na década de 1920, no governo de Washington Luís, sendo prosseguidos no governo Vargas e Gaspar Dutra. O presidente Juscelino Kubitschek (1956-1961), que concebeu e construiu a capital Brasília, foi outro incentivador de rodovias. Kubitschek foi responsável pela instalação de grandes fabricantes de automóveis no país (Volkswagen, Ford e General Motors chegaram ao Brasil durante seu governo) e um dos pontos utilizados para atraí-los era, evidentemente, o apoio à construção de rodovias. Hoje, o país tem instalados em seu território outros grandes fabricantes de automóveis, como Fiat, Renault, Peugeot, Citroën, Honda, Mercedes-Benz, Hyundai e Toyota. O Brasil é o sétimo mais importante país da indústria automobilística.
Na década de 1980, o crescimento acelerado deu lugar à estagnação. A perda de receitas, com a extinção, em 1988, do imposto sobre lubrificantes e combustíveis líquidos e do imposto sobre serviços de transporte rodoviário, impediu a ampliação da rede e sua manutenção. Como resultado, em fins do século XX a precária rede rodoviária respondia por 65% do transporte de cargas e 92% do de passageiros.
Segundo o Ministério dos Transportes, em 2007 o Brasil possuía 1 765 278 km de rodovias, dos quais apenas 211 678 km eram pavimentados. Parte considerável das ligações interurbanas no país, mesmo em regiões de grande demanda, ainda se dão por estradas de terra ou estradas com pavimentação quase inexistente. Durante a época de chuvas, grande parte das estradas, principalmente nas regiões Norte e Nordeste, enchem-se de depressões asfálticas, sendo comuns, ainda que em menor quantidade, deslizamentos de terra e quedas de pontes, provocando muitas vezes prejuízos para o transporte de cargas bem como acidentes e mortes.
As rodovias do país que se encontram em boas condições, são poucas as exceções, fazem parte de concessões à iniciativa privada, assim, embora apresentem boa qualidade, estão sujeitas a pedágios. A Rodovia dos Bandeirantes e a Rodovia dos Imigrantes são exemplos deste sistema. O transporte rodoviário de passageiros do país compreende uma rede extensa e intrincada, sendo possíveis viagens que, devido à sua duração, em outros países, só são possíveis por via aérea.
MAPA DAS RODOVIAS FEDERAIS DO BRASIL
