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Tipos de energia no Brasil

O Brasil se destaca pela diversidade de fontes energéticas. Da matriz hidrelétrica à exploração de biocombustíveis, como etanol, passando por investimentos em energia eólica e solar, o país apresenta um leque variado de fontes energéticas, impulsionando a sustentabilidade e a autonomia no setor.

A ENERGIA SOLAR

A energia solar é praticamente um recurso energético permanente e inesgotável em algumas regiões do planeta e pode ser utilizada para a produção de eletricidade através de painéis solares e células fotovoltaicas. No Brasil, a quantidade de sol abundante durante quase todo o ano estimula o uso deste recurso. Apesar disso, a energia solar ainda é pouco explorada no mundo e particularmente no Brasil. No país, a capacidade de geração de energia fotovoltaica, que transforma luz solar em eletricidade, é de 10 mil MW, mas somente 12 MW estão efetivamente instalados em comunidades isoladas.

As regiões com maior potencial para a produção de energia solar no Brasil, destacando-se amplamente o interior do Nordeste. Mesmo assim, diante do seu imenso potencial, percebemos uma quantidade irrisória de potencial instalado de tal fonte no cenário nacional.

Existem duas formas de utilizar a energia solar:

  • Método ativo se baseia em transformar os raios solares em outras formas de energia, atérmica ou elétrica.
  • Método passivo é utilizado para o aquecimento de residências, edifícios ou prédios, através de concepções e estratégias construtivas. Esta aplicação é mais comum no continente europeu, onde as temperaturas baixas demandam opções para a calefação.
     

Os painéis fotovoltaicos são uma das mais promissoras fontes de energia renovável. A principal vantagem é a quase total ausência de poluição. No entanto, a grande limitação dos dispositivos fotovoltaicos é seu baixo rendimento. Outro inconveniente são os custos de produção dos painéis, elevados devido a pouca disponibilidade de materiais semicondutores. Depois do seu período de utilização esse material é de difícil descarte na natureza, produzindo um determinado tipo de lixo tecnológico.

PEREIRA, E. B. e outros. Atlas brasileiro de energia solar. São José dos Campos: INPE, 2006. 

A ENERGIA EÓLICA

A energia eólica é produzida e gerada a partir da movimentação de hélices ou pás pela ação do vento, grandes hélices são instaladas em áreas abertas, sendo que, os movimentos delas geram energia elétrica, porém, ainda pouco utilizada no mundo, sendo um recurso energético permanente e inesgotável em algumas regiões do planeta, com a vantagem da baixa emissão de poluentes na atmosfera terrestre, segundo alguns autores em algumas áreas específicas, vem provocando um desequilíbrio no deslocamento de algumas espécies de aves.

Em algumas regiões do planeta, a sua frequência e intensidade são suficientes para a geração de eletricidade por meio de equipamentos específicos para essa função. Hoje este tipo de energia é aproveitado em algumas partes do mundo que apresentam incidência constante de ventos, inclusive no Brasil, principalmente nas regiões nordeste e sul.

Basicamente, os ventos fazem os chamados aerogeradores, que ativam turbinas e geradores que convertem a energia mecânica produzida em energia elétrica. Atualmente, a energia eólica não é tão difundida no mundo em razão do alto custo de seus componentes, armazenamento da energia produzida e os equipamentos utilizados, alguns países já vêm adotando esse recurso, com destaque para os Estados Unidos, China e Alemanha.

Atualmente a energia eólica offshore tem se desenvolvido de forma muito rápida e, com o crescimento dos projetos e suas turbinas, a demanda por embarcações especializadas de instalação, devido à demanda de energia no mundo essa forma de produção aumentará. Existem hoje em operação aproximadamente 32 embarcações no mundo, controlado por grandes empresas, com a instalação de turbinas e 14 navios que executa o escopo da instalação de fundação.

VELOCIDADE MÉDIA DOS VENTOS NO BRASIL (1998)

Fonte: ANEEL.gov.br

CRESCE GERAÇÃO DE ENERGIA EÓLICA NO BRASIL

A capacidade de geração de energia eólica no Brasil aumentou 77,7% em 2009, em relação ao ano anterior. Os dados divulgados pelo Conselho Global de Energia Eólica mostram que o Brasil cresceu mais do que o dobro da média mundial nesse período: 31%.

O crescimento brasileiro foi maior, por exemplo, que o dos Estados Unidos (39%), o da Índia (13%) e o da Europa (16%), mas menor que o da China, cuja capacidade de geração ampliou-se em 107%.

De acordo com a Associação Brasileira de Energia Eólica, a capacidade instalada desse tipo de energia no Brasil deve crescer ainda mais. Um leilão realizado em 2009 comercializou 1.805 MW que devem ser entregues até 2012.

Adaptado de portalexame.abril.com.br, 04/02/2010.

A ENERGIA DO ÁLCOOL E BIOCOMBUSTÍVEIS

Com as crises do petróleo dos últimos anos, o governo brasileiro vem investindo em uma política energética para suprir a necessidade e dependência somente do petróleo, com a criação no ano de 1975 do Proálcool, Programa Nacional do álcool, durante o governo do general Ernesto Geisel, para suprir a dependência brasileira da importação desse produto.

O etanol utilizado nos veículos automotores desenvolvidos para esse tipo de combustível ou misturar certa quantidade para reduzir a utilização da gasolina e do diesel, que são derivados de petróleo, para reduzir o impacto ambiental na atmosfera terrestre e teoricamente baratear o preço para o consumidor.

Uma crítica em relação à utilização dos derivados do petróleo está relacionada ao óleo diesel nos caminhões, ônibus e tratores em larga escala, onde matriz de transportes predominante no país é o modal rodoviário.

O modelo do Proálcool no Brasil vem sofrendo diversas críticas como a substituição da agricultura de subsistência, culturas alimentares em relação à produção de cana de açúcar em grandes propriedades do agronegócio, para a geração de energia, menos poluente em relação aos derivados de petróleo, além da degradação dos solos.

O tipo mais difundido de biocombustível no Brasil é o álcool proveniente da cana de açúcar. Essa espécie vegetal que foi introduzida no território brasileiro, pelos portugueses no período colonial, nativa do continente asiático, é um produto completo porque produz açúcar, álcool e bagaço, cujo vapor gera energia elétrica. Contudo, possui diversas desvantagens, como o fato de não resolver o problema total ou parcial da dependência dos derivados do petróleo, devido à inflexibilidade no seu refino.

As plantas mais utilizadas atualmente para produção do biodiesel são a soja, a colza, o pinhão-manso, mamona, dendê, girassol e macaúba. As mais produtivas são o dendê e a macaúba confirmando a potencialidade dessas palmeiras.

O Brasil é o segundo maior produtor de etanol do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, que retira o etanol basicamente da produção de milho. Os dois países respondem por cerca de 90% da oferta mundial do produto, nos últimos anos também fez com que o Brasil passasse da terceira posição em 2012, para a segunda colocação no ano de 2019 entre os maiores produtores mundiais de biocombustíveis.

São materiais biológicos que, quando em combustão, possuem a capacidade de gerar energia para realizar trabalho. O tipo mais difundido de biocombustível no Brasil é o álcool proveniente da cana-de-açúcar. Sua principal vantagem é a menor poluição que causa em comparação aos combustíveis derivados do petróleo.

A ENERGIA NUCLEAR

Para a produção de energia nuclear é necessário urânio ou tório, que são minérios extremamente radioativos. As usinas nucleares fornecem cerca de 16,0 % da eletricidade no mundo, entretanto, com alguns países dependendo mais de tal energia para obter eletricidade que outros. Na França, por exemplo, cerca de 75,0 % da eletricidade é gerada a partir da energia nuclear, de acordo com a Agência Internacional de Energia Atômica. Nos Estados Unidos, a energia nuclear fornece 23% da eletricidade total, mas alguns Estados obtêm mais energia de usinas nucleares que outros. Há mais de 400 usinas de energia nuclear ao redor do mundo, sendo mais de 100 nos EUA.

No Brasil, menos de 3,0% da energia gerada tem origem das usinas nucleares de Angra dos Reis I e II. A instalação dessas usinas nucleares no estado do Rio de Janeiro, na praia de Itaorna, no litoral do Sul Fluminense, está relacionada com a proximidade dos estados do Rio de Janeiro e São Paulo, duas grandes metrópoles do país, estrategicamente localizada, segundo o regime militar na época da sua implantação. 

As principais reservas de urânio no Brasil estão situadas nos estados do Ceará e na Bahia, a exploração que abastecia a Usina Nuclear de Angra dos Reis era explorado no estado de Minas Gerais, essa reserva teve o seu fechamento em 1995.

Fonte: https://alemdofato.uai.com.br/wp-content/uploads/sites/5/2021/06/angra-icentral-nuclear-almirante-alvaro-alberto-wm-angra-dos-reis-divulgacao-eletrobraseletronuclear-1280×720.jpg

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