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Tipologia de uma função

A tipologia de uma função descreve sua classificação com base em propriedades como comportamento, formato do gráfico e relação entre variáveis.

FUNÇÕES MONOTÔNICAS

Chama-se monotônica ou monótona a função que é sempre crescente ou decrescente no seu domínio.

Seja a função f : A → B, então:

  • f é crescente (não decrescente) se ∀x, y ∈ A tais que x < y ⇒ f(x) < f(y).
  • f é decrescente (não crescente) se ∀x,y ∈ A tais que x < y ⇒ f(x) > f(y).
  • f é estritamente crescente (crescente) se ∀x, y ∈ A tais que x < y ⇒ f(x) < f(y).
  • f é estritamente decrescente (decrescente) se ∀x, y ∈ A tais que x < y ⇒ f(x) > f(y).

São funções crescentes f(x) = 3x – 1, f(x) = 2x e f(x) = x3.

São funções decrescentes f(x) = -2x + 5, f(x) = (1/2)x e f(x) = -x3.

As funções f(x) = x2 e f(x) = sen x não são crescentes e nem decrescentes em i.

Esses conceitos são facilmente observados no gráfico da função. Nas funçōes crescentes o gráfico “sobe” para a direita, enquanto nas funçōes decrescentes o gráfico “desce” para a direita.

Já a função a seguir não é monótona, pois ela é decrescente numa parte do domínio e crescente em outra.

PARIDADE

FUNÇÃO PAR 

Seja A um conjunto tal que x ∈ A ⇒ – x ∈ A e a função f : A → B. Diz-se que: 

f é par ⇔ f(x) = f(-x), ∀ x ∈ A

Exemplo: f(x) = x2 e f(x) = cos x.

O gráfico das funções pares é simétrico em relação ao eixo Oy, pois (x, y) ∈ f⇔ (-x, y) ∈ f.

FUNÇÃO ÍMPAR 

Seja A um conjunto tal que x ∈ A ⇒ -x ∈ A e a função f : A → B. Diz-se que:

f é impar ⇔ f(-x) = -f(x), ∀ x ∈ A

Exemplo: f(x) = x3 e f(x) = sen x

O gráfico das funções ímpares é simétrico em relação a origem, pois (x,y) ∈ f ⇔ (-x,-y) ∈ f.

Se uma função não é nem par nem ímpar dizemos que ela não possui paridade. 

Exemplo: f(x) = x2 + x – 1.

Para identificar a paridade de uma função devemos obter a expressão de f(-x). Caso essa expressão seja idêntica à de f(x), a função é par, caso seja idêntica à de -f(x), a função é ímpar, e caso não seja idêntica a nenhuma das duas, a função não possui paridade.

Note que devemos obter identidades, não basta que a igualdade ocorra para alguns pontos, ele tem que ocorrer em todo o domínio.

Exemplo: identifique a paridade de f(x) = x5 + sen3x.

f(-x) = (-x)5 + sen3(-x) = -x5 + (-senx)3 = -x5 – sen3x = -f(x), ∀ x ∈ ℝ

Logo, a função é ímpar.

ProBizu: a soma, diferença, produto ou quociente de duas funções pares é uma função par. A soma ou diferença de duas funções ímpares é uma função ímpar. O produto ou o quociente de duas funçōes ímpares é função par.

TIPOLOGIA DAS FUNÇÕES

A função f : A → B é sobrejetora quando todo elemento de B está associado por f a pelo menos um elemento de A, ou seja, quando a imagem da função é igual ao seu contradomínio.

f : A → B é sobrejetora ⇔ ∀y ∈ B, ∃x ∈ A tal que (x, y) ∈ f ou y = f(x).

No diagrama de flechas, todo elemento do contradomínio B recebe flecha.

No gráfico, retas horizontais traçadas a partir de pontos do contradomínio intersectam o gráfico em pelo menos um ponto.

Exemplo: a função f : ℝ → ℝ dada por f(x) = x3 – 2x + 1 é sobrejetora, mas não é injetora. Observe que as retas horizontais traçadas intersectam o gráfico em um, dois ou três pontos.

A função f : A → B é injetora quando cada elemento de B está associado por f a no máximo um elemento de A, ou seja, elementos distintos de A estão associados a elementos distintos de B.

No gráfico, retas horizontais traçadas a partir de pontos do contradomínio intersectam o gráfico em no máximo um ponto.

Exemplo: a função f : ℝ → ℝ dada por f(x) = 2x é injetora, mas não é sobrejetora. Observe que as retas horizontais traçadas intersectam o gráfico em um ou nenhum ponto.

A função f : A → B é bijetora se, e somente se, é sobrejetora e injetora, ou seja, todo elemento de B está associado por f a um único elemento de A.

No diagrama de flechas, todo elemento de B recebe exatamente uma flecha.

No gráfico, retas horizontais traçadas a partir de pontos do contradomínio intersectam o gráfico em exatamente um ponto.

Exemplo: a função f : ℝ → ℝ dada por f(x) = x3 é bijetora. Observe que as retas horizontais traçadas intersectam o gráfico em exatamente um ponto.

ProBiz: seja f : A → B, onde A e B são conjuntos finitos e suas quantidades de elementos são dadas por #(A) e #(B), respectivamente, então

se f é sobrejetora, então (A) ≥ (B); 

se f é injetora, então (A) ≤ (B); e 

se f é bijetora, então (A) = (B).

FUNÇÃO LIMITADA

Uma função f é limitada se ∃K > 0 tal que ∀x ∈ Df ⇒ |f(x)| < K. 

Exemplo

A função f(x) = sen x é uma função limitada, pois ∀x ∈ ℝ, temos -1 ≤ senx ≤ 1 ⇔ |senx| ≤ 1.

A função f(x) = x2 não é limitada, pois ∀K > 0,∃x ∈ Df tal que f(x) = x2 > K.

FUNÇÃO PERIÓDICA

Uma função f é periódica se, e somente se, ∃p > 0 tal que f(x) = f(x + p),∀x ∈ Df.

Isso significa que os valores da função se repetem em intervalos de tamanho p > 0. O menor número positivo p com essa propriedade é chamado período da função.

Os exemplos mais comuns de funções periódicas são as funções trigonométricas. A função f(x) = sen x, por exemplo, é uma função periódica de período 2π, pois sen (x + 2π) = sen x,∀x ∈ ℝ.

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