EQUAÇÃO REDUZIDA DA RETA
RETA VERTICAL
A equação de uma reta paralela ao eixo Oy é x = k, onde k é constante. Neste caso, não existem os coeficientes angular e linear.

Sabemos que para determinar uma reta é necessário, no mínimo, que tenhamos 2 pontos distintos ou também podemos determinar uma reta conhecendo um ponto e o ângulo formado pela reta e o eixo Ox↔.
É conhecido, desde o estudo da função afim, que uma reta é definida pela equação y = ax + b. Se conhecermos 2 pontos distintos A(xA ,yA) , B(xB, yB) podemos fazer

Se utilizarmos as nomenclaturas utilizadas em geometria analítica a nossa equação será y = mx + n, sendo chamada de equação reduzida. Nessa equação teremos 2 elementos muito importantes.
m → Coeficiente angular
O coeficiente angular (m) será o responsável pelo ângulo formado pela reta e o eixo Ox↔. Como vimos o coeficiente angular será m = Δx/Δy , que ao olharmos para a figura abaixo veremos que Δx/Δy é a tangente do ângulo α.

Logo m = tg α = Δx/Δy
n →Coeficiente linear
O coeficiente linear (n) será o responsável por determinar a intersecção da reta com e eixo Oy↔. Toda intersecção com o eixo Oy↔ se dá num ponto da forma (0, y).
Assim y = m ⋅ 0 + n ⇒ y = n, então o ponto de intersecção será (0, y).
Vamos ver um exemplo
Exemplo:
Encontrar equação de reta que passa pelos pontos A(2, 1) e B(-3, 4)

Podemos usar o seguinte: (y – y0) = m(x – x0) onde x0 e y0 são as coordenadas de um ponto que pertença a reta.
Ou podemos também simplesmente substituir as coordenadas do ponto A ou do ponto B na equação y =− 3/5 x + n.
Substituindo as coordenadas do ponto A na nossa reta

ProBizu: Tenha bastante atenção com pegadinhas que são colocadas. A reta só está na sua forma reduzida quando y está realmente isolado. Por exemplo 2y = x + 2 não tem seu m =1 e n =2 pois o y não está isolado na equação. Temos de fazer y = x+2/2 = x/2 +1 para só assim determinarmos m = 1/2 e n = 2. Atenção!
EQUAÇÃO DE RETA POR DETERMINANTE

Introduzindo o ponto (x, y) na reta formada pelos pontos A e B teremos 3 pontos alinhados, onde vimos que a condição para estarem alinhados é

Exemplo: A equação de reta que passa pelos pontos A(2, 1) e B(–3, 4) é

INTERSECÇÃO DE DUAS RETAS
A teoria da intersecção entre duas retas é a mesma para quaisquer duas curvas, que é a resolução de um sistema entre as equações que representam cada uma das curvas.

A forma de resolução do sistema é a mesma da álgebra, podendo se dar pelo método da adição ou da substituição.
Exemplo: O ponto de intersecção entre as retas de equações y = x − 3 e 2y − 3x = 4 é

ÂNGULO ENTRE DUAS RETAS

θ = β − α
Aplicando a função tangente em ambos os lados da igualdade teremos tg θ = tg (β − α) e como mr = tg β e ms = tg α teremos pela fórmula de subtração de tangente:

Exemplo:
Determine o ângulo formado entre as retas r: y = 3x + 4 e s: y =−2x + 8
Resolução:
Vamos determinar o coeficiente angular de cada uma das retas dadas.
Para a reta r, temos:
y = 3x + 4
mr = 3
Para a reta s, temos:
y = −2x + 8
m5 = −2
Aplicando a fórmula do ângulo entre duas retas, obtemos:

Portanto, α = arctg 1 ou α = 45∘
PARALELISMO E PERPENDICULARISMO
A equação reduzida da reta é y = mx + n, onde m é o coeficiente angular e n é coeficiente linear. Onde m = tg α e α é o ângulo formado entre a reta e o eixo Ox↔.

n é o ponto de intersecção da reta com o eixo Oy↔.
RETAS PARALELAS

Como as retas r e s possuem o mesmo ângulo α com o eixo Ox↔ então mr = ms.
RETAS PERPENDICULARES
Na equação mr−ms/1+mr⋅ms , do ângulo entre 2 retas para termos θ = 90º temos que mr−ms/1+mr⋅ms não pode existir, daí 1 + mr ⋅ ms = 0 ⇒ mr ⋅ ms = −1.
Exemplo: As equações de retas r : y = −2x + 3, s : y = x/2 − 4 e t : y = −2x + 3.
As restas r e t possuem o mesmo coeficiente angular, mr = mt. Daí r e t são paralelas.
As retas r e s ou s e t possuem os coeficientes angulares inversos simétricos entre si, mr ⋅ ms = -2 (1/2) = -1. Daí r// t que são perpendiculares a s.
OUTRAS EQUAÇÕES DE RETA
EQUAÇÃO COMPLETA DA RETA
Da equação reduzida y = mx + n quando isolamos todos os termos de um mesmo lado da igualdade passamos a ter os termos ax + by + c = 0 com a, b e c ∈ ℤ, que é a equação completa da reta.
Exemplo:

EQUAÇÃO SEGMENTÁRIA DA RETA
Da equação completa da reta ax + by + c = 0 isolaremos o termo c de um lado da igualdade, ax + by = –c e dividiremos todos os termos por -c, assim − a/c x −b/c y = 1.

Com a equação segmentária, podemos determinar os pontos de interseção da reta com os eixos ordenados do plano. O termo que divide x na equação segmentária é abscissa do ponto de intercessão da reta com o eixo x, e o termo que divide y é abscissa do ponto de interseção da reta com o eixo y. Assim:

As equações paramétricas são duas equações que representam a mesma reta utilizando uma incógnita t. Essa incógnita recebe o nome de parâmetro e faz a ligação entre as duas equações que representam a mesma reta.
Vamos a um exemplo prático.
Seja a equação x − 2y + 3 = 0 → 2y = x + 3 → y = x+3/2. Vamos escolher uma parametrização arbitrária para y, por exemplo y = 2t + 1.

Para voltarmos para equação completa ou reduzida basta isolarmos t em ambas equações e igualá-los.

DISTÂNCIA DE PONTO A RETA

Sendo a equação da reta r: ax + by + c = 0 e P(x0, y0) temos

Exemplo:
01. A distância do ponto P(–1, 1) a reta de equação y =−2x + 3 é

02. Dado o ponto A(3, –6) e r : 4x + 6y + 2 = 0. Estabeleça a distância entre A e r

DISTÂNCIA ENTRE DUAS RETAS PARALELAS
Se r//s de equações r: ax + by + c1 = 0 e s : ax + by + c2 = 0

Nota: duas retas paralelas, quando na forma completa, possuem mesmos coeficientes a e b.
Exemplo:
Calcula a distância entre as retas r: 2x + 3y = 4 e s: 2x + 3y = 1.

PONTO SIMÉTRICO
A simetria ou reflexão em relação a um objeto, que na maior parte das vezes é uma reta, deve ser tratada como a reflexão em relação a um espelho.
Vamos primeiramente verificar a reflexão em relação aos eixos coordenados.
REFLEXÃO EM RELAÇÃO EIXO DAS ABSCISSAS (Ox↔)
Quando fazemos a reflexão ou simetria em relação ao eixo das abscissas verificamos que a abscissa do ponto em questão se mantém enquanto a ordenada do ponto em questão é simétrica. Dessa forma sendo P’ o ponto simétrico de P em relação ao eixo Ox↔ temos que
P(x, y) ⇒ P'(x, −y)
Exemplo:
O simétrico do ponto A(–2, –4) em relação eixo das abscissas é o ponto A'(–2, 4).

REFLEXÃO EM RELAÇÃO EIXO DAS ABSCISSAS (Oy↔)
Quando fazemos a reflexão ou simetria em relação ao eixo das ordenadas verificamos que a ordenada do ponto em questão se mantém enquanto a abscissa do ponto em questão é simétrica. Dessa forma sendo P’ o ponto simétrico de P em relação ao eixo Ox↔ temos que
P(x, y) ⇒ P'(−x, y)
Exemplo:
O simétrico do ponto A(1, 3) em relação eixo das abscissas é o ponto A'(–1, 3).

REFLEXÃO EM RELAÇÃO A UMA RETA DADA
Seja um ponto P(x, y) e uma reta r : ax + by + c = 0.

Definiremos o ponto P'(m, n) como o ponto simétrico do ponto P em relação a reta r.

O ponto P’ define com o ponto P uma reta perpendicular a reta r e ainda P e P’ estão a mesma distância da reta r.

Sabendo disso, para determinarmos um ponto simétrico de um ponto dado em relação a uma reta, devemos seguir os seguintes passos.
1. Encontrar a equação da reta perpendicular a reta dada. Faremos isso a partir da relação existente entre os coeficientes angulares de duas retas perpendiculares entre si (m1 ⋅ m2 = −1).
2. Iremos encontrar o ponto de interseção entre a reta perpendicular que encontramos com reta dada. Faremos isso colocando as duas equações de reta em sistema linear de duas equações e duas incógnitas.
3. A interseção encontrada é o ponto médio do segmento determinado pelo ponto dado e seu ponto simétrico. Por fim iremos utilizar o ponto de interseção como o ponto médio para determinar o ponto simétrico P’.
Vamos ver o exemplo a seguir.
Exemplo:
Encontre o ponto simétrico do ponto P(–2, 3) em relação a reta r: y = x + 1.

Vamos chamar o ponto simétrico do ponto P de P'(m, n) e vamos determinar a equação da reta PP’↔, que iremos chamar de reta s, a partir do coeficiente angular da reta r.
Coeficiente angular da reta r: y = x + 1
mr = 1
Coeficiente angular da reta s, perpendicular a r.
mr ⋅ ms = −1 ⇒ ms = −1
Equação da reta s
y = ms ⋅ x + n ⇒ y = −x + n
Como a reta s passa pelo ponto P(–2, 3) temos que P ∈ s e assim
3 = −(−2) + n ⇒ n = 3 − 2 = 1
E assim nossa reta s é y = –x + 1
Agora iremos encontrar a interseção entre as retas r e s resolvendo o sistema de equações:


Logo nosso ponto de interseção será o ponto M(0, 1).
O ponto M(0, 1) será o ponto médio dos pontos P(–2, 3) e P'(m, n) e assim

Assim o ponto P’, simétrico do ponto P(–2, 3) em relação a reta r : y = x + 1, é o ponto P'(2, -1).

Exemplo:
Considere as retas r e s definidas por r: kx − (k + 2)y = 2 e s : ky − x = 3k. Determine k de modo que:
a) r e s sejam concorrentes
b) r e s sejam paralelas
c) r e s sejam coincidentes.
Resolução:
Pela definição, retas concorrentes possuem um ponto de interseção, as paralelas nenhum ponto de interseção e as coincidentes, todos seus pontos são de interseção. Nos termos de Geometria Analítica, analisamos os coeficientes angulares das retas:

a) retas concorrentes possuem os coeficientes angulares diferentes:

b) retas paralelas possuem os coeficientes angulares iguais:

c) retas coincidentes possuem os coeficientes angulares e os lineares iguais:

Não é possível conciliar os valores de “k”. Logo, não existe um valor de “k” que satisfaça a condição pedida.