A Região Sudeste possui extensão territorial de 924.511 quilômetros quadrados, segundo menor região do Brasil, ocupando 11% da área total do território brasileiro. O Sudeste é formado por quatro estados: Espírito Santo (Vitória), Minas Gerais (Belo Horizonte), Rio de Janeiro (Rio de Janeiro) e São Paulo (São Paulo).
De acordo com dados divulgados em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), essa Região possui 80.353.724 habitantes, sendo a mais populosa do Brasil. Esse contingente populacional corresponde a 42,2% da população total do país.
A Região Sudeste do Brasil é a mais populosa do país. Aliás, se fosse um país, seria o décimo quinto mais populoso do mundo. A região é composta por quatro estados brasileiros: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo. Isso nos leva a um número aproximado de 928.000 Km (em torno de 10,85% do território nacional) e uma densidade demográfica de 78,09 pessoas por Km². Principalmente as cidades turísticas do Rio e São Paulo que são as mais industrializadas, populosas e com problemas típicos de cidades desenvolvidas: grandes engarrafamentos, enchentes, por conta do excesso de lixo e outros. Um dado que mostra a importância do Sudeste para o Brasil é que em torno de 43% da população brasileira se encontra nesses quatro estados.
ASPECTOS FÍSICOS
RELEVO
O relevo da Região Sudeste é marcado pela variedade; não há uma uniformidade nos quatro estados que compõem a região. Há planícies, planaltos, algumas depressões, mas é marcado pelas serras e cadeias montanhosas antigas.
São, basicamente, quatro os tipos de relevo que podem ser achados nessa região: planície e terras baixas costeiras, serras e planaltos do leste e do sudeste, planalto meridional e a depressão periférica.
A planície e terra baixa costeira estão, como o próprio nome diz, na região costeira. Vai do litoral do Nordeste até o Rio Grande do Sul. É caracterizado por formar larguras variáveis, indo de grandes baixadas até estreitos. Essas características facilitam as formações de costas altas. Parte das praias do Sudeste está dentro dessa classificação.
As serras e planaltos do leste e sudeste (também conhecido como planalto Atlântico ou oriental) é o tipo de relevo mais marcante no Sudeste: têm as características das grandes serras e paredões de pedras. Muito comum em Minas Gerais.
O planalto meridional é conhecido pela variação de pedras menos resistentes e outras mais duras, possibilitando várias falhas no relevo. Está presente principalmente no Centro-Oeste de São Paulo e no Oeste de Minas Gerais.
Por último, temos a depressão periférica que é um tipo de solo baixo e plano, e está geralmente no meio das serras, tomando uma forma parecida com uma canoa.
CLIMA
Assim como o relevo, o clima do Sudeste também é variado. Somente nessa região, podem ser notados os climas tropical, tropical de altitude, subtropical e litorâneo úmido. O clima tropical está presente nas baixadas litorâneas do Rio de Janeiro, norte de Minas Gerais, oeste paulista e no litoral do Espírito Santo. É caracterizado por ter altas temperaturas, chuva no verão e seca no inverno. O estado de Minas Gerais ainda tem o clima semiárido (clima mais quente e seco, o que leva a uma seca que varia em tempo próximo de cinco meses todos os anos). O clima tropical de altitude tem temperaturas mais frescas, mas está presente apenas em regiões mais altas do relevo. Já o subtropical, presente no sul do estado de São Paulo, é marcado por ter uma boa distribuição de chuvas e significativa amplitude térmica anual (variação de temperatura).
VEGETAÇÃO DA REGIÃO SUDESTE
A cobertura vegetal do Sudeste, devido à sua intensa ocupação, encontra-se quase totalmente devastada. A floresta ou mata Atlântica, que se estendia (no sentido leste-oeste) do litoral até o planalto Atlântico, subdividia-se em dois tipos: floresta tropical de encosta ou úmida, que se apresentava bastante densa e com grande número de espécies vegetais (sapucaia, jatobá, jacarandá etc.) e floresta tropical de planalto ou semiúmida, menos densa e com menor número de espécies vegetais (cedro, peroba etc.). Hoje, a maior parte dessa floresta quase não existe, restando apenas alguns trechos esparsos em encostas montanhosas – como a serra do Mar -, que correspondem a 8% da vegetação original. Nas regiões serranas predominam os campos limpos.
Caminhando em direção ao oeste da região (na parte norte do estado de São Paulo e grande parte do estado de Minas Gerais, nos terrenos sedimentares (mais permeáveis) encontramos a vegetação dos cerrados. No norte de Minas, onde o clima é semiárido, aparece a caatinga, enquanto na vegetação litorânea predomina o mangue (baixada Fluminense, baixada Santista e Cananeia-Iguape). No extremo sul de São Paulo surge a floresta subtropical, cuja espécie característica é o pinheiro.
HIDROGRAFIA DA REGIÃO SUDESTE
O rio São Francisco, rio de planalto, tem em seu curso a usina hidrelétrica de Três Marias, que, além de gerar energia para a região, através da construção de barragens, contribui para a regularização do trecho do rio onde está localizada. Outro rio importante do Sudeste é o rio Paraná, onde se localizam as mais importantes usinas hidrelétricas do país, como as de Jupiá e de Ilha Solteira, que constituem o Complexo Hidrelétrico de Urubupungá (5.300.000 kW).
Um dos afluentes do Paraná, que atravessa quase todo o estado de São Paulo, é o rio Tietê. Esses dois rios formam a hidrovia Tietê-Paraná, a mais importante do Brasil, que já se encontra em funcionamento parcial. Por essa hidrovia, milhares de toneladas de soja produzidas anualmente em Goiás estão sendo transportadas de São Simão, cidade goiana, até Pederneiras, em São Paulo, numa extensão de 640 km pelos rios Parnaíba, Paraná e Tietê. Cada comboio com quatro chatas transporta carga equivalente a 135 caminhões, o que demonstra o baixo custo do transporte fluvial. O rio Tietê, além de ser aproveitado como meio de transporte, é muito utilizado como fonte de energia, tendo em seu curso várias usinas hidrelétricas, como as de Barra Bonita, Bariri, Promissão e Nova Avanhandava.
Próximo a Barra Bonita, em São Paulo, essa hidrovia, com 400 km de extensão, recebe a denominação de Hidrovia do Álcool, por onde trafegam embarcações transportando cana-de açúcar, álcool, gado e fertilizantes. Atravessando terras de Minas Gerais e do Espírito Santo, encontra-se o rio Doce. Parte de seu vale possui grande importância econômica, pois dele se extrai o minério de ferro, que é exportado para inúmeros países.
Outros rios da região que merecem destaque são: o Paraíba do Sul, em São Paulo e no Rio de Janeiro; o Ribeira do Iguape, no sul do estado de São Paulo; e o rio Grande, entre São Paulo e Minas Gerais. Este último, com grande potencial hidrelétrico, comporta as usinas de Furnas, Itutinga e Marimbondo, entre outros.