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Região Sudeste: aspectos econômicos

Na economia, o Sudeste se destaca por ser a Região mais desenvolvida do país, abrigando o maior parque industrial brasileiro. A indústria é bastante diversificada, atuando nos segmentos siderúrgico, metalúrgico, automobilístico, informática, alimentício, petroquímico, entre outros.

A agropecuária é praticada com técnicas modernas, fato que aumenta a produtividade. Outra importante fonte de recursos financeiros é o setor de serviços, com bancos, mercados de capitais e o turismo, sobretudo nas cidades litorâneas do Rio de Janeiro e o turismo de negócios em São Paulo. 

Esse desenvolvimento econômico contribui para os bons indicadores socioeconômicos da Região, que detém o segundo melhor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil. No entanto, o Sudeste não está isento de problemas sociais. Existe uma grande desigualdade social nesses estados, além da violência, desemprego e déficit habitacional.

AGRICULTURA 

Apesar da indústria ser a principal fonte de receita para os Estados da Região Sudeste, a agricultura também é importante. No Sudeste, o setor tem elevado padrão técnico e produtividade, destacando entre seus produtos o café, a laranja, a cana-de-açúcar e uma grande variedade de frutas.

Os solos da Região Sudeste do Brasil são férteis e as plantações de café são importantes no interior de Minas Gerais. O Sudeste também é responsável pela maior parte da produção de cana-de-açúcar do Brasil, que é destaque na Baixada Fluminense, na Zona da Mata mineira e no estado de São Paulo. 

Já a produção de laranjas, é realizada principalmente no estado de São Paulo, que responde por 80% da produção nacional. O estado também agrega 50% da produção de cana, num potente setor sucroalcooleiro.

PECUÁRIA 

Encontram-se no Sudeste cerca de 36 milhões de cabeças de bovinos, correspondendo a aproximadamente 24% do rebanho brasileiro.

A criação de gado bovino, no Sudeste, vem-se modernizando com a melhoria de raças e o desenvolvimento de novas técnicas de criação. Algumas áreas, como Governador Valadares e Montes Claros, em Minas Gerais, e o norte e o oeste de São Paulo, vêm-se especializando na engorda de bois. Essas áreas, conhecidas pelo nome de invernadas, possuem pastagens artificiais, que propiciam o rápido aumento de peso do animal, favorecendo o abate em menor período de tempo. 

Outro importante rebanho criado na região é o de suínos, destinado à obtenção de banha (toucinho) e carne. A maior parte desse rebanho encontra-se nos estados de Minas Gerais e São Paulo.

Com a entrada de um grande número de imigrantes japoneses na região Sudeste desenvolveu-se a avicultura. O Sudeste e o Sul são os maiores produtores de frangos abatidos em todo o país. Metade da produção brasileira de ovos cabe ao Sudeste, destacando-se nessa atividade o estado de São Paulo (40% do total nacional).

RECURSOS MINERAIS

A Região Sudeste constitui uma das áreas de mineração mais importantes do Brasil. Os interesses da industrialização e da exportação associados ao desenvolvimento da tecnologia de pesquisa do subsolo propiciaram a descoberta de diversos tipos de minerais, que constituem importantes matérias-primas para a indústria. Um desses minerais é o ferro.

A jazida de ferro mais importante do país está situada numa área ao sul de Belo Horizonte, conhecida como Quadrilátero Ferrífero, constituída pelas cidades de Belo Horizonte, Mariana, Santa Bárbara e Congonhas. A exploração do minério de ferro é realizada pela Cia. Vale do Rio Doce.

ESTRADA DE FERRO VITÓRIA A MINAS

Podem-se reconhecer dois corredores para o escoamento do minério de ferro do Quadrilátero Ferrífero:

  • Vale do Rio Paraopeba: a produção, escoada pela E. F. Central do Brasil (Rede Ferroviária Federal S.A.) até o porto do Rio de Janeiro e o terminal de Sepetiba (RJ), destina-se a abastecer principalmente o mercado interno (usinas siderúrgicas da região Sudeste);
  • Vale do Rio Doce: o minério de ferro é transportado pela Estrada de Ferro Vitória – Minas até os portos de Vitória e Tubarão no Espírito Santo (ES), de onde é exportado.

O petróleo é uma importantíssima fonte de energia, que, juntamente com a energia proveniente das usinas hidrelétricas, fornece condições para o crescimento industrial da Região Sudeste. No estado do Rio de Janeiro, maior produtor nacional, ele é encontrado na região da plataforma continental (bacia de Campos). No estado do Espírito Santo, ele é extraído tanto na região da plataforma continental quanto no continente, nas proximidades de São Mateus. Para refinar o petróleo extraído, transformando-o em vários subprodutos, existem importantes refinarias:

  • Henrique Lages, em São José dos Campos (SP); 
  • de Paulínia, em Paulínia (SP); 
  • de Capuava, em Mauá (SP); 
  • Presidente Bernardes, em Cubatão (SP); 
  • Duque de Caxias, em Campos Elíseos (RJ); 
  • Gabriel Passos, em Betim (MG).

INDÚSTRIA

Em decorrência da existência de ferrovias, capital, mão de obra, mercado consumidor, a atividade industrial estruturou-se na região Sudeste. Transformando as matérias-primas fornecidas pela agricultura, desenvolveram-se inicialmente as indústrias têxteis e as alimentícias, que atualmente se distribuem por várias áreas da região. 

A siderurgia brasileira alcançou notável desenvolvimento, principalmente no Sudeste, que concentra 17 das 22 usinas siderúrgicas existentes no país, colocando o Brasil entre os maiores produtores de aço bruto do mundo. Destaques principais para os estados de MG (Usiminas, Açominas, Belgo Mineira), SP (COSIPA) e RJ (CSN).

A partir de 1957, com a entrada do capital externo (através de empréstimos e multinacionais) e a interferência do Estado na economia, um novo impulso foi dado à industrialização do Sudeste, propiciando condições para o desenvolvimento da indústria automobilística. Em seguida, outras indústrias começaram a se desenvolver, como a química, a eletrônica, a naval etc.

Dessa forma, é no Sudeste que se encontra o maior parque industrial do Brasil e da América Latina, destacando-se o eixo Rio-São Paulo e a região da grande Belo Horizonte. Estima-se que cerca de 55% da produção industrial nacional seja concentrada no Sudeste.

VALE DO PARAÍBA DO SUL

A cidade de São Paulo, o ABCDM (Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema e Mauá) e os centros próximos, como Campinas, São José dos Campos, Guarulhos, Osasco e Santos, apresentam uma superconcentração industrial. Entretanto, o processo de industrialização não atinge toda a região, ocasionando a existência de espaços geográficos bem diferenciados e com realidades socioeconômicas bastante discrepantes entre si. Existem espaços urbano-industriais de grande porte, assim como espaços rurais que utilizam modernas tecnologias (portanto, altamente produtivos). Por outro lado, vemos como exemplos de áreas rurais bastante empobrecidas o vale do rio Ribeiro do Iguape, no sul do estado de São Paulo, e, principalmente, do vale do rio Jequitinhonha, no nordeste de Minas Gerais.

MEGALÓPOLE EM FORMAÇÃO: RIO DE JANEIRO – SÃO PAULO

Atualmente é impossível imaginar a Região metropolitana de SP e a Região metropolitana do RJ de forma totalmente isolada, isso porque a reestruturação produtiva dessas duas regiões levou muitas empresas a abandonarem essas regiões em favor de novas localidades que se encontram justamente entre essas duas áreas metropolitanas. Logo, a fluidez da economia capitalista entre ambas vem se encarregando de desenvolver o processo de conurbação.

Segundo o Instituto de Economia da UFRJ a megalópole brasileira seria formada por 232 municípios pertencentes aos estados de RJ, SP e MG. Conforme alguns dados do IBGE essa pequena região tem uma população estimada de 43 milhões, o que representa 23% da população brasileira. Além disso, a densidade demográfica dessa região é 22 vezes maior que a média brasileira, tendo uma impressionante taxa de 96% da população urbana (onde a média no Brasil é de 84%). A renda média domiciliar é cerca de 55% maior que a média brasileira, contudo manifestando também a maior concentração de indigentes e pobres do país, com cerca de 12,5% do total (indicando forte dinamismo econômico associado a uma forte desigualdade social).

Outros dados também chamam a atenção para o eixo da megalópole em formação: 

No eixo Rio-São Paulo estão localizadas as principais instituições ligadas à pesquisa, bem como as principais universidades do país: IPEA, FGV, IME, ITA, USP, UFRJ, UNICAMP. – Em termos de ativos produtivos temos que a produção industrial representa 41% da produção nacional, somado a 33% do setor de serviços. Apesar disso, a agropecuária não é muito significativa na região devido ao alto grau de urbanização. 

No quesito Infraestrutura: temos o Epicentro da navegação aérea nacional, cerca de 50% dos passageiros do país trafegam nessa região. Além disso, apresentam-se 7 portos, 365 estações ferroviárias, somados a uma vasta rede rodoviária.

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