ASPECTOS HUMANOS
A Região Norte é a maior do país em extensão territorial, porém sua população é pequena, supera somente o centro-oeste. A população absoluta da Região Norte responde por cerca de 8% do total do país, conforme dados do Censo Demográfico de 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No Norte é possível identificar diversos vazios demográficos, por isso apresenta uma população relativa de aproximadamente 4,1 hab/km2, essa é uma realidade presente em todos estados que compõem a Região.
Nos últimos trinta anos a região recebeu grandes fluxos migratórios provenientes de outras regiões do país, fruto do PLANO DE INTEGRAÇÃO NACIONAL (PIN), responsável pela construção de rodovias, que facilitaram o acesso a terra e ainda pela doação de terras e por incentivos fiscais para o desenvolvimento de projetos extrativos, agropecuários e industriais na região. Com isso, a região tornou-se um dos principais polos de atração do país. Manaus com cerca de 1,8 milhões de habitantes e Belém com cerca de 1,4 milhões de habitantes são as metrópoles da Amazônia.
O Norte possui três regiões metropolitanas:
1. A Região Metropolitana de Manaus, criada em 2007 e com 2 106 866 habitantes, engloba Manaus e mais sete municípios, não possuindo, entretanto conurbação com nenhum deles;
2. A Região Metropolitana de Belém, com 2 100 319 habitantes e abrangendo cinco municípios;
3. A Região Metropolitana de Macapá, abrangendo Macapá e Santana, com uma população de 499 116 habitantes.
ECONOMIA
Em 2010, o Produto Interno Bruto (PIB) da Região Norte representava 5,3% do PIB nacional. Foi a região brasileira que apresentou o maior crescimento econômico em um período de oito anos, passando de 4,7% em 2002 a 5,3% em 2010, em concentração do PIB brasileiro.
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A economia da região amazônica ainda está fortemente vinculada ao setor primário extrativo e agropecuário. Nas últimas três décadas ocorreu um expressivo crescimento da atividade industrial na região, sobretudo nas suas duas principais cidades, Belém e Manaus. Nesta última, foi implantada a ZONA FRANCA DE MANAUS, uma zona livre de impostos, que atraiu inúmeras empresas para a cidade, onde podemos destacar as indústrias ligadas aos setores eletroeletrônicos, química, farmacêutica etc.
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Os principais projetos de mineração da região se encontram na PROVÍNCIA DE CARAJÁS, no sudeste do Pará, uma das principais áreas produtoras de ferro e manganês do país. Para a consolidação desse ambicioso projeto, foi implantada uma importante infraestrutura, que incluiu a Usina hidrelétrica de Tucuruí, a Estrada de Ferro Carajás e o Porto de Ponta da Madeira, localizado no Porto do Itaqui, em São Luís (MA).
De Carajás até o porto de Itaqui, em São Luís foi construída uma ferrovia para facilitar o escoamento dessas riquezas minerais, que são em sua grande maioria exportadas. Essa área exporta atualmente mais de 100 milhões de toneladas de minério de ferro por ano, principalmente para a Ásia, além de quantidades bem menores de manganês e cobre.
Junto com as ferrovias, as condições hídricas dos rios amazônicos (com grande volume de águas) são fundamentais para o escoamento dos minerais extraídos, e também para assegurar a operação da usina de Tucuruí, necessária para o funcionamento das indústrias de transformação de minerais. A SERRA DE ORIXIMINÁ, destaca-se como região produtora de bauxita, juntamente com Paragominas (PA).
Fonte: Bertha Becker. Amazônia. São Paulo: Ática, 1990, p.66 (Série Princípios).
