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Região Centro-Oeste: aspectos físicos

A Região Centro-Oeste do Brasil é caracterizada por sua geografia peculiar. Com o Planalto Central, vasto cerrado, rios importantes como o Paraguai e o Cuiabá, além do Pantanal, é uma região de contrastes ambientais e paisagens singulares, que desempenham um papel crucial na biodiversidade e no desenvolvimento econômico do país.

Região com a 2ª maior área do país, em torno de 1.606.403,5 km². Sua população, de 15,85 milhões de habitantes (estimativa 2017 – IBGE), é a menor entre as cinco regiões brasileiras, apresentando densidade demográfica de 9,86 hab./km². O centro-oeste é formado pelos estados de Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, sendo composto por 467 municípios.

ASPECTOS FÍSICOS

VEGETAÇÃO

A Região Centro-Oeste está localizada, em sua maior parte, no Domínio do Cerrado. Essa vegetação é composta de árvores tortuosas, entre as quais nascem gramíneas apropriadas para o pasto do gado.

O cerrado possui espécies típicas como o ipê, o pau-serra, a lixeira e o pequi, cujo fruto é muito consumido na região.

A constante exploração das formações vegetais principalmente para fabricação de carvão vegetal, usado nas indústrias da região e parte do sudeste, destruiu grande parte do cerrado.

A Região Centro-Oeste ainda mantém preservada grande área de Floresta Amazônica, no norte de Mato Grosso.

O Parque Nacional do Pantanal Matogrossense, criado em 1981, tem 95% de seus 1.350 km² em áreas alagáveis. Localizado no chamado Complexo do Pantanal, o parque abriga paisagens de campos e florestas. Outros parques da região: Chapada dos Guimarães em Mato Grosso, Chapada dos Veadeiros e Emas em Goiás e Serra da Bodoquena em Mato Grosso do Sul.

AS VÁRIAS FACES DE UM BIOMA

O Cerrado, de uma forma geral, é classificado como uma savana. O bioma todo, porém, abriga uma enorme variedade de formações florísticas (fitofisionomias), que vão desde campos abertos de capim até florestas com árvores de até 30 metros de altura. As formações são agrupadas em três famílias: campestres, savânicas e florestais. Veja alguns exemplos:

CLIMA

Na Região Centro-Oeste predomina o clima tropical semiúmido, com a presença de duas estações bem definidas: um verão úmido, com chuvas entre os meses de março a outubro, e um clima seco durante o inverno, entre os meses de abril a setembro.

Entre os meses de março a outubro a Região Centro-Oeste recebe muita chuva e nos meses de abril a setembro predomina um clima seco. Logo, o inverno na região é seco e apresenta temperaturas amenas. Já o verão é quente e chuvoso. As temperaturas podem variar de 40°C nos meses mais quentes e cerca de 15 ºC nos meses mais frios.

Em Brasília e cidades vizinhas, o clima seco faz a umidade do ar cair para 12% nos meses de agosto. Importante ressaltar que nas regiões mais elevadas do Planalto Central predomina o clima tropical de altitude, onde nos meses mais frios pode ocorrer a precipitação de geada. Características principais do clima tropical: 

  • temperaturas elevadas; 
  • alto índice pluviométrico (chuvas) no verão; 
  • duas estações bem definidas (seca e chuvosa); 
  • elevada amplitude térmica; 
  • verão quente e chuvoso; 
  • inverno ameno e seco.

RELEVO

Grande parte da região está localizada no Planalto Central (Goiás e Distrito Federal). Além dele há o Planalto Meridional (Mato Grosso do Sul e Goiás) e a Planície do Pantanal (Mato Grosso e Mato Grosso do Sul). A Região Centro-Oeste é ocupada em grande extensão pelo Planalto Central, chegando a atingir altitudes superiores a 1000 metros. Compreende todo o estado de Goiás e o Distrito Federal, recebendo o nome local de Planalto Goiano, seguindo para o oeste até a planície do Araguaia e ao sul até o Planalto Sedimentar da Bacia do Rio Paraná.

O Planalto Meridional se estende nos estados de Mato Grosso do Sul e Goiás, apresentando um solo fértil formado pela terra roxa. A Planície do Pantanal caracteriza-se por apresentar, em algumas épocas do ano, regiões alagadas devido às cheias do rio Paraguai e seus afluentes.

HIDROGRAFIA 

A Região Centro-Oeste é banhada por vários rios, que fazem parte da Bacia Amazônica, da Bacia do Paraná e da Bacia do Rio Paraguai. Os rios Jurema, Arinos e o Xingu, banham o norte do Estado de Mato Grosso vindos da Bacia Amazônica.

Os rios que formam a Bacia Hidrográfica do Paraná são os rios Paraná e o Parnaíba. São rios de planalto que se apresentam com grandes quedas d’água. Para tornar o rio navegável, foram construídas eclusas junto das barragens das hidrelétricas de Barra Bonita, Jupiá, Três Irmãos e outras.

As regiões de planície do Pantanal são drenadas pelo rio Paraguai, que tem a maior bacia Hidrográfica da Região Centro-Oeste.

O rio Paraguai, junto com os afluentes, o Miranda, Taquari, Cuiabá e Aquidauana, que ocupam a região do pantanal, nos períodos chuvosos transbordam e ocupam vários quilômetros de suas margens.

O Sistema Aquífero Guarani (SAG) é um corpo hídrico subterrâneo e transfronteiriço que abrange parte dos territórios da Argentina, do Brasil, do Paraguai e do Uruguai. Possui um volume acumulado de 37.000 km³ e área estimada de 1.087.000 Km². Oitocentos e quarenta mil quilômetros quadrados do reservatório estendem-se pelo Brasil (840.000 Km²), 58.500 Km² estão no Paraguai, 58.500 Km² no Uruguai e 255.000 Km² na Argentina. A maior ocorrência do Aquífero Guarani se dá em território brasileiro (2/3 da área total) abrangendo os Estados de Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

No Estado de São Paulo, o Guarani é explorado por mais de 1000 poços e ocorre numa faixa no sentido sudoeste-nordeste. Sua área de recarga ocupa cerca de 17.000 Km² onde se encontra a maior parte dos poços. Esta área é a mais vulnerável e deve ser objeto de programas de planejamento e gestão ambiental permanentes para se evitar a contaminação da água subterrânea e sobre-exploração do aquífero com o consequente rebaixamento do lençol freático e o impacto nos corpos d’água superficiais.

HIDROVIA TIETÊ-PARANÁ

É uma via de navegação situada entre as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil, que permite a navegação e consequentemente o transporte de cargas e de passageiros ao longo dos rios Paraná e Tietê. Um sistema de eclusas viabiliza a passagem pelos desníveis das muitas represas existentes nos dois rios. Possui uma extensão de 2,4 mil quilômetros, sendo 1,6 mil no Rio Paraná e 800 quilômetros no Rio Tietê.

É uma via muito importante para o escoamento da produção agrícola dos estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e parte de Rondônia, Tocantins e Minas Gerais. A hidrovia movimentou dois milhões de toneladas de carga no ano de 2001. Possui doze terminais portuários, distribuídos em uma área de 76 milhões de hectares. A entrada em operação desta hidrovia impulsionou a implantação de 23 polos industriais, 17 polos turísticos e 12 polos de distribuição. Gerou aproximadamente 4 mil empregos diretos. 

Somente a hidrovia do Paraná movimentou, em 2010, mais de 3,7 milhões de toneladas de cargas. A hidrovia Tietê-Paraná, em 2013, movimentou cerca de 6,3 milhões de toneladas de carga, sendo a previsão para 2017 no valor de 7 milhões de toneladas. Foi a segunda hidrovia brasileira em quantidade de carga, sendo superada apenas pela quantidade transportada na bacia amazônica, que foi de cerca de 9,8 milhões de toneladas.

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