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Reformas religiosas: Reação contra o protestantismo

Na França, a difusão do protestantismo foi evitada através de um dos piores massacres civis da História da Europa. Em 24 de agosto 1572, noite de São Bartolomeu, foi celebrado um casamento de conveniência política entre o príncipe protestante Henrique de Navarra, da Casa de Bourbon, e a princesa católica Margarida de Valois, irmã do rei Carlos IX, filhos da influente Catarina de Médici.

A união, que deveria selar a paz entre huguenotes e católicos, transformou-se em uma armadilha que vitimou milhares de protestantes em Paris, chacinados nas ruas pelos católicos enfurecidos.  

O cinema francês produziu um inesquecível filme, Rainha Margot, que mostra as relações pessoais e de poder da monarquia francesa sob a égide de Catarina de Médici. Em 1598, quando Henrique de Navarra assumiu o trono da França com o título de Henrique IV, foi celebrada a tolerância entre católicos e protestantes pelo Edito de Nantes. As guerras de religião na Europa, entretanto, continuariam pelo século XVII, quando a chamada Guerra dos Trinta Anos (1618-48) colocou praticamente todas as nações católicas e protestantes da Europa em estado de guerra até a paz de Westfalia.  

A reação mais importante ao movimento protestante, todavia, ocorreu entre 1545 e 1563. O famoso Concílio de Trento, que reuniu a alta hierarquia da Igreja Católica, mesclou medidas de caráter repressivo, como a reorganização do Tribunal de Inquisição e a elaboração de um índex de obras censuradas, com atitudes conservadoras — reafirmação do celibato, dos dogmas, dos sacramentos, da hierarquia católica e da autoridade papal — e de caráter de moralização, como a instituição da obrigação da formação em seminários para indivíduos com vocação, o que contribuiu para o fim do nepotismo e da simonia. Uma nova ordem religiosa ainda foi reconhecida: a Companhia de Jesus, idealizada pelo soldado espanhol Inácio de Loyola. A Ordem dos Jesuítas teria um papel primordial na expansão do catolicismo para regiões coloniais da África, América e Ásia.  

Somente em 1962, durante o Concílio Vaticano II, a Igreja Católica teria uma postura mais moderada e ecumênica, sob o pontificado de João XXIII, quando Roma convidou membros de outras igrejas cristãs como observadores do Concílio, admitiu a participação de leigos na Igreja, a missa em vernáculo e a utilização de meios de comunicação como forma de expandir a palavra de Cristo.

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