DEFINIÇÃO
Uma sequência a1 , a2 , a3 , … é dita uma PROGRESSÃO ARITMÉTICA (PA) se a diferença entre quaisquer dois termos consecutivos é constante, isto é, se an+1 − an = r, para todo n inteiro positivo e onde r é uma constante. Neste caso, dizemos que r é a razão desta PA.
Exemplos:
I. 1, 1, 1, 1, 1 é uma progressão aritmética com 5 termos e cuja razão é igual a 1 – 1 = 0.
II. 1, 2, 3, 4, 5, 6, … é uma progressão aritmética infinita com razão 1.
III. 1, 1/2 , 0, − 1/2 , −1, − 3/2 é uma progressão aritmética com 6 termos e cuja razão é – 1/2 .
CLASSIFICAÇÃO
CRESCENTES: aquelas onde cada termo é maior que o anterior, ou seja, onde a razão é positiva.
Exemplo:
1, 2, 3, 4, 5, 6, …
CONSTANTES: aquelas onde cada termo é igual ao anterior, ou seja, aquelas PA’s com razão nula.
Exemplo:
1, 1, 1, 1, 1
DECRESCENTES: aquelas onde cada termo é menor que o anterior, ou seja, onde a razão é negativa.
CONDIÇÃO PARA QUE 3 TERMOS EM SEQUÊNCIA FORMEM UMA P.A.

Exemplo:
Encontre o valor de x para que os termos (x + 1, 2x − 3, 4x − 2) formem, nessa ordem, uma progressão aritmética.

TERMO GERAL
Vamos deduzir agora fórmulas para encontrar um termo de uma PA se conhecermos outro termo e a razão.
N-ÉSIMO TERMO EM FUNÇÃO DO PRIMEIRO
Como a diferença entre dois termos consecutivos é sempre igual à razão da PA, podemos escrever:

Somando estas n – 1 equações, repare que há cancelamento de vários termos:

Assim, sobrarão apenas os termos an e a1 e então obtemos que an − a1 − (n−1) · r.
an = a1 + (n − 1) · r
N-ÉSIMO TERMO EM FUNÇÃO DO P-ÉSIMO
Com um procedimento análogo ao do item anterior, podemos deduzir que:
an = ap + (n − p)·r
Veja que esta fórmula permite relacionar quaisquer dois termos de uma PA. Além disso, a fórmula deduzida em I é um caso particular desta.
INTERPOLAÇÃO ARITMÉTICA
Interpolar, inserir ou intercalar k meios aritméticos entre os extremos a e b significa construir uma progressão aritmética de k + 2 termos, sendo que o primeiro termo é igual a a e o segundo termo é igual ab. Vejamos um exemplo:
Exemplo:
Intercalar 10 meios aritméticos entre os extremos 2 e 57.
Solução:
Queremos construir uma PA a1 , a2, …, a12 de forma que a1 = 2 e a12 = 57. Com base nisto, vamos determinar a razão r da PA: pela fórmula do termo geral, temos que a12 = a1 + (12−1) · r. Substituindo a1 = 2 e a12 = 57, segue que 57 = 2 + 11 · r ⇔ r = 5. Desta forma, os meios que devemos inserir são: 7, 12, 17, 22, 27, 32, 37, 42, 47, 52.
SOMA DOS TERMOS
Agora, estaremos interessados em calcular a soma dos termos de uma progressão aritmética: Sn = a1 + a2 +…+ an−1 + an . Para isso, precisaremos do seguinte:
ProBizu:
Podemos representar PA’s da seguinte forma bastante útil:
3 termos: (x − r, x, x + r)
4 termos: (x − 3y, x − y, x + y, x + 3y), onde y = r/2
5 termos: (x − 2r, x − r, x, x + r, x + 2r)
Para mais termos, o procedimento é completamente análogo.
Para calcular Sn , utilizaremos o seguinte artifício (escreveremos a soma desejada na ordem inversa)

Somando estas duas últimas equações, temos que
2Sn = (a1 + an) + (a2 + an−1) +…+ (an−1 + a2) + (an + a1)
Utilizando o ProBizu, segue que 2Sn = n · (a1 + an) e então obtemos a seguinte fórmula para a soma dos termos de uma PA:

Eu gosto de gravar esta soma com a seguinte frase: “a soma dos termos de uma PA é igual ao primeiro termo mais o último termo vezes a quantidade de termos; isso tudo dividido por 2”.
Observação:
1°) A soma de 2 termos equidistantes numa P.A. é sempre constante e para verificar quais são os pares de termos equidistantes em qualquer PA basta lembrar que a1 e an são sempre equidistantes e seus índices somam “n + 1” assim qualquer outro par de termos que os índices somarem “n + 1” também serão equidistantes.
PA de 28 termos: {{a1 , a2, …, a27, a28} ⇒ n + 1 = 29, assim por exemplos todos os termos que os índices somarem 29 serão equidistantes, como a5 e a24 , a11 e a18 , como tantos outros.
2°) Outro fato importante quanto a equidistância de termos se dá na fórmula da soma dos termos de uma PA. A soma (a1 + an) pode ser substituída por qualquer outra soma de pares de termos equidistantes, veja o exemplo.
Exemplo:
Numa P.A. de 15 termos o 8° termo é igual a 12, encontre a soma dos 15 termos dessa PA.
Pela fórmula da soma teremos S15 = (a1+a15).15/2 , onde a soma a1 + a15 pode ser substituída pela soma de quaisquer 2 outros pares de termos equidistantes, pela nossa regra todos os termos que os índices somarem 16 (n + 1) serão equidistantes, dessa forma são equidistantes: a1 e a16 , a2 e a15 , a3 e a15 , …, a8 e a8 (numa PA de quantidade de termos ímpar o termo central é equidistante de si mesmo) assim podemos usar na fórmula da soma dos termos:
