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Processo de industrialização: de 1964 até 1985 (Regime Militar)

Durante o Regime Militar (1964-1985), o Brasil passou por um processo de industrialização impulsionado pelo Estado. Políticas de substituição de importações e investimentos em setores estratégicos da economia buscaram impulsionar o desenvolvimento industrial, com ênfase em infraestrutura, energia e tecnologia. Esse período teve impactos significativos na configuração da indústria nacional, mas também gerou desafios econômicos e sociais.

REGIME MILITAR

Estendeu-se de 1964 até 1985. A economia durante os governos militares, contudo, se apresentou evolutivamente dividida em ciclos específicos. São eles:

1964-1967: PAEG = PROGRAMA DE AÇÃO ECONÔMICA DO GOVERNO

  • O Programa de Ação Econômica do Governo (PAEG) foi o primeiro plano econômico do governo brasileiro dos governos militares. O plano nasceu com o objetivo de atender a cinco focos principais: combater a inflação (que, em 1964, era muito alta); 
  • Aumentar os investimentos estatais (principalmente em infraestrutura);
  • Reformar o Sistema Financeiro Nacional;
  • Diminuir as desigualdades regionais (Norte-Sul); 
  • Atrair investimentos externos. 

Para o governo da época, a inflação era o resultado do excesso de demanda (consumo) que havia no Brasil. Assim, o plano previa a diminuição do consumo no país. Para isso, foram adotadas medidas de restrição ao crédito e diminuição da emissão de papel moeda.

1968-1973: MILAGRE ECONÔMICO BRASILEIRO

De 1967 a 1973 o Brasil alcançou taxas médias de crescimento muito elevadas e sem precedentes, que decorreram em parte da política econômica então implementada principalmente sob a direção do Ministro da Fazenda Antônio Delfim Neto, mas também de uma conjuntura econômica internacional muito favorável. Esse período (e por vezes de forma mais restrita os anos 1968-1973) passou a ser conhecido como o do “milagre econômico brasileiro”, uma terminologia anteriormente aplicada a fases de rápido crescimento econômico no Japão e em outros países.

Durante o período 1968-1973, o PIB brasileiro cresceu a uma taxa de cerca de 11,1% a.a., enquanto no período 1964-1967 o crescimento havia sido de 4,2% a.a.. Uma característica notável do “milagre” é que, simultaneamente as taxas muito elevadas de crescimento econômico, o período 1968-1973 caracterizou-se por taxas de inflação declinantes e relativamente baixas para os padrões brasileiros e por superávits no balanço de pagamentos. 

As interpretações sobre os fatores determinantes do “milagre” encontradas na literatura podem ser divididas em três grandes grupos, não necessariamente excludentes, e que enfatizam: 

  • A política econômica do período 1968-1973, com destaque para as políticas monetária e creditícia expansionistas e os incentivos às exportações;
  • O ambiente externo favorável, devido à grande expansão da economia internacional, melhoria dos termos de troca e crédito externo farto e barato;
  • As reformas institucionais do PAEG, em particular as reformas fiscais/tributárias e financeira, que teriam criado as condições para a aceleração subsequente do crescimento.

Observação: O período que vai de 1968 a 1973, conhecido como período do “milagre econômico”, caracterizou-se por elevados índices de crescimento econômico, sustentado por drástica elevação da dívida externa, contraída a taxas de juros flutuantes. A política industrial do período da ditadura militar (1964-1985) foi marcada pela internacionalização e estatização da economia nacional, acompanhada de grande crescimento do produto interno bruto (PIB).

1973-1979: A “MARCHA FORÇADA” 

Como afirmou Delfim Neto, então ministro da fazenda, “o bolo tinha que crescer para ser dividido”, algo que nunca ocorreu, pois a crise internacional do petróleo de 1973 produziu o ambiente para a volta da inflação. 

Acreditando que a crise era passageira, o governo buscou superar a crise no financiamento internacional, ou seja, aumentando a dívida externa do país. Medida que se mostrou trágica, já que a crise foi mais longa do que o governo brasileiro pressupunha. 

Apesar da forte prosperidade econômica obtida pelo “milagre”, foi constatada uma elevação sistêmica das desigualdades sociais. Os incentivos governamentais atenderam às exigências e preferências do grande capital, fazendo o PIB explodir. Contudo, as políticas de “arrocho salarial” tornaram maiores os abismos entre ricos e pobres, criando um hiato social expressivo no país.

A partir da segunda metade da década de 1970, o Brasil viveu os efeitos da crise do petróleo, que, por sua vez, foi responsável pela desaceleração do crescimento econômico e pelo surgimento de uma grave crise econômica que se abateu no país na década de 1980, conhecida como a “DÉCADA PERDIDA”.

ANO | VARIAÇÃO DO PIB

http://www.r7.com/r7/media/2014/20140331-info-ditadura/20140331-info ditadura.html

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