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Primeira Guerra Mundial: A Guerra

O conflito teve início, conforme afirmado, quando Francisco Ferdinando, herdeiro do trono da Áustria-Hungria, foi assassinado por um nacionalista sérvio. Os austro-húngaros encontravam-se em uma situação delicada, enfrentando o expansionismo russo e a pretensão sérvia de criar uma “Grande Sérvia”, ou Iugoslávia, à custa dos territórios sob domínio de Viena-Budapeste.

Os austro-húngaros, incitados pelos alemães, declaram guerra aos sérvios. O czar Nicolau II mobiliza, então, cerca de 1 milhão de homens na fronteira do país com a Áustria-Hungria e a Alemanha; a guerra começava. Os alemães, com a experiência das guerras de unificação do século XIX, esperavam que a guerra, iniciada em agosto, estaria concluída em dezembro. O Estado Maior alemão, aplicando o Plano Schlieffen, ataca simultaneamente os russos e os franceses, através da Bélgica. O desrespeito à neutralidade belga acabaria envolvendo os ingleses na guerra. Na frente oriental, alemães e russos estacionam suas ações após a batalha de Tannenberg. Na frente ocidental, a batalha do Marne marca a estabilização da guerra através da imobilidade das trincheiras. O conflito, que começara com a mobilização militar das tropas, manter-se-ia estático até o ano de 1917.  

Em 1915, a Itália, através do Pacto de Londres, abandona a Tríplice Aliança e passa a apoiar a Tríplice Entente. Os italianos esperavam obter vantagens territoriais coloniais e territórios austríacos após a guerra. As expectativas italianas, contudo, não seriam totalmente atendidas. Em 1916, nas batalhas de Verdun e Somme, cerca de 600 mil soldados morreram em um dos mais terríveis episódios das guerras de trincheiras. O conflito, contudo, somente começaria a sofrer alterações significativas no ano seguinte.  

Em abril de 1917, após o torpedeamento do navio norte-americano Lusitânia por submarinos alemães, o presidente Woodrow Wilson solicita ao Congresso declaração de guerra contra o Império alemão. Os Estados Unidos, que até então mantinham uma neutralidade formal, exerciam o papel de “arsenal da democracia”, fornecendo produtos de guerra para franceses e ingleses. A entrada dos Estados Unidos no conflito, que representava um breve hiato na sua política isolacionista, foi alvo de investigação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito do Congresso americano, na qual os interesses da indústria bélica foram considerados responsáveis pela entrada do país na guerra. A conclusão do chamado Relatório Nye provocaria, no Congresso, uma reação extremamente negativa. Após o conflito, seriam aprovados os Atos de Neutralidade, um conjunto de leis que proibiam os Estados Unidos de comercializar armas com países beligerantes. A historiadora Bárbara Tuchmann aponta, ainda, a proposta alemã de aliança militar com os mexicanos, consubstanciada no Telegrama Zimmermann, como um dos motivos da guerra.  

Em outubro de 1917, com a Revolução Bolchevique, a Rússia acabaria saindo da Primeira Guerra Mundial. Lênin condenava a guerra como um conflito imperialista, no qual a classe operária não teria interesses diretos. Os bolcheviques, cumprindo uma das promessas revolucionárias, estabelecem um acordo de paz com o Império Alemão denominado Brest-Litovsk. O tratado era extremamente punitivo para com os russos, reservando para a Alemanha vastos territórios que englobariam a Polônia, a Ucrânia e as Repúblicas Bálticas. Com a derrota da Alemanha, o tratado seria anulado. A despeito da saída dos russos e do fim da frente oriental, a entrada dos Estados Unidos no conflito seria fundamental para que a máquina de guerra alemã, exausta por quase quatro anos de conflito, entrasse em colapso.  

“Comentam-se aqui, semanalmente, os fatos da guerra. Ora, a guerra, a bem dizer, acabou. Armistício não é paz, e nem ao armistício chegamos. É mais provável, porém, que as nações aliadas aos Estados Unidos não o neguem e que os generais que comandavam os exércitos em luta, não o embaracem”. Com estas informações, o jornalista Júlio Mesquita, em sua coluna semanal no periódico O Estado de S.Paulo, dava a saber aos seus leitores, em 14 de outubro de 1918, que a Grande Guerra chegava ao seu fim. De fato, um mês depois, os alemães aceitavam a rendição.

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