Segundo o novo dicionário da língua portuguesa, de Aurélio Buarque de Holanda:
Sistemas de Telecomunicações: “Reunião dos elementos que, concretos ou abstratos, se interligam de modo a formar um todo organizado de telecomunicações, uma comunicação à distância, emissão, transmissão ou recepção de sinais”.
Os fatores que impulsionaram esta revolução foram os computadores, internet e as fibras óticas. Para o capital mundializado era fundamental o avanço nestes setores que passaram a permitir a gestão à distância, com grande eficiência, das unidades das empresas multinacionais e transnacionais, instaladas em vários pontos do mundo.
Para isso foi fundamental a produção de cabos de fibra óptica em escala industrial, cabos submarinos intercontinentais e o lançamento de satélites, que possibilitou a transmissão de muito mais informações a uma velocidade bem maior do que os antigos cabos de cobre e as antigas fotografias e cartas.
A internet veio acelerar esse processo porque através dela trocamse informações, tais como a transferência de arquivos de som, imagem e texto. É possível conversar por escrito ou de viva voz, além de fazer compras em qualquer país conectado em um tempo real.
A censura na internet é feita através do controle ou a supressão da publicação ou acesso de informação na rede. A China e o Irã, nos dias de hoje, são apontados como os maiores “inimigos da internet” porque, sob a alegação de estarem protegendo seus valores nacionais e culturais controlam o acesso às informações sobre a situação política e proíbem qualquer notícia a respeito de questões relacionadas aos direitos humanos, atualmente a Google não vem operando mais na China.
Fonte: Havey. D. A – Condições Pós Moderna.
OS FLUXOS DE INFORMAÇÃO
Paralelamente, começa a se esboçar uma convergência entre a infraestrutura de comunicação e a indústria da mídia, à medida que ambas se digitalizam. É essa conjunção que torna possível um mundo globalizado nos moldes do século XXI. Mas o mundo não ficou pequeno para todos. Apesar de uma complexa rede de cabos e satélites conseguir abraçar completamente o globo terrestre, as telecomunicações ainda são um privilégio de poucos nesse mundo globalizado. Grande parte do continente africano tem menos de uma linha de telefone para cada 100 habitantes.
Fonte: centrotech.net
O avanço tecnológico dos meios de comunicação e informação permitiu o aumento dos fluxos de capitais especulativos, o chamado Smart Money ou dinheiro esperto, acabou contribuindo para algumas das crises especulativas ocorridas no final do século XX, porque se tornou corriqueiro ver um país entrar em colapso já que os investidores de risco levaram seus dólares de volta para os países mais desenvolvidos, diante da suspeita de que aquele país passou a ser um risco para suas aplicações.
Em 1997, rapidamente um furacão financeiro veio da Ásia, passou pela Europa, Estados Unidos e chegou ao Brasil. Pessoas que não sabiam onde ficava a Tailândia ou Hong Kong logo tomaram conhecimento da sua existência e compreenderam que “um resfriado nesses lugares pode virar uma gripe aqui”, especialmente se fizer uma escala em Nova Iorque.
Outra forma de uso dos meios de comunicação para movimentação financeira está na prática conhecido como lavagem de dinheiro, que representa uma perda de receita pelos Estados Nacionais. Trata-se de um processo de legalização de capital líquido, dinheiro em espécie, obtido de maneira ilícita, como contrabando de armas, narcotráfico, terrorismo internacional, desvios de verbas públicas, corrupção institucional etc.
Isso é feito através da fuga direta do dinheiro pelas diversas redes materializadas no espaço, ou das brechas existentes no sistema financeiro e bancário oficial. Esse processo permite, via on line, que quantias expressivas sejam enviadas para territórios regulados por leis menos rígidas quanto à origem e à natureza dos capitais. Esses países são denominados de “Paraísos Fiscais”, o que torna o seu sistema financeiro e bancário receptáculo de capitais originados pelas atividades ilícitas. Esse é, sem dúvida, um dos maiores problemas enfrentados atualmente por diversos países do mundo, principalmente por aqueles que têm sistemas de fiscalização menos eficientes.
Fonte: centrotech.net
Com a nova Ordem Geopolítica Global houve uma tendência à regionalização da economia e a formação de blocos geoeconômicos de poder, para que houvesse uma maior integração entre os mercados nacionais, isto é, a formação do Bloco Americano, Bloco Euro – Asiático (Africano) e o Bloco da Bacia do Pacífico. Dentro deste processo econômico, muitos países se juntaram cujo objetivo principal é aumentar as relações comerciais entre os membros.
