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O Segundo Reinado: A breve era Mauá

A breve era Mauá refere-se ao período no século XIX em que Irineu Evangelista de Sousa, o Visconde de Mauá, desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento econômico do Brasil. Como empresário e visionário, Mauá impulsionou a industrialização, a infraestrutura e a modernização do país, deixando um legado importante, mesmo que sua época de influência tenha sido relativamente curta

Durante o Segundo Reinado, o Brasil vivenciou um surto industrial como consequência da aprovação da Tarifa Alves Branco (1844), uma medida protecionista que acabou estimulando a indústria nacional. A tarifa taxava os produtos que chegavam ao Brasil em até 60%. Esse valor incidia sobre os produtos com similares no país; já os produtos sem similares, eram taxados em 30%. De um modo geral, os produtos estrangeiros ficavam mais caros e, com isso, os produtos nacionais podiam competir no mercado nacional.

Outro ponto relevante foi a abundância de capitais provenientes dos lucros do café, e que serviram para o investimento na modernização brasileira. Com o fim do tráfico de escravos, com a Lei Eusébio de Queirós em 1850, os capitas excedentes do café foram direcionados para outras atividades, como a indústria têxtil, a construção de estradas de ferro, empresas de mineração, de transportes urbanos, e até mesmo o surgimento de bancos.

Nesse cenário propício para a indústria nacional, surgiu a figura de Irineu Evangelista de Souza (1813-1889), que no futuro receberia o título de Barão de Mauá. O empresário foi um exponencial no período de industrialização brasileiro e dentre suas principais realizações estão: a construção de estradas de ferro, a criação da Companhia de Iluminação e Gás do Rio de Janeiro, a inauguração de linhas de Bonde, e a criação do Banco Mauá.

Irineu Evangelista de Souza, o Barão de Mauá.

Litografia de Sebastien Auguste Sisson, de 1861.

Entretanto, como o governo brasileiro estava comprometido com a atividade agrícola, vinculada à produção cafeeira, as iniciativas do Barão de Mauá não tiveram apoio de D. Pedro II. As elites latifundiárias se incomodavam com o sucesso do empresário e, por isso, passaram a exigir que o governo aprovasse uma redução nas tarifas de produtos importados. Assim, no ano de 1860, por pressão dos cafeicultores, foi aprovada a Tarifa Silva Ferraz, que consistia na redução das taxas de importação sobre máquinas, ferramentas e ferragens, desestimulando dessa forma, os investimentos na produção nacional. Sem apoio do Império e com dificuldades para concorrer com os produtos estrangeiros, principalmente os ingleses, no ano de 1878 o Barão de Mauá foi à falência.

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