
Fonte: Quino.
“Segundo o novo dicionário da língua portuguesa, de Aurélio Buarque de Holanda”, MERCOSUL: “A organização internacional criada em 1991, o MERCOSUL é constituído por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, para adoção de políticas de integração econômica e aduaneira entre esses países, e tendo como associados Chile e Bolívia. O objetivo do MERCOSUL é garantir a construção de uma consolidação econômica, política e social entre os países-membros, colaborando para o aumento da qualidade de vida dos cidadãos que habitam os Estados que constituem o bloco”.
A AMÉRICA LATINA
A América Latina é composta por 20 países, com a subdivisão da América do Norte, América Central ou do Istmo e a América do Sul, com o destaque para o México que faz parte da América Latina e não faz parte da América Anglo Saxônica, composta pelos Estados Unidos e o Canadá. Na divisão geográfica o México faz parte da América do Norte.

Fonte: Atlas Geográfico Escolar – MEC.
A América Latina, que inclui essencialmente países menos desenvolvidos ou periféricos, de maneira geral é pouco industrializada, ficando sua economia subordinada à agropecuária e à mineração. Mesmo com essa dependência agrícola, a maior parte de suas terras é cultivada de forma extensiva e possui um reduzido PIB, Produto Interno Bruto per capita. Em muitos países, a atividade agrícola ainda se desenvolve segundo os moldes do período colonial, com grandes propriedades, denominado de latifúndio pertencente a poucas famílias, cuja produção se destina quase integralmente ao mercado externo.
Em todos os países da América Latina é possível identificar basicamente dois tipos de agricultura:
- A de subsistência, praticada com o uso de técnicas rudimentares ou primitivas, destinada a abastecer o mercado interno, com pequenas e médias propriedades com a base familiar,
- A de caráter comercial de exportação, em geral monoculturas realizadas em grandes extensões de terra ou latifúndio, e com frequência e dependentes de investimentos estrangeiros. Como exemplos característicos desse sistema, podemos citar o café, responsável por uma parte substancial das rendas de exportação da Colômbia, Costa Rica, Guatemala e El Salvador, com a banana, com igual importância para o Panamá e Honduras, além de outros produtos de menor expressão. No caso brasileiro o grande produto na pauta de exportação é a soja.

Na América Latina apenas três países que se destacam pela produção industrial, o Brasil, Argentina, México e, em menor escala, o Chile. Iniciada de uma forma retardatária ou tardia, a industrialização desses países tomou grande impulso a partir da segunda guerra mundial, esta impediu os países em guerra de comprar os produtos que estavam habituados a importar e de exportar o que produziam.

Fonte: Brasil.imagem.
Nos anos de 1990 trouxe uma urgência na relação comercial da América Latina, o Brasil e a Argentina começaram a flertar com a formação de um mercado comum e o desejo de estabelecer um bloco geoeconômico de poder, com a assinatura da Ata de Buenos Aires, propondo em quatro anos o prazo para redução de tarifas de importação entre os países membros.
Nesse período o Uruguai e o Paraguai uniram-se a esse bloco, com quatro países denominados de Estados Parte. Esse processo culminou no Tratado de Assunção, assinado em 26 de março de 1991, pelos governos do Brasil, Argentina, Uruguai e o Paraguai, estabelecendo o intuito de criar um mercado comum, com a formação definitiva popularmente de MERCOSUL.

Nas décadas seguintes ocorreu uma adesão e crescimento do número de países no bloco geopolítico do MERCOSUL, com os estados associados, sem participação decisória nas reuniões do Chile, Colômbia, Peru, Guiana e Suriname. No ano de 2012, a Venezuela se tornou um Estado Parte, em 2016 teve os seus direitos suspensos e reforçada no ano de 2017, pois só pode participar desse bloco geoeconômico apenas estados democráticos de direito.
Atualmente o MERCOSUL é a quinta maior economia mundial, com as trocas comerciais internas no bloco em uma crescente, no ano de 2013 chegou a ultrapassar 13 bilhões de dólares.

Fonte: Ministério do desenvolvimento – Governo Federal.
Nesse cenário comercial, as exportações brasileiras e o saldo da balança no interior do bloco aumentam todos os anos. Enquanto 56,0% das exportações brasileiras para o mercado fora do bloco geoeconômico são de bens industrializados, com o restante sendo de matérias-primas, o índice chega a 84,0% no MERCOSUL.
A relação da pandemia do covid 19, no século XXI trouxe várias incertezas na relação comercial no mundo, além de diversas outras áreas no cenário internacional incerto. Na relação específica do MERCOSUL, os governos estão tentando uma resposta rápida na relação na segurança e saúde de todos os cidadãos dos países desse bloco geoeconômico.
No início da pandemia com o despreparo de grande parte dos países da América Latina, inclusive o Brasil para lidar com um mundo cada vez mais globalizado, principalmente na difusão das informações e a vacinação da população.
Com a pandemia e a dificuldade do Brasil avançar nas negociações com os países parceiros do MERCOSUL, para a redução das taxas de importação de produtos dos outros blocos geoeconômicos de poder, o Ministério da Economia e das Relações Exteriores do Brasil anunciou a redução em 10,0% das tarifas e alíquotas do imposto da importação de aproximadamente 87,0% dos bens e serviços importados. A decisão do Camex, Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior tem validade até o dia 31 de dezembro de 2022, como os automóveis e sucroalcooleiros, que já têm um tratamento diferenciado pelo Bloco.