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O Brasil no contexto mundial

O comércio é um dos responsáveis pelo crescimento e desenvolvimento da economia dos países. Comércio significa a troca de bens e serviços por capital. Já o comércio internacional é caracterizado por essa troca a nível internacional, que acontece entre nações e não de forma interna dentro do país. Em grande parte dos países, esse ramo representa uma fatia considerável do seu PIB, Produto Interno Bruto.

“Segundo o novo dicionário da língua portuguesa, de Aurélio Buarque de Holanda”, Localização do Brasil: “O Brasil é um país localizado na América do Sul e faz fronteiras com todos os países do continente exceto Chile e Equador, banhado pelo oceano Atlântico a leste”.

Fonte: Quino.

A história desse tipo de comércio é antiga. Na antiguidade, por exemplo, os egípcios exportavam e importavam artigos de luxo e também compravam madeira para construir palácios. Outro exemplo é a expansão marítima e comercial europeia, dos séculos XV e XVI, que proporcionou um grande crescimento do comércio. Mas foi a partir do século XX que houve um destaque especial, ainda mais com a intensificação da globalização e Regionalização da economia mundial, em que houve um crescimento da população mundial, da produção industrial, o avanço dos meios de transporte, logística e das telecomunicações. Outro fato foi o desenvolvimento das empresas multinacionais e transnacionais, portanto, a necessidade de expansão comercial.

À medida que ocorreu esta evolução, a participação dos países se tornou cada vez mais intensa, principalmente no pós-guerra. Esse crescimento trouxe transações que envolveram atividades de exportação e importação, investimentos, empréstimos e transações diversas.

As transformações econômicas mundiais ocorridas nas últimas décadas, sobretudo no pós Segunda Guerra Mundial, são fundamentais para entendermos as dinâmicas de poder estabelecidas pelo grande capital imperialista e, também, pelas grandes corporações multinacionais e transnacionais. Além delas, não podemos deixar de mencionar a importância crescente das instituições supranacionais, que atuam como verdadeiros agentes neste jogo de interesses, como, por exemplo, o FMI, Fundo Monetário Internacional o Banco Mundial, entre outros.

O Brasil atualmente é a nona maior economia mundial, de acordo com os critérios de Produto Interno Bruto diretamente convertido a dólares americanos, e estão entre as dez maiores economias mundiais em critérios de “paridade do poder de compra”, sendo a maior da América Latina, e está na octogésima quarta posição no ranking do IDH, Índice de Desenvolvimento Humano.

Apesar de ter dado, ao longo da década de 1990, um salto qualitativo na produção de bens agrícolas, alcançando a liderança mundial em diversos insumos, fazendo parte de a segurança alimentar mundial, com reformas comandadas pelo governo federal, a pauta de exportação brasileira foi diversificada, com uma enorme inclusão de bens de alto valor agregado como joias, aviões, automóveis e peças de vestuário.

O Brasil é o vigésimo país em volume importado e o vigésimo quarto em exportações. Em cada categoria, os produtos incluídos são:

  • Em relação aos minerais, como o petróleo bruto, petróleo refinado, gás de petróleo, minério de ferro e minério de cobre,.
  • Em relação aos produtos relacionados à proteína animal, como a carne bovina, carne de porco, carne de aves, além de crustáceos, queijos, leite e filés de peixes.
  • Nos transportes, como os automóveis, caminhões, partes de veículos, helicópteros, aviões e similares.
  • Em relação aos plásticos e borrachas, como pneus de borracha, polímeros de etileno, polímeros de propileno e poliacetatos.
  • Em relação aos tecidos, como suéteres de malha, camisetas de malha, colchas, algodão cru, tecidos sintéticos.
  • Em relação aos metais preciosos, como ouro, joias, platina, diamantes e prata.
  • Em relação aos alimentos, como vinho, destilados, ração animal, açúcar, extrato de malte, peixe processado.
  • Em relação aos produtos vegetais, como a soja, trigo, chá, arroz, café, frutas e cítricas.
  • Em relação aos instrumentos médicos como os equipamentos ortopédicos.
  • Em relação às máquinas, como os circuitos integrados, telefones, computadores, equipamentos de transmissão e transformadores elétricos.
  • Em relação metais, como o alumínio bruto, cobre refinado, estruturas de ferro, ferro semifinalizado e barras de ferro.
  • Em relação aos produtos químicos, como os medicamentos empacotados, sangue humano e animal, hidrocarbonetos cíclicos, álcoois acíclicos, produtos de limpeza e produtos de beleza.

O Brasil é visto pelo mundo como um país com muito potencial, assim como a Índia, Rússia e China. A política externa adotada pelo Brasil prioriza a aliança entre países menos desenvolvidos para negociar commodities com os países ricos. O Brasil, assim como a Argentina e a Venezuela, vem rejeitando o projeto da ALCA em discussão, apesar das pressões dos Estados Unidos. Existem também iniciativas de integração e cooperação econômica na América do Sul. Seus maiores parceiros comerciais são a União Europeia, República Popular da China, os Estados Unidos e o próprio MERCOSUL.

A palavra inglesa “commodity” significa simplesmente mercadoria. Mas no mercado o termo se refere a produto básico, em estado bruto ou com baixo grau de transformação. São mercadorias com pouco valor agregado e quase sem diferenciação que podem, portanto ser negociadas globalmente sob uma mesma categoria. Minério de ferro, madeira, carne e frango in natura e petróleo são algumas das mais comercializadas.

O governo brasileiro e parte dos economistas associam com frequência a queda no preço das commodities nos últimos anos com a recessão que o Brasil atravessa. Nem todo mundo concorda que o cenário externo é o principal motivo da crise, mas ninguém nega o impacto da queda mundial da demanda por produtos primários na economia brasileira. As commodities representam 65% do valor das exportações brasileiras, sendo que as dez primeiras posições no ranking do MDIC, Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior de produtos mais exportados são ocupadas por commodities. As exportações brasileiras somaram US$ 191 bilhões em 2015.

Commodities podem ser vendidas como qualquer mercadoria, mas são normalmente negociadas no mercado futuro, em bolsas de valores, isto é, produtor e comprador firmam um contrato com um preço fixado hoje para a entrega e pagamento do produto em uma data futura predefinida. Assim, mesmo antes de ter colhido a soja ou matado o boi, o produtor já tem uma garantia de volume contratado e preço a receber. Quem detém o contrato no momento do vencimento é que tem o direito de receber o produto, mas isso nem sempre acontece.

A diminuição nos preços das commodities começou em 2011 e coincide com o início da desaceleração da economia chinesa. Como o Brasil exporta bem mais do que importa deste tipo de produto, quanto menor o preço, pior para o país. O país asiático vive um processo de transição para um novo modelo econômico que valoriza o mercado interno em detrimento da produção industrial para exportação. Com isso, passou a demandar menos commodities o que, dado o seu tamanho relativo no mercado, influenciou os preços para baixo.

Os acordos são ferramentas poderosas para inserir melhor as empresas brasileiras no mercado internacional, tanto via comércio quanto via investimentos. Essas ações são necessárias porque, em 2015, as vendas externas brasileiras caíram 15,1% em relação a 2014. Foi à quarta queda consecutiva das exportações. Em agosto de 2016, os produtos brasileiros só têm acesso facilitado, livre de tarifas de importação e barreiras não tarifárias, a menos de 8,0% do mercado internacional, enquanto os dos Estados Unidos atingem 24,0%, os da União Europeia 45,0% e México, 57,0%. O Brasil já começou a fazer acordos com países da América do Sul como Peru, Chile e Colômbia.

PRODUÇÃO MUNDIAL
Volume de aço bruto (em mil ton.)

BRASIL
Volume de aço bruto (em mil ton.)

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