No modo de produção capitalista, ocorre a perda do poder aquisitivo de uma grande parcela da sociedade e da distribuição de renda, principalmente nos países menos desenvolvidos, que continua extremamente desigual, aumentando o desemprego com diversos trabalhadores passando por privações de consumo de alimentos, laser, mercadorias e produtos.

Fonte: Charge Nanihumor.com
Existem cinco fases bem definidas do modo de produção capitalista:
- O pré-capitalismo, com o fim da idade média, tendo como processo produtivo a produção artesanal;
- O capitalismo comercial, com o início e ampliação da produção e incremento do comércio, na denominada expansão marítima e comercial europeia;
- O capitalismo industrial, com o início da denominada revolução industrial inglesa clássica, por volta do século XVIII na Inglaterra;
- O capitalismo financeiro, predominando a atividade bancária, onde os bancos controlam parte do capital e consequentemente da produção;
- O capitalismo monopolista, predominando os monopólios e oligopólios, através do controle da produção pelas multinacionais e transnacionais.
“Se o capitalismo pudesse adaptar a produção não para obter o máximo de lucro, mas para melhorar de maneira sistemática a situação material das massas populares; se ele pudesse empregar o lucro não para a satisfação das manias das classes parasitas, não para o aperfeiçoamento dos métodos de exploração, não para a exportação dos capitais, mas para o levantamento sistemático da situação material dos operários e dos camponeses, então não existiriam as crises. Mas então, também, o capitalismo não seria o capitalismo. Para suprimir as crises, torna-se preciso suprimir o capitalismo”.
(Josef Stalin – Questões do Leninismo: Governou a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas e definiu os rumos do país de 1922 até a sua morte em 1953, foi um político, revolucionário comunista e ditador antifascista).
Entende-se que a característica do processo de produção para o consumo do mercado ocupa lugar de destaque na economia globalizada, pois, é esse consumo da população que estimula a produção permitindo que o modo de produção capitalista se complete e funcione adequadamente. É a demanda pela produção e consumo que faz com que as do sistema capitalista se movimentem de maneira mais rápida ou de uma forma mais lenta, em um determinado país. Tal destaque é merecido principalmente nessa fase do capitalismo monopolista em que se produz conforme a demanda do mercado consumidor. O objetivo principal da produção capitalista monopolista é ter um aumento de preços e consumo, pois sem isso não há lucro.

Fonte: Livro: A Divisão Internacional.
A economia no modo de produção capitalista é a ciência que estuda os processos de produção, intercâmbio e consumo de bens industrializados e serviços. Uma crise, no que lhe diz respeito, é uma mudança brusca ou uma situação de escassez, favorecendo o desemprego, subemprego e a hipertrofia do setor terciário.
Posto isso, uma crise econômica faz referência a um período de escassez no nível da produção, da comercialização e do consumo de produtos e serviços. A economia é cíclica, ou seja, combina etapas de expansão com fases de contração. Estas flutuações sucessivas são conhecidas sob o nome de ciclo econômico.
Estes princípios permitem afirmar que toda descida culmina numa subida e vice-versa. As quatro grandes fases de um ciclo econômico são:
- O boom, em que aumenta a atividade econômica até ao seu auge;
- Com a depressão caem os indicadores;
- A recessão quando a depressão se estende por mais de dois trimestres consecutivos;
- A recuperação ou estagnação os índices voltam a subir e o boom do ciclo seguinte inicia.
A crise econômica decorre em algum momento da depressão. Pode tratar-se de uma crise generalizada com quebra de todos os índices, ou de crises que afetam em especial certos setores crise da oferta e crise da procura. Por outro lado, fala-se de crise de subsistência sempre que um grupo social não possa satisfazer suas necessidades básicas.
Outro tipo de crise conhece-se sob o nome de “bolha financeira” ou “bolha especulativa”, que ocorre quando as ações são negociadas a um preço muito superior ao do seu valor intrínseco até um momento em que estas deixam de ser compradas, passando seu valor a cair bruscamente.
Ao longo da história, pudemos observar renomados economistas que fizeram análises e até mesmo criaram modelos de estudos para antever e conceber a orientação de ocorrência de tais ciclos econômicos. O economista russo Nikolai Dimitrievitch Kondratieff apresentou os chamados superciclos, grandes ondas, ondas longas ou longos ciclos econômicos da economia mundial capitalista monopolista moderna.
A tese de Kondratieff é a de que os ciclos consistem em períodos alternados de alto crescimento e períodos de crescimento relativamente lento variando de 40 a 60 anos. Kondratieff identificou 3 fases no ciclo:
- expansão;
- estagnação;
- recessão.
Já para Joseph Schumpeter, as crises seriam momentos de declínio econômico que gerariam ondas de substituições criadoras, levando ao abandono de um modelo anterior defasado e à adoção de novas e mais moderno propostas capitalistas. Schumpeter considerava então, que o capitalismo deveria ser estudado sob a ótica da produtividade e do crescimento, sendo a máxima expressão da inovação, luta humana e pura ou simples destruição, tudo isso ao mesmo tempo.

Fonte: The Economist. Londres, v. 350, n.8107, 20 fev. 1999. Survey. Adaptado de MAGNOLI, Demétrio & ARAÚJO, Regina. “Projeto de ensino de geografia: natureza, tecnologia, sociedades, geografia geral.” São Paulo: Moderna, 2000 – As Ondas do Economista Joseph Schumpeter.