Vários foram os fatores que contribuíram para o colapso do sistema socialista soviético, dentre os quais destacamos:
- Os excessivos gastos nas corridas aeroespacial e armamentista inibiam a capacidade do governo soviético em promover investimentos em setores considerados de grande importância para atender o mercado consumidor local, inclusive de produtos de primeira necessidade;
- A política do pleno emprego, a falta de incentivos aos trabalhadores, contribuíram para a ocorrência de enormes prejuízos em inúmeras empresas estatais, que eram financiadas pelo governo;
- A falta de liberdade, com um controle excessivo das ações da população, gerava um crescente descontentamento popular;
- A falta de produtos de primeira necessidade obrigava a população russa a comprar esses produtos no denominado mercado negro a preços bem mais altos, também gerando descontentamento popular;
- O excesso de burocracia emperrava a máquina administrativa do estado russo, contribuindo para a baixa e ciência das empresas estatais.
Para tentar contornar a grave crise econômica e social que atingia o país, o então presidente da URSS, Mikhail Gorbachev, promoveu em 1985 as políticas da Perestroika, a reestruturação econômica e social do país e a Glasnost, com a transparência ou liberdade de expressão da população.
As medidas não surtiram o efeito esperado, agravando a situação política e econômica da antiga URSS. O enfraquecimento da antiga URSS estimulou a ocorrência de uma onda de protestos na Europa Oriental, nos países que viviam na esfera da influência política, econômica e militar da União Soviética.
O crescimento das manifestações pró-democracia e por reformas políticas e econômicas, juntamente com a grave crise na antiga URSS, culminaram com a reestruturação e o colapso do sistema socialista, que atinge o seu ápice com a queda do muro de Berlim em 09 de novembro 1989.

Fonte: Atlas Histórico Escolar – MEC.
Para muitos, este acontecimento marcou o fim da denominada guerra fria, para outros, a guerra fria só terminou de fato em 25 de Dezembro de 1991, quando oficialmente a antiga URSS deixou de existir, como nação socialista.
A dissolução do denominado segundo mundo socialista, expressa na transição para a economia de mercado na antiga União Soviética e Europa oriental, suscita questões cujas respostas somente aparecerão nos próximos anos. A geometria do poder europeu depende ainda do desenvolvimento das relações econômicas e políticas entre a Alemanha unificada e a Rússia pós-comunista. Essas relações podem conduzir ao deslocamento do eixo de poder europeu para o segmento da reta Berlim-Moscou, que se tornaria o sucessor do velho triângulo Londres-Paris-Bonn.
A Federação Russa ou Rossíyskaya Federátsiya é o maior país em extensão territorial do mundo, com uma área de 17.075.400 Km2. Existem onze fusos horários no território russo em função de sua grande extensão territorial do leste para oeste, sendo o país com mais fusos horários do mundo.
A divisão administrativa da Rússia é bem complexa, o país é dividido administrativamente em 83 partes:
- 46 províncias, denominado de oblasts;
- 21 repúblicas;
- 9 territórios denominado de krais;
- 4 regiões autônomas;
- 2 cidade federais;
- 1 província autônoma.
O território russo está presente em dois continentes, o asiático e europeu. Portanto, a Rússia é um país bicontinental, uma das regiões habitadas mais frias da superfície terrestre é a Sibéria, localizada no extremo norte da Rússia, nesta região a temperatura pode chegar a -50,0 °C no inverno.
Com a sua população em torno de 145,1 milhões de habitantes, estimativas de 2021, está diminuindo a um ritmo de 700mil pessoas por ano, devidas principalmente ao envelhecimento rápido da sua população com um percentual elevado de idosos. Isso significa que daqui a aproximadamente 50,0 anos os russos podem ser reduzidos a dois terços do que são atualmente. Existem cerca de 160 grupos étnicos na Rússia, que falam cerca de cem idiomas diferentes, porém, o russo é a língua oficial. A maioria da população russa segue a Igreja Ortodoxa, com cerca de 42,0%. Porém, aproximadamente 37,0% da população não possui nenhuma religião.
A Federação Russa atualmente é a décima primeira economia mundial, com um importante papel na economia geopolítica mundial sendo o segundo país mais armado do planeta, inclusive com um arsenal nuclear.
Com o presidente Vladimir Putin no poder do país há 20 anos, teve início como primeiro-ministro em 1.999, posteriormente tornou-se presidente no ano 2.000 até 2.008, quando assumiu interinamente o poder após a renúncia de Boris Yeltsin.
Em abril de 2021, após aprovação do parlamento, o Presidente Vladmir Putin sancionou uma lei que permite que ele concorra às eleições por mais dois mandatos, até 2036.
O PIB, Produto Interno bruto da Rússia em 2020 foi de US$ de 1,700 trilhão, os principais produtos industrializados produzidos são; minérios, petróleo, gás natural, metais, automóveis, navios, produtos químicos, equipamentos elétricos, máquinas, equipamentos para a construção civil, tecidos e alimentos industrializados.
Os principais produtos agropecuários produzidos são: os cereais como os grãos, sementes de girassol, beterraba, principalmente para produção de açúcar, legumes, frutas, carne e leite.
Os principais produtos exportados pelo país são: petróleo bruto, produtos derivados de petróleo, gás natural, metais e produtos químicos. Os principais produtos importados pelo país são; automóveis, produtos farmacêuticos, máquinas, plásticos, carne e frutas.
Os principais parceiros econômicos para a exportação dos seus produtos são; Holanda, Alemanha, Itália, Turquia e China. Os principais parceiros econômicos para a importação de produtos são; Alemanha, China, Ucrânia, Estados Unidos e Itália.
As principais atividades econômicas relacionadas a mineração são; cobre, minério de ferro, níquel, turfa, alumínio, carvão, gás natural e petróleo.