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Nova Ordem Mundial – A regionalização do Continente Africano

A regionalização do Continente Africano reflete uma complexa diversidade geográfica, cultural, econômica e política. As diferentes regiões africanas são marcadas por contrastes de clima, recursos naturais, línguas e costumes, influenciando profundamente as dinâmicas socioeconômicas e os desafios enfrentados por cada área.

NORTE DA ÁFRICA

O norte da África que os geógrafos também chamam de África Setentrional, África do Norte ou África branca é a maior região do continente em extensão territorial, que comporta três subdivisões:

  • Países da região do Magrebe;
  • Países da região do deserto do Sahara;
  • Países da região do vale do rio Nilo.

A palavra maghreb é da língua árabe e tem o significado de “poente do Sol”, ou seja, o ocidente. Os países que compõem a região do Magrebe são:

  • Marrocos;
  • Argélia;
  • Tunísia;
  • Mauritânia;
  • Líbia.

Na paisagem, os acidentes geográficos que mais destacam o Magrebe são a cadeia de dobramentos modernos do Atlas, junto ao mar Mediterrâneo, e o gigantesco deserto do Sahara onde ambos os trechos são distintos; um pelas quais as dunas arenosas dominam aquilo que os geógrafos e habitantes locais conhecem por Erg, e outro com muitas pedras, que se chama Hamadas.

A região do Magrebe tem um clima mediterrânico na encosta setentrional da cordilheira do Atlas e um clima desértico na parte setentrional dessa cordilheira. A distribuição da população é desigual: a densidade demográfica é grande em áreas de maior umidade e, de modo natural, tem escassez nas áreas de deserto, onde a maioria da população é formada pelos árabes e pelos berberes, que são adeptos do islamismo.

Devido às condições naturais que não favorecem as lavouras, a agropecuária se desenvolve muito pouco, apesar do seu emprego para muitos trabalhadores em atividade que moram nesses países. Merece destaque a agricultura mediterrânea, em que são cultivadas vinhas, oliveiras, cítricas e tâmaras. É praticada a pecuária extensiva nas áreas de clima semiárido e a pecuária que se desloca sem destino próprio no deserto.

Mesmo com o encontro do Egito com o Sudão no deserto do Sahara, o rio Nilo ali presente pode ser agrupado em outra sub-região. Como os rios Nilo Branco e Nilo Azul formam o famoso acidente geográfico fluvial, é atravessada pelo Nilo a totalidade do território desses países, cujo rio proporciona a melhoria das condições vitais para seu povo.

ÁFRICA OCIDENTAL

A África Ocidental está localizada entre o deserto do Saara e o golfo da Guiné, e nela são abrangidos 16 países independentes; Benim, Burkina Faso, Cabo Verde, Costa do Mar m, Gâmbia, Gana, Guiné, Guiné-Bissau, Libéria, Mali, Mauritânia, Níger, Nigéria, Senegal, Serra Leoa e Togo.

Devido ao fato de se localizar entre o deserto e o golfo, o clima da região é do tipo equatorial, e a vegetação é formada por savanas na parte setentrional e florestas na parte meridional, onde chove bastante.

A densidade demográfica da África Ocidental é menor nas regiões e sofre influência direta do deserto do Sahara. A Nigéria alberga cerca de 60,0 % de sua população.

A principal atividade econômica é a agricultura, alternada entre a agricultura de subsistência e a plantação de produtos de plantations que se destinam à exportação, como o café, cacau, amendoim e banana.

O fato de a África Ocidental chegar à industrialização, que está se expandindo, é dependente dos capitais estrangeiros. Os países de maior desenvolvimento no setor são a Nigéria, Costa do Marfim e Senegal.

ÁFRICA CENTRAL

Os países agrupados por essa região são quatro, a República Centro-Africana, República do Congo, República Democrática do Congo e Angola. Está localizada na porção equatorial do continente, que faz limite com o oceano Atlântico a oeste e com altas escarpas montanhosas e grandes falhamentos geológicos a leste, sendo verificados, no restante do território, os planaltos e planícies alternadas cujos rios caudalosos atravessam.

A região tem uma variação climática com elevadas temperaturas e umidade relativa do ar atmosférico nos países da extremidade norte, sendo verificada a floresta latifoliada equatorial. O clima predominante na extremidade sul da África Ocidental é o tropical, tendo como ecossistema as savanas.

Como na quase totalidade do continente, há poucas indústrias, mas os lençóis petrolíferos descobertos na faixa litorânea e o grande potencial hidrelétrico que esses países possuem têm como vantagem o oferecimento do progresso esperado. 

ÁFRICA ORIENTAL

A África Oriental compreende a área que vai da bacia hidrográfica do rio Congo até as águas do mar Vermelho e do oceano Índico. Os países que são agrupados pela África Oriental no total de dez, a Eritreia, Etiópia, Djibuti, Somália, Quênia, Tanzânia, Uganda, Ruanda, Burundi e Seychelles. Como a diversidade da paisagem é muito grande, verifica-se, em meio à quantidade menor de planícies e da elevação dos planaltos, com os presentes maciços montanhosos, grandes falhamentos, com diversos vulcões e lagos.

O clima predominante é o tropical, com atenuação das temperaturas devido ao fator climático da altitude. A variação de um quadro oferecido pela vegetação é formada pelas florestas equatoriais, pelas savanas, pelas estepes e pelas formações características de áreas desérticas.

Na África Oriental, a economia que tem como base a agricultura, e se organiza principalmente de acordo com o sistema de plantation, é dedicada aos produtos exportados que são o café e o algodão. A escassez de recursos minerais é limitada em jazidas menores de ouro, platina, cobre, estanho e tungstênio. Também na África Oriental, a vantagem que ainda não foi atingida pela industrialização representa um grau de satisfação ao fato de que a economia se desenvolva.

Uma das regiões de maior pobreza e onde ocorrem mais conflitos é a África Centro oriental. Seu povo teve crises de seca e fome, como na Somália e Etiópia e conflitos entre etnias em que morreram 800 mil hutus e tutsis em Ruanda e Burundi.

ÁFRICA MERIDIONAL

A África Meridional, cuja linha imaginária do trópico de Capricórnio atravessa, está dividida em doze países. No relevo da África Meridional são predominantes os planaltos, cujas baixas altitudes da faixa litorânea circundam. Correspondendo ao clima, que tem variação entre a umidade do tropical e o desértico, como na região do Calaari, fazendo a passagem, pelo mediterrâneo, é encontrada uma vegetação que também tem diversidade, em que são verificadas as savanas ali presentes, estepes e até mesmo florestas, um conjunto com o litoral do oceano Índico.

O ponto vantajoso das reservas de minério é que sustenta de maneira principal a economia da África Meridional. Merecem serem destacados os principais produtos econômicos do extrativismo mineral da África do Sul que são o ouro, diamante, crômio e o manganês, e da Zâmbia o cobre e o cobalto.

Como as atividades que geram lucro a essa região podem ser citadas ainda a agricultura, em que os camponeses produzem alimentos de clima mediterrâneo como vinhas, oliveiras e frutas e alimentos de clima tropical como cana-de-açúcar, café, fumo e algodão, além dos pecuaristas criarem extensivamente os bois.

No território da África do Sul, que é o país que tem mais indústrias no continente africano, a concentração dessas indústrias está localizada nas regiões metropolitanas de Joanesburgo, Cidade do Cabo e Durban. Na África do Sul, o regime político que oficializou a segregação social e racial foi o apartheid.

Através desse regime, por 15,5 % da população, que são os brancos, foi dominado o país até 1994. Desde a instituição do apartheid, brancos e não brancos tiveram relações socialmente muito desiguais.

A África é o continente mais pobre do mundo, onde estão quase dois terços dos portadores do vírus HIV do planeta. Aparecendo ao mesmo tempo como causa e consequência desse panorama, os setores econômicos em que os países africanos apresentam algum destaque constituem herança do seu passado colonial, o extrativismo e a agricultura, os setores em que são baixos os investimentos e o custo da mão de obra, cuja produção é destinada a abastecer o mercado externo.

Muito distante do restante do mundo na campanha de vacinação, o continente africano vive uma onda intensa da Corona Vírus que aumenta a pressão sobre hospitais com poucos meios adequados para o tratamento da doença e já submetidos a duras provas.

A África não tem estrutura consolidada para enfrentar esta pandemia da Corona Vírus nas mínimas restrições recomendadas, já que grande parte da população não consegue seguir a rotina de confinamento devido ao trabalho informal, que não traz segurança nesse momento e resulta em grande exposição para aqueles que se apertam em transportes públicos. O confinamento se torna impossível e é somado às condições de saneamento, que para muitos estão longe de serem ideais. 

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