Estima-se que, entre 1929 e 1931, a produção norte-americana de automóveis caiu pela metade. A produção industrial dos Estados Unidos caiu em um terço no mesmo período. Entre 1929 e 1932, as exportações e importações de trigo, seda, borracha, chá, cobre, algodão e o café. Despencaram em taxas de 70,0%.
Em 1929, apenas nos Estados Unidos, 4,6 milhões de trabalhadores tinham perdido seus empregos. Em outubro de 1931, eram 7,8 milhões; em 1932, somavam 11,6 milhões; e em 1933 havia nos Estados Unidos 16,0 milhões de desempregados, 27% de toda força de trabalho do país.
A grande depressão econômica não teve efeitos catastróficos apenas para os trabalhadores norte-americanos. No pior período da depressão, entre 1932 e 1933, o desemprego chegou a níveis nunca vistos na história do capitalismo globalizado. Na Inglaterra, o índice chegava a 23,0%. Na Alemanha, a taxa de desemprego atingiu os espantosos 44,0%.
A crise se expandiu para todo o sistema capitalista. O comércio mundial caiu 60,0%. Houve uma crise na produção básica de alimentos e matérias-primas devido à queda vertiginosa dos preços destes produtos. O Brasil também se tornou símbolo do desespero e da dramaticidade da crise, quando o governo do então presidente Getúlio Vargas queimou os estoques de café, o principal produto de exportação do país em locomotivas a vapor numa inútil tentativa de frear a queda dos preços do produto, além de jogar toneladas desse produto no mar.