Em 1966, Mao e seus aliados lançaram a Revolução Cultural, que duraria até a morte do líder comunista uma década depois. Em outubro de 1971, a República Popular da China substituiu a República da China na Organização das Nações Unidas e tomou seu lugar como membro permanente do Conselho de Segurança.
Em fevereiro de 1972, no auge da ruptura sino-soviética, Mao e Zhou Enlai encontraram o então presidente americano Richard Nixon em Pequim. Após a morte de Mao em 1976, Deng Xiaoping foi o “líder supremo” de fato da China na época e sua influência dentro do partido levou o país a importantes reformas econômicas.
Posteriormente, o Partido Comunista afrouxou o controle governamental sobre a vida dos cidadãos e as comunas populares foram dissolvidas, sendo que muitos camponeses receberam múltiplos arrendamentos de terra, com o aumento de incentivos e da produção agrícola. Estes eventos marcaram a transição da China de uma economia planejada para uma economia mista com um ambiente de mercado cada vez mais aberto, um sistema chamado por alguns de “socialismo de mercado”.
O presidente Jiang Zemin e o primeiro-ministro Zhu Rongji, ambos os ex-prefeitos da cidade de Xangai, lideraram a nação na década de 1990. Sob os dez anos de administração de Jiang e Zhu, o desempenho econômico do país retirou cerca de 150 milhões de camponeses da pobreza e manteve uma taxa média anual de crescimento do PIB, produto interno bruto de 11,2%. O país aderiu formalmente à OMC, Organização Mundial do Comércio em 2001. No entanto, o rápido crescimento econômico que tornou a economia chinesa a segunda maior do mundo, também impactou severamente os recursos naturais e o meio ambiente do país.
Outra preocupação é que os benefícios do crescimento da economia não foram distribuídos uniformemente entre a população, resultando em uma ampla lacuna de desenvolvimento entre as áreas urbanas e rurais. Como resultado, com o presidente Hu Jintao e o primeiro- ministro Wen Jiabao, o governo chinês iniciou políticas para abordar estas questões de distribuição equitativa de recursos.

Fonte: Atlas Histórico Escolar – MEC.
Embora a China tenha, em grande parte, conseguido manter a sua rápida taxa de crescimento econômico, apesar da recessão no final da década de 2000, sua taxa de crescimento começou a diminuir no início da década de 2010. Durante a mudança da liderança da China em novembro de 2012, Hu Jintao e Wen Jiabao foram substituídos como presidente e primeiro-ministro por Xi Jinping e Li Keqiang, que assumem tais cargos em 2013.
As reformas econômicas chinesas apoiadas sobre o alicerce do poder monolítico comunista representaram uma reorganização radical do espaço do leste asiático. Os crescentes investimentos dos chineses de Formosa, dos coreanos do sul e dos japoneses no território continental da China assinalam a integração de Pequim à esfera econômica polarizada por Tóquio. Os indícios de retomada das relações políticas e diplomáticas entre Japão e China abrem a possibilidade da emergência de um poderoso bloco supranacional asiático.
A economia da República Popular da China é a segunda maior do mundo. Seu PIB, Produto Interno Bruto é estimado em 7,3 trilhões de dólares, enquanto seu poder de compra foi calculado em pouco mais de 11,3 trilhões de dólares.
A China é a nação com o maior crescimento econômico dos últimos 25 anos, com uma territorial de 9.596.961 km2 e um contingente populacional de aproximadamente 1,5 bilhão de habitantes, conhecida por possuir a maior população do globo terrestre, representando um quinto da população mundial. Por esse motivo, os fatores demográficos tornaram-se um grande desafio para o governo chinês. Com esses dados a sua densidade está em torno de 145 habitantes/km2.

Fonte: Anuário estatístico da China – Banco Mundial.
Durante muitos anos, o governo chinês temia o perigo de uma denominada explosão demográfica, devido ao rápido crescimento populacional do país. Isso forçou o governo a adotar a drástica medida denominado política do filho único. É importante deixar claro que o fato de a política de filho único na China ter sido implantada em 1979, pelo então líder Deng Xiaoping não significa que se alguma família tivesse mais filhos esse herdeiro adicional seria exilado ou retirado de seu país.
Na realidade, em se tratando do primeiro filho, o governo chinês tende a oferecer maior respaldo social e assistência médica gratuita para alguns casos, o que não impede que desde então chineses mais abastados não pudessem ter três, quatro ou cinco filhos. A única diferença era que o custo para a criação desses filhos seria totalmente coberto pelos pais, e não em partes pelo governo.
A lei do filho único foi adotada em 1979 e, em 2002, foi criada a Lei de Planejamento Familiar, que passou a permitir uma criança por família, com subsídio para uma segunda criança, em certas circunstâncias, especialmente nas zonas rurais, com uma orientação mais flexível para as minorias étnicas com pequenas populações, permitindo que agora cada casal tenha até dois filhos. O anúncio foi feito na reunião anual do PCC, Partido Comunista Chinês. Todos os casais do país poderão agora ter dois filhos, uma reforma que põe fim a mais de 30 anos da política que limitava os nascimentos no país.
Desde o fim de 2013 a China já adota medidas de relaxamento do controle de natalidade. Apesar das mudanças, pesquisas mostraram que o número de chineses que querem ter o segundo filho ficou abaixo do esperado e as taxas de natalidade do país continuam caindo, e agora as são as próprias famílias, asfixiadas pelas pressões econômicas, que resistem a ter um segundo bebê.
O Partido Comunista Chinês aboliu essa lei em 2016. Isso porque as baixas taxas de natalidade e fertilidade em longo prazo podem causar o decréscimo da população. E isso além de outros problemas, como o envelhecimento populacional e a falta de mão de obra para o mercado de trabalho.
Recentemente o PCC, Partido Comunista Chinês passou a permitir que as famílias chinesas possam ter três filhos, em vez de apenas dois, pois a realidade no país é outra, além da questão econômica, atualmente não existem muitos empregos bons para as mulheres, e as que têm bons empregos farão de tudo para mantê-los.

Atualmente, 70% da economia da China são privadas, e este número continua crescendo, um rápido crescimento econômico do país conseguiu retirar centenas de milhões de pessoas da pobreza desde 1978, o número de camponeses pobres caiu de 200 milhões para 80 milhões em 10 anos.
Apenas 10,0% da população chinesa vivem abaixo da linha de pobreza e 99,8% dos jovens são alfabetizados. A expectativa de vida chinesa é a terceira maior do leste asiático, com 73 anos, atrás da Coreia do Sul com 77,3 e do Japão com 82,2.
A China é o segundo maior consumidor mundial de bens de luxo, com 27,5% da quota global, atrás somente do Japão. O mercado de varejo da China cresceu 16,8% ao ano.
O sucesso comercial da China tem sido devido principalmente ao seu baixo custo de produção. É atribuído a uma combinação de fatores como mão de obra qualificada e de baixo custo, boa infraestrutura, bom nível de tecnologia, alta produtividade, em alguns casos, o não pagamento de licenças comerciais, a política governamental favorável e uma moeda muito desvalorizada.
Apesar do progresso significativo dos últimos anos, existem grandes obstáculos para o crescimento chinês em longo prazo. A significativa piora da distribuição de renda é apenas um dos fatores negativos para o desenvolvimento social, com um coeficiente de Gini cada vez maior. Outro grande problema é o direito previdenciário e o aumento da expectativa de vida, apresenta desequilíbrios no fluxo de caixa para os aposentados.
Outro aspecto é a diferença de desenvolvimento econômico do país entre as áreas costeiras mais urbanas, como o nordeste e o leste da China e o seu interior, principalmente no sul e oeste, ainda predominantemente agrário e de baixa renda, exacerbada com a liberação do mercado, pois os investidores preferem investir em áreas com melhor infraestrutura e trabalhadores mais qualificados.
O comprimento total da rede de autoestradas era de 65.000 km no final de 2009, a segunda maior rede do mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. O país também possui a maior rede ferroviária de alta velocidade do mundo, com mais de 9.676 km de linhas em serviço. O país pretende operar cerca de 16.000 km de linhas ferroviárias de alta velocidade.
Em 2012, a China foi o maior construtor mundial de novos aeroportos e o governo chinês começou um projeto de cinco anos e de 250 bilhões de dólares para expandir e modernizar o transporte aéreo doméstico e é o maior consumidor de energia do mundo, mas depende do carvão para fornecer 70,0% das suas necessidades energéticas, consequentemente um dos maiores poluidores.
O país é também o segundo que mais publica trabalhos científicos no mundo, produzindo 121.500 só em 2010, incluindo 5.200 nos principais periódicos científicos internacionais. Empresas de tecnologia chinesas, como a Huawei e a Lenovo, se tornaram líderes mundiais em telecomunicações e computação pessoal. A China é ainda o maior investidor mundial em tecnologia de energias renováveis.
A China tem enfrentado desafios inesperados nos últimos tempos. A guerra comercial com os Estados Unidos afetou sua economia mais do que o previsto, como na relação da tecnologia do 5G é a quinta geração da tecnologia que permite o acesso à internet por meio de dispositivos móveis, principalmente celulares.
O 5G está sendo tratado como uma grande novidade no mundo tecnológico por trazer uma série de melhorias significativas para a conexão móvel, a cidade chinesa de Shenzhen conta com a maior rede de 5G do mundo, onde todas as áreas dessa metrópole são cobertas pela tecnologia que fornece a quinta geração de conexão.
Com todo o desenvolvimento econômico e tecnológico da China, o país vem passando por diversos problemas sanitários, como a expansão do coronavírus. Onde os primeiros pacientes foram identificados no final de 2019, na cidade chinesa de Wuhan, centro da pandemia. Desde então, esse vírus se espalhou por todo planeta e deixou mais de quatro milhões de mortes no mundo em seu rastro, com graves consequências para as economias mundiais.