OSES
São carboidratos que não sofrem hidrólise. Possuem apenas uma estrutura e são classificados como monossacarídeos.

Os monossacarídeos que possuem cinco ou seis carbonos assumem muitas vezes a forma cíclica. A glicose, por exemplo, pode se converter a um ciclo pela adição do grupo hidroxila do carbono 5 ao carbono 1, que possui o grupo aldeído.
Quando isso ocorre, o oxigênio do grupo aldeído se converte em grupo OH. Dependendo da orientação espacial do grupo OH no carbono 1 em relação ao grupo OH do carbono 4 (na forma cíclica), a glicose é classificada em alfa e beta.

O amido, que é digerível pelos seres humanos, é um polímero de α-glicose e a celulose, que não é digerível, é um polímero de β-glicose.
Os monossacarídeos com cinco carbonos como a D-ribose e a D-desoxirribose, na forma cíclica, são constituintes dos ácidos nucleicos, macromoléculas responsáveis pelas informações genéticas de cada individuo.

REAÇÕES QUE DIFEREM ALDOSES DE CETOSES
O grupamento aldeído pode sofrer oxidação a ácidos carboxílicos e seus derivados. O grupamento cetona não podem ser oxidadas.
- Reativo de Tollens: é uma solução de amoniacal de nitrato de prata, que em presença do grupo aldeído, reduz os íons Ag+ a prata metálica formando o chamado espelho de prata.

- Reativo de Fehling: é preparado, no instante da reação, misturando-se duas soluções aquosas:
– uma de sulfato cúprico;
– outra de NaOH e tartarato duplo de sódio e potássio (sal de Seignette) cuja função é complexar o Cu2+, evitando a precipitação do Cu(OH)2:

OSÍDEOS
São carboidratos que sofrem hidrólise produzindo oses. São classificados conforme número de oses que podem produzir em: dissacarídeo (produzem duas oses) ou polissacarídeos (produzem várias oses).
Halosídeos: sofrem hidrólise produzindo apenas oses.

Heterosídeos: sofrem hidrólise produzindo outros compostos além de oses.

FABRICAÇÃO DE ETANOL PELA FERMENTAÇÃO DE CARBOIDRATOS
Industrialmente obtém-se etanol através de um composto de processos fermentativos que utiliza hidratos de carbono como matéria-prima.
A principal fonte de hidratos de carbono é a cana-de-açúcar (Brasil), ou beterraba (países europeus).
Espreme-se, por exemplo, a cana para obter a garapa, da qual é extraída a sacarose por cristalização.
O líquido resultante da cristalização da garapa é denominado melaço. Ele contém 30 a 40,5% de sacarose.
Para obtenção do etanol adiciona-se ao melaço um levedo denominado Saccharomyces cerevisiae. Esse levedo provoca a fermentação do melaço elaborando uma enzima, a invertase, que transforma a sacarose em glicose e frutose.

Em seguida, pela ação de outra enzima, a zimase, a glicose é transformada em etanol e gás carbônico.

Efetuando-se uma destilação da solução que resulta da fermentação, é possível separar uma mistura azeotrópica de etanol e água.
Essa mistura azeotrópica é composta por 96% de etanol e 4% de água.
Para obter o etanol anidro (etanol absoluto), é necessário fazer essa mistura passar por um processo químico.
Normalmente adiciona-se cal virgem. A cal virgem reage com a água formando cal extinta, que é insolúvel e pode ser separada por filtração.