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Morfossintaxe: Sujeito

O sujeito é um elemento essencial na estrutura da frase, representando quem ou o que executa a ação do verbo. Ele pode ser simples, composto, oculto, indeterminado, entre outros tipos, desempenhando um papel fundamental na construção do significado das sentenças.

O QUE É SINTAXE?

Sintaxe é a parte da gramática que estuda as funções de cada termo dentro das orações.

TERMOS ESSENCIAS DAS ORAÇÃO

  • Sujeito
  • Predicado

TERMOS INTEGRANTES DAS ORAÇÃO

  • Objeto direto
  • Objeto indireto
  • Complemento nominal
  • Agente da passiva

TERMOS ACESSÓRIOS DA ORAÇÃO

  • Adjunto adnominal
  • Adjunto adverbial
  • Aposto
  • Vocativo

TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO

Em sua estrutura básica, a oração consta de dois termos: sujeito e predicado. Entretanto, vamos verificar, ao longo do nosso estudo, que o termo verdadeiramente essencial é o predicado, pois ele sempre estará presente na estrutura oracional; já o sujeito pode não estar presente em determinados casos, deixando, com isso, a oração sem sujeito.

SUJEITO

O sujeito representa o ser de quem se diz algo ou o fato sobre o qual se declara alguma coisa. Além disso, vale a pena ressaltar que ele, quando presente, é o responsável por fazer o verbo ser conjugado. Por isso o verbo/locução verbal mantém uma íntima relação com o sujeito, determinando que este (o sujeito) concorde (concordância verbal) em número, pessoa e gênero (nesse caso quando há particípio no predicado) com aquele (verbo). Não se pensa em sujeito sem o seu respectivo verbo/locução verbal.

Observemos algumas orações e os seus respectivos sujeitos:

As pessoas observavam o jogo.
Nós calamos a torcida.
casa foi vendida pelos filhos.
Ninguém pode desistir dos sonhos.
Dois dos meus tios brigaram ontem.
Estudar sempre será a melhor opção.
Quem ama educa.
pai e o filho trabalham juntos.
não, às vezes, machuca.

Repare que em todos os exemplos o sujeito está em negrito e apenas o(s) seu(s) núcleo(s) está(ão) sublinhado(s). A concordância verbal é feita com o núcleo do sujeito se valendo, em geral, do princípio lógico mais básico: sujeito com um só núcleo no singular leva o verbo também para o singular; sujeito com um só núcleo no plural leva o verbo também para o plural e sujeito com dois ou mais núcleos (singular ou plural) leva o verbo para o plural.

O QUE É NÚCLEO AFINAL?

O núcleo do sujeito é um substantivo ou um termo que equivale a um substantivo.

Vimos nos exemplos passados que os núcleos sublinhados foram representados por substantivo ou por equivalentes a substantivos. São eles: pronome, numeral, verbo no infinitivo, oração substantiva, palavra substantivada.

Nas sábias palavras do Evanildo Bechara, tem-se o seguinte: “uma palavra não é substantivo porque pode exercer a função de sujeito; ao contrário, só pode ser sujeito porque é um substantivo ou equivalente.”

Além disso, podemos afirmar também que o núcleo de qualquer termo sintático é sempre a(s) expressão(ões)  mais importante(s) desse termo.

Ao redor do núcleo, encontraremos seus respectivos determinantes que são, em geral, os artigos, os adjetivos, os pronomes demonstrativos ou numerais. Observe:

O aluno recorreu da questão.
Noites frias são nostálgicas. 
Esta manhã apresenta tempo bom.
Dois professores deram aula.

MACETE PARA ENCONTRAR O SUJEITO

QUE/QUEM + VERBO = SUJEITO → Vamos usar essa fórmula, criando uma pergunta. Utilizemos, em geral, o QUE para coisas e o QUEM para pessoas.

As motos estão na oficina.
O que está na oficina?
Resposta: As motos. (Sujeito)

Dormir é o melhor remédio.
O que é o melhor remédio?
Resposta: Dormir. (Sujeito)

Está um pouco amarrotado o casaco do amigo.
O que está amarrotado?
Resposta: O casaco do amigo. (Sujeito)

Quem tem padrinho não morre pagão.
Quem não morre pagão?
Resposta: Quem tem padrinho. (Sujeito do verbo MORRER)

Quem tem padrinho?
Resposta: Quem. (Sujeito do verbo TER)

Nesse caso, meu aluno, quando o próprio QUEM ou o próprio QUE estiverem na estrutura do período, o ideal é substituir os pronomes por um termo (nome ou coisa) mais fácil de ser identificado na estrutura. Observe:

Resposta: Tiago tem padrinho.
Quem = Tiago → Tiago é o sujeito; logo o “Quem” é o sujeito do verbo TER.

Resolverão as questões, de agora em diante, talvez sempre, mesmo com todos os recursos disponíveis, os professores e os coordenadores.

Quem resolverá?
Resposta: Os professores e os coordenadores.

Cabe, juntamente com a família, aos professores da escola ensinar aos alunos boas maneiras.

O que cabe?
Resposta: Ensinar aos alunos boas maneiras.

POSIÇÃO DO SUJEITO NA ORAÇÃO

Considera-se ordem direta aquela em que o sujeito vem no rosto da oração, isto é, no início da oração, obtendo-se a seguinte sequência: sujeito, verbo, complemento e adjuntos adverbiais.

Exemplos:
A sua irmã ofereceu a resposta aos alunos ontem.
Vovô viu a uva.

A Língua Portuguesa, entretanto, permite que o sujeito seja deslocado da sua ordem natural, caracterizando, com isso, uma inversão. Observe algumas ordens inversas já consagradas pelo uso tradicional:

Nas orações interrogativas iniciadas por que, onde, quando, como, quanto e porque:

Que querem essas pessoas?
Onde irão essas crianças?
Quando chegará o material?
Como sumiu o professor?
Quanto custa o ingresso?
Porque foi embora a aluna?

Nas orações da voz passiva sintética, ou seja, aquelas caracterizadas pela partícula SE:

Vendem se casas.
Não se admitem pessoas neste lugar.

Nas orações com verbos no imperativo:

Seja você feliz nesta vida.

Quando a oração é iniciada por advérbio fortemente enfático:

Aqui está seu exame!

CLASSIFICAÇÃO DO SUJEITO

SUJEITO SIMPLES

É o que possui apenas um núcleo (sempre um substantivo ou termo substantivado).

O avião caiu sobre as casas.
Sujeito: O avião
Núcleo: avião
Sujeito simples

Alguns alunos do curso não compareceram.
Sujeito: Alguns alunos do curso
Núcleo: alunos
Sujeito simples

SUJEITO COMPOSTO

É o que possui mais de um núcleo (sempre substantivos ou termos substantivados).

O professor e o alunos resolveram a questão.
Sujeito: O professor e o aluno
Núcleo: professor, aluno
Sujeito composto

No prato ainda restavam um bocado de arroz e um punhado de farofa.
Sujeito: Um bocado de arroz e um punhado de farofa
Núcleo: bocado, punhado
Sujeito composto

SUJEITO OCULTO / ELÍPTICO / DESINENCIAL

É aquele que não se encontra expresso na oração, mas que é facilmente subentendido pelo contexto, sobretudo pela desinência verbal.

Precisamos comprar um novo livro.
Sujeito oculto: Nós

Romeu e Julieta despertam; não se levantaram, porém.
1ª oração: sujeito composto: Romeu e Julieta
2ª oração: sujeito oculto (eles: Romeu e Julieta)

Observação: A Nomenclatura Gramatical Brasileira não relacionou a classificação de sujeito oculto; entretanto, tal classificação é explorada em muitos concursos.

SUJEITO INDETERMINADO

Ocorre em dois casos:

  • Quando o verbo é intencionalmente posto na 3ª pessoa do plural para indicar desconhecimento do praticante da ação expressa pelo verbo, nesse caso é evidente que não haverá sujeito expresso na oração.

Furtaram o veículo do comerciante.

  • Quando está presente o pronome (também chamado índice) indeterminador do sujeito: SE. Fixe que, quando há tal pronome:

– o verbo estará SEMPRE na 3ª pessoa do singular;

– a ação do verbo não pode ser atribuída a ninguém especificamente, ou seja, tem caráter impreciso, geral e indeterminado;

– o verbo é intransitivo (não precisa de complemento), transitivo indireto (exige complemento com preposição) ou de ligação (requer um predicativo do sujeito).

Morria-se muito naquele ambiente.
Verbo: morria (Intransitivo)
Se – PIS (pronome Indeterminador do sujeito)

Aspira-se a dias melhores.
Verbo: aspira (Transitivo Indireto)
SE – PIS (Pronome Indeterminador do sujeito)

Era-se feliz naquele país.
Verbo: era (Verbo de Ligação)
Se – PIS (pron. Indeterminador do sujeito)

Observação: Quando você, meu aluno, encontrar o pronome SE ligado a um verbo transitivo direto, haverá algumas possibilidades.

O pronome SE pode ser reflexivo: Ela se banhou no lago.

O pronome SE pode ser recíproco: Elas se abraçaram.

O pronome SE pode ser apassivador: Pintou-se a casa inteira.

SUJEITO INEXISTENTE

Ocorre quando o verbo da oração é impessoal. Vejamos os principais verbos impessoais da Língua Portuguesa:

  • Verbo HAVER no sentido de existir, ocorrer. Aliás, nesta acepção, cresce na linguagem coloquial a substituição de haver por ter, fato visto com reserva e resistência pelos nossos principais gramáticos.

Há muitos alunos aqui. (Oração sem sujeito)
Tem muitos alunos aqui. (Oração sem sujeito)

  • Verbos HAVER, FAZER e IR na indicação de tempo decorrido.

Há muitos anos, eu não vou a Brasília.
Faz muitos anos, eu não vou a Brasília.
Já vai para dez anos, não vou a Brasília.

  • Verbos FAZER, ESTAR E SER na indicação de fenômenos naturais.

Faz frio aqui.
Já é primavera.
Está calor aqui.
Está um luar lindo.

  • Verbo SER na indicação de tempo cronológico e distância.

Daqui ao curso, são três quilômetros.
É meio-dia. 
São duas horas.

  • Verbos Bastar e Chegar, seguidos da preposição DE, nas ideias de suficiência.

Basta de choro e reclamações.
Chega de torturas.

  • Verbo Passar seguido da preposição DE na referência a horas.

Já passou das dez horas.

  • Verbos que indicam fenômenos da natureza: chover, ventar, entardecer, chuviscar, neblinar, etc.

Assim que anoiteceu, choveu muito.

SUJEITO ORACIONAL

É aquele que apresenta um verbo em sua composição, ou seja, é sujeito em forma de oração.

[Convém] [aulas regulares serem dadas aos alunos.]

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