ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS
CAUSAIS
Estabelecem relação de causa com a oração com que se relaciona.
Exemplo:
Porque estudou, passou.
CONSECUTIVAS
Estabelecem relação de consequência com a oração com que se relaciona. Virá com palavras intensificadoras como: tanto, tal, tamanho.
Exemplo:
Riu tanto que começou a chorar.
CONCESSIVAS
Estabelecem uma relação de oposição, em que há quebra da lógica habitual.
Exemplo:
Ainda que não goste de mim, gosto de você.
CONDICIONAIS
Exprimem uma condição em relação à outra oração. Condição essa que, se se tornar realidade, fará com que se saia do universo hipotético e se entre no âmbito do fato, do real.
Exemplo:
Se chover, não sairei.
COMPARATIVAS
Estabelece uma comparação em relação à outra oração. A comparativa geralmente vem com seu verbo implícito, subentendido.
Exemplo:
Godofredo é tão bonito / quanto seu irmão (é bonito).
CONFORMATIVAS
Introduz uma ideia de conformidade, de acordo.
Exemplo:
Conforme me disseram, não haverá aula.
TEMPORAIS
Exprime uma semântica de tempo em relação à outra oração.
Exemplo:
Quando chegou, tive que sair.
PROPORCIONAIS
Estabelece uma relação de proporcionalidade.
Exemplo:
À proporção que você grita, irrito-me.
FINAIS
Exprime finalidade, objetivo.
Exemplo:
Estude muito para que seja rico de conhecimentos.

AUSA x EXPLICAÇÃO
É muito importante, meu aluno, estabelecer corretamente as diferenças entre uma oração subordinada adverbial causal e uma oração coordenada sindética explicativa. Organizemos o raciocínio:
I. É coordenada sindética explicativa a oração iniciada por que, pois, porque (e similares) posposta a uma outra que apresente verbo no imperativo ou tal valor.
Exemplo:
Entre, pois estou mandando.
II. É coordenada sindética explicativa a oração iniciada por que, pois, porque (e similares) posposta a uma outra que apresente uma tese, ou seja, afirmativa de caráter pessoal, subjetivo e, por isso mesmo, discutível.
Exemplo:
Você chorou, pois seus olhos estão vermelhos.
III. É subordinada adverbial causal a oração iniciada por que, pois, porque (e similares) posposta a uma outra que apresente um fato, isto, é uma afirmativa factual.
Exemplos:
Ele gabaritou a prova, porque estudou muito.
Saiu cedo que precisou ir à cidade.
Observação: Em termos lógicos, a causa (ou o conhecimento dela) tem de anteceder, no tempo físico, real, cronológico, o efeito, ou seja, primeiro temos a causa depois o seu efeito. Vale a pena ressaltar que ordem do papel não influencia, meu aluno, não se esqueça de que tal relação tem de ser analisada em termos lógicos e semânticos. Observe:
Choveu (causa), porque a varanda está molhada (efeito).
A varanda está molhada (efeito), porque choveu (causa).
PRENDENDO-SE À SEMÂNTICA
Em termo semânticos, pode-se afirmar que explicação é hiperônimo de causa. Em outras palavras, semanticamente, podemos afirmar que toda causa está a serviço de uma explicação. Observemos:
Exemplo:
— Por que você mentiu? Fale, pois quero uma explicação. Vamos. Explique-me.
— Menti porque não sabia como dizer a verdade.
Repare que a oração em destaque, do ponto de vista sintático, é uma oração subordinada adverbial causal; entretanto, do ponto de vista semântico, é possível afirmar que a oração funciona como uma explicação por causa do cunho esclarecedor. Ou seja, alguém pediu uma explicação e teve como resposta uma oração subordinada adverbial causal e, ainda assim, o objetivo explicativo foi alcançado.
ADVERSIDADE x CONCESSÃO
A adversidade e a concessão estabelecem uma semântica de oposição com a oração com que se relacionam. A adversidade, no entanto, possui essa carga semântica muito mais forte que a concessão.
Exemplos:
Choveu, mas sairei. (oração coordenada sindética adversativa)
Mesmo que chova, sairei. (oração subordinada adverbial concessiva)
Ainda que não seja liberado, sairei cedo. (oração subordinada adverbial concessiva)
Sairei cedo, mas não fui liberado. (oração coordenada sindética adversativa)
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS
As orações subordinadas adjetivas desempenham a função própria de um adjetivo e, do ponto de vista sintático, como regra geral, exercem a função sintática de adjunto adnominal. Observe:
Os meninos estudiosos foram aprovados.
Adjetivo → Adjunto Adnominal
Os meninos que estudaram foram aprovados.
Oração Subordinada Adjetiva
Observação: Essas orações são introduzidas por pronomes relativos (que, o qual, a qual, os quais, as quais, cujo, cuja, cujos, cujas, etc.).
Podem ser classificadas conforme a tabela abaixo:
