A metrópole representa a cidade principal ou cidade-mãe, isto é, a cidade que possui os melhores equipamentos urbanos do país, uma metrópole nacional ou de uma grande região do país, uma metrópole regional. No Brasil, cidades como São Paulo e Rio de Janeiro são metrópoles nacionais, e Belém, Manaus, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Salvador, Recife e Fortaleza são metrópoles regionais.
METRÓPOLE GLOBAL
As cidades globais são aquelas que polarizam o país todo e servem de interação física e funcional com outras cidades no mundo, possuem os melhores equipamentos urbanos do país, amplo setor técnico, científico e informacional, sistemas de transportes modernos como portos e aeroportos em um modelo modal e intermodal. Além de concentrarem as sedes das instituições que controlam as redes mundiais de computadores, como bolsas de valores negociando ações de grandes empresas, corporações bancárias, industriais, companhias de comércio exterior, empresas de serviços financeiros, agências públicas internacionais, um excelente sistema de telecomunicações, centros tecnológicos e de pesquisas.
Essas cidades globais têm um elevado grau de integração com os principais mercados mundiais, e estão mais associadas ao mercado global do que a economia nacional, com sedes de grades empresas nacional, multinacional e transnacional.
As cidades ou metrópoles globais são as cidades que polarizam outras cidades, inclusive além do território nacional, através de diversos fatores tecnológicos e financeiros, exercendo uma influência direta em todo o mundo. São grandes metrópoles ou cidades cujas áreas de influência extrapolam os limites territoriais de um país que concentram os principais centros financeiros, sedes das grandes empresas comerciais multinacionais e transnacionais. As regiões industriais e ainda as grandes empresas de telecomunicações, integradas às redes mundiais de computadores, via internet, sendo, portanto, centros do processo de globalização da economia mundial, como; Londres, Tóquio, Nova York e Paris.
A primeira megalópole que se formou no mundo foi a denominada BosWash, um grande eixo urbano que polariza várias cidades nos Estados Unidos como Boston, Nova Jersey, Nova York, Filadélfia, Baltimore e Washington.
No território japonês tem a megalópole denominada de Tokkaido, englobando as cidades de Tóquio, Yokohama, Osaka, além dos grandes centros de Nagoya, Kobe e Kyoto.

Fonte: Atlas Histórico Escolar – MEC
AS REDES E AS HIERARQUIAS URBANAS
Na maioria dos países mais desenvolvidos e menos desenvolvidos a classificação de uma aglomeração humana de uma cidade costuma levar em consideração algumas variáveis básicas, como a infraestrutura urbana, sua densidade demográfica, presença de equipamentos urbanos, mobiliário urbano, comércio e serviços em geral. Com alguns requisitos importantes com escolas, lazer, hospitais, transporte coletivo, tratamento de água, esgoto, telefonia, internet e serviços bancários. Devido a real importância econômica e social de uma determinada cidade, serve para definir como metrópole, que deriva do grego metropolis, que significa cidade mãe.

Fonte: Atlas Histórico – Mumbai: cidade mais populosa do planeta
A FORMAÇÃO DE MEGALÓPOLES
Urbanização é um conceito geográfico que representa o desenvolvimento das cidades. Neste processo ocorre a construção de casas, prédios, redes de esgoto, ruas, avenidas, escolas, hospitais, rede elétrica, shopping-center etc. Assim se formam as megalópoles, que vem do grego mega, significa grande ou imensa; e polis, cidade.
Percebemos nitidamente na expansão horizontal e vertical de uma cidade construções que datam de períodos arquitetônicos diferentes, com bairros mais recentes e outros com casas e prédios bem antigos. Sendo assim, observamos os diversos períodos históricos na paisagem urbana de uma cidade, a partir do seu sítio urbano.
Segundo o PNUD, Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, órgão da ONU, Organização das Nações Unidas, que tem como objetivo promover o desenvolvimento econômico e eliminar a pobreza no mundo. Em 1850, havia 86 cidades no mundo com mais de 1,0 milhão de habitantes, basicamente situadas no continente europeu, atualmente são 400 cidades. Nos países menos desenvolvidos, em 2015 eram 550 cidades com mais de 1,0 milhão de habitantes. Das dez maiores concentrações urbanas seis localizavam-se em cidades dos Estados Unidos, Europa e Japão. Atualmente, essa realidade mudou. Em 2015, das dez maiores cidades do mundo, em termos populacionais, oito estão localizadas em países da África e Ásia.
Atualmente podemos dividir a população mundial em regiões rurais e urbanas, os dados mais recentes indicam que o número total das cidades de maior porte no mundo está em torno de 38.000, onde 19 delas têm mais de 10.000.000 de habitantes, 457 mais de 1.000.000, 1063 ultrapassam os 500.000, segundo o PNUD, Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento.

Maiores centro urbanos em quantitativos populacionais. ¹
Incluindo as cidades menores nessa contagem, o número ultrapassa os 2.500.000 de habitantes, é difícil precisar o número exato, pois cada país tem uma definição própria de cidade.
O PNUD, Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, desenvolve diversos projetos que contribuem para melhorar as condições de vida em vários países onde possui representação. O PNUD também é conhecido por elaborar o IDH, Índice de Desenvolvimento Humano.
A SEGREGAÇÃO URBANA
A urbanização nos países mais desenvolvidos aconteceu com a Revolução Industrial inglesa clássica. Enquanto isso, nos países menos desenvolvidos o fenômeno foi bastante recente, já que os fatores que conduziram ao inchaço das cidades decorreram do êxodo rural e a consequente perda do poder aquisitivo de uma parcela da população, principalmente nas cidades, além da concentração fundiária.
A péssima condição de vida, concentração fundiária e de infraestrutura da população do campo vêm contribuindo para a liberação de mão de obra e posteriormente o processo de capitalização da lavoura e das inovações na agropecuária. Sendo assim, o homem vai morar e viver, conforme a sua situação financeira, que está relacionada diretamente a sua renda.
A macrocefalia urbana é caracteriza pelo crescimento acelerado e desordenado dos centros urbanos, principalmente nas metrópoles. Ela contribuiu para o processo de segregação socioespacial de uma parcela da população que, por causa das poucas oportunidades de emprego e baixa renda nas cidades reside em bairros onde os serviços públicos básicos são deficientes, forçando-a a procurar áreas mais distantes do centro econômico e financeiro da cidade, onde geralmente o solo urbano é bem mais barato e menos valorizado, as periferias, ocupando encostas ou nas margens dos rios.
Esse processo de crescimento desordenado das cidades e a perda do poder aquisitivo de uma parcela da população estimula o crescimento do desemprego, subemprego e da economia informal, favorecendo o crescimento e a formação de favelas ou comunidades, de novos subúrbios periféricos, resultando em um processo de exclusão social e segregação socioespacial.
Atualmente, os maiores bolsões de miséria e pobreza na superfície terrestre estão localizados nas cidades, isto é, nas regiões urbanas, principalmente nos países menos desenvolvidos.

Fonte: IBGE – Atlas Geográfico Escolar.