Em 1996, Chile e Bolívia assinaram um acordo de livre comércio com o Mercosul de adesão. Esses dois países não pertenciam a este bloco econômico no início, apenas estabeleceram uma zona de livre comércio com os quatro países membros. O Peru também pediu adesão ao bloco.

Fonte: https://caianomundo-prod.imgix.net/2012/03/mercosul_58742. jpg?fm=pjpg&ixlib=php-1.2.1
No ano de 2013, teve início o processo de adesão da Bolívia ao Mercosul. No momento, este país é considerado Estado Parte em processo de adesão. Em 2012, Brasil, Argentina e Uruguai tomaram a decisão de suspender temporariamente o Paraguai do bloco. Esta decisão ocorreu em função do impeachment do presidente paraguaio Fernando Lugo. O Paraguai retornou ao Mercosul em dezembro de 2013, mesmo sem aceitar e acatar todos os protocolos do bloco.
No dia 05 de maio de 2013, durante a Cúpula do Mercosul em Montevidéu, o Equador anunciou que pretende fazer parte do Mercosul. Em julho de 2013, o presidente do Equador, Rafael Correa, solicitou à Presidência do Mercosul que analise a integração de seu país como membro pleno do bloco, atualmente fazendo parte da adesão ao bloco.
No dia 15 de dezembro de 2009, o Senado Federal brasileiro aprovou, após votação apertada, por trinta e cinco a vinte e sete votos, o ingresso da Venezuela no Mercosul. A adesão final ainda está sujeita à aprovação pelo Congresso do Paraguai, já que Argentina e Uruguai já manifestaram voto favorável, sendo aprovada a incorporação da Venezuela ao Mercosul em 31 de julho de 2012.
O questionamento ao ingresso da Venezuela no bloco está associado às atitudes de seu presidente em relação aos Estados Unidos e outros países do continente. Por outro lado, sustenta- se que ao fazer parte do bloco, Nicolás Maduro, aumentará seu poder de influência na região, já que a Venezuela é integrante da Alba, Aliança Boliviana para as Américas e da Unasul, União das Nações Sul-Americanas, possibilitando assim, uma articulação maior em um Mercosul ainda ameaçado por descrenças.
Em dezembro de 2016, Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai decidiram suspender a Venezuela do Mercosul. Essa suspensão é por tempo indeterminado, sendo que a Venezuela perderá todos os direitos de participação no Mercosul. O motivo da suspensão está relacionado ao fato de a Venezuela não cumprir muitas normas técnicas dos tratados de adesão ao bloco econômico, além do modelo ditatorial imposto pelo presidente Nicolás Maduro.
Para ter a suspensão cancelada e retornar ao Mercosul, a Venezuela deverá renegociar o protocolo de adesão como se fosse um novo processo de entrada no bloco, além de negociar a relação da participação popular democraticamente.
No mês de agosto de 2017, chanceleres dos países membros do Mercosul, reunidos em São Paulo, suspenderam pela segunda vez a Venezuela do bloco. O motivo desta vez foi à instalação da Assembleia Nacional Constituinte venezuelana, que desrespeitou a ordem democrática do país, nas eleições pelo presidente venezuelano Nicolás Maduro.
As duas maiores economias do Mercosul enfrentam algumas dificuldades nas relações comerciais. A Argentina está impondo algumas barreiras no setor automobilístico e da linha branca como geladeiras, micro-ondas e fogões, pois a livre entrada dos produtos brasileiros está dificultando o crescimento destes setores na Argentina.
Na área agrícola também ocorrem dificuldades de integração, pois os dirigentes do país vizinho alegam que o governo brasileiro oferece subsídios aos produtores de açúcar. Desta forma, o produto chegaria ao seu mercado a um preço muito competitivo, prejudicando o produtor e o comércio local.
Para bloco econômico do Mercosul comece a funcionar com uma maior capacidade comercial e possibilite a entrada de novos parceiros da América do Sul, é necessário que esses países supere as dificuldades econômicas, financeiras internas e a política de corrupção que tem levado diversas pessoas para as ruas em vários protestos. Se esse bloco econômico vier a fazer uma transição política e integração econômica bem sucedida, com um crescimento econômico, geração de emprego, estabilizando as suas moedas e distribuindo renda entre a sociedade nos países membros, vai facilitar as relações comerciais entre o Mercosul e outros blocos econômicos como a União Européia, NAFTA e a Bacia do Pacífico, favorecendo esse novo modelo de globalização, onde as relações comerciais não mais acontecerão entre países, mas sim entre blocos econômicos, segundo alguns economistas.
A reunião de Cúpula do Mercosul que ocorreu em 21 de julho de 2017, na cidade de Mendoza, na Argentina. Nesta reunião, os países decidiram sobre medidas voltadas para a eliminação de barreiras comerciais, acordo de compras governamentais, investimentos e aproximação da Aliança do Pacífico. Os países membros do Mercosul também reconheceram o rompimento da ordem democrática na Venezuela. Se o Mercosul fosse um só país, seria a quinta maior economia do mundo, além de um grande mercado consumidor de uma extensão territorial considerável. Nesse bloco econômico o Brasil e a Argentina fazem parte do G-20, podendo ingressar na OMC, Organização Mundial do Comércio, isso foi pedido recentemente do então presidente Jair Bolsonaro.
G20 MEMBERS

Fonte: https://ichef.bbci.co.uk/news/640/cpsprodpb/905C/ production/_107565963_g20_members_640_v4-nc.png
No dia 28 de junho de 2019, foi assinado um acordo de livre-comércio entre o Mercosul e União Europeia, esse tratado deve dinamizar a economia entre os países desses dois blocos geoeconômicos num prazo estimado de 15 anos.
Nessa reunião da cúpula do Mercosul foi marcada por estratégias para o acerto de acordos comerciais com outros blocos e países, principalmente pelo governo brasileiro. O acordo de livre comércio com a União Europeia, anunciado em 2019, ainda não entrou em vigor em função da resistência dos países do bloco.
O presidente Jair Bolsonaro participou no dia 16 de dezembro de 2020, por videoconferência da 57ª reunião de cúpula de chefes de Estado do Mercosul.
No dia 07 de julho de 2021 em Buenos Aires, as diversas divergências comerciais voltaram a aparecer no Mercosul, no segundo dia de reuniões virtuais e na véspera da transferência temporária da presidência do bloco da Argentina para o Brasil.
Com a pandemia de Covid-19, as reuniões do Mercosul no ano de 2021, foram realizadas por vídeo, assim como outros encontros de líderes mundiais, a exemplo do G20 e do Brics. Evitar aglomerações é uma das recomendações para tentar conter o contágio pelo novo coronavírus.