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Geomorfologia: As formas do relevo brasileiro

O relevo do Brasil é diversificado: planícies litorâneas, planaltos como o Planalto Central, a Amazônia com suas terras baixas e a região sul com coxilhas e planícies. Essa variedade influencia o clima, a vegetação e a ocupação humana.

Segundo o novo dicionário da língua portuguesa, de Aurélio Buarque de Holanda.

Geologia: “Substantivo feminino, é a ciência cujo objetivo é o estudo das origens, formação e sucessivas transformações e evoluções do globo terrestre”.

Fonte: Quirino

A ESTRUTURA GEOLÓGICA DO BRASIL

Todo o Território brasileiro se encontra no centro ou no meio da placa tectônica Sul Americana, sendo assim, o nosso território é tectonicamente estável, isto é, não possuímos dobramentos modernos ou terciários, terremotos e maremotos, constituídos basicamente por planaltos, planícies e depressões, conforme a última classificação geológica.

O país é formado na sua base por escudos cristalinos que se formaram no período do Pré-Cambriano, no início da Era Paleozoica e Mesozoica, contribuindo com a formação dos diversos metais, recursos minerais metálicos, abrange grande parte do território brasileiro, principalmente na região centro norte.

O Brasil é um país com um relevo de altitudes modestas, aproximadamente 40,0% do seu território encontra-se abaixo de 200,0 metros de altitude, 45,0% entre 200,0 e 600,0 metros, e 12,0%, entre 600,0 e 900,0 metros. O ponto mais elevado é pico da Neblina, localizado no norte do estado do Amazonas, na macrorregião norte, na serra do Imeri, com 2.995,30 metros de altitude em relação ao nível do mar, segundo o IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, na medição de 2015. Localizado no planalto das Guianas, próximo da fronteira do Brasil com a Venezuela, está localizado na mesma região o pico 31 de março, com 2.974,18 metros de altitude.

Fonte: Atlas Geológico Nacional: IBGE – Panorama Geográfico do Brasil.

O Brasil não apresenta montanhas, pois não existe nenhum dobramento moderno no nosso território, esse tipo de relevo está situado nas bordas das placas tectônicas onde elas convergem ou se chocam, sendo regiões com uma intensa instabilidade tectônica, propicia a abalos sísmicos, terremotos e maremotos. No território brasileiro ocorrem alguns sismos, denominado de acomodações de camadas sedimentares.

Existe uma falha geológica em formação na parte setentrional do Nordeste brasileiro, estendendo-se do estado do Ceará, passando pelo Rio Grande do Norte e terminando na altura dos Penedos de São Pedro e São Paulo. Essa falha geológica está em constante transformação, gerando um movimento divergente, que já provoca tremores de fraca e média magnitude na região. Posteriormente acomodações de camadas como os que ocorreram nos anos de 1990 no Município de João Câmara, no estado do Rio Grande do Norte, onde já foram registrados abalos de 5,5 na Escala Richter. A ideia propagada por muito tempo de um Brasil essencialmente estável, livre da ocorrência de abalos sísmicos é errônea. A sismicidade brasileira é modesta se comparada a da região andina, na porção oeste da América do Sul, mas ela é significativa porque aqui já ocorreram vários tremores com magnitude acima de 5,0, indicando que o risco sísmico em nosso país não pode ser simplesmente ignorado.

A DIVISÃO GEOLÓGICA DO BRASIL

A primeira classificação geológica do território brasileiro, que identifica oito unidades de relevo, foi elaborada, nos anos de 1940, pelo geógrafo e professor Aroldo de Azevedo. Em 1958 parte dessa classificação foi substituída pela tipologia de Aziz Nacib Ab´Sáber, que acrescenta duas novas unidades de relevo. Uma das classificações mais recentes de 1995 é a de Jurandyr Ross, geógrafo e professor do Departamento de Geografia da Universidade de São Paulo. Seu trabalho é baseado no projeto Radambrasil, um levantamento topográfico realizado entre 1970 e 1985 que mapeou e fotografou o solo do território brasileiro com um equipamento especial de radar instalado na base de um avião.

A CLASSIFICAÇÃO GEOLÓGICA DO AROLDO DE AZEVEDO

Para a proposta de identificação da estrutura geológica do Brasil criada em 1940, pelo professor Aroldo de Azevedo, podemos destacar que ele teve uma preocupação para designar as unidades do relevo brasileiro, dividindo o planalto brasileiro em três subunidades, com o planalto atlântico, planalto meridional e o planalto central brasileiro, estando ainda em uso em muitos livros didáticos. O autor procurou dar um tratamento mais coerente às unidades do relevo como planaltos e planícies, valorizando a terminologia geomorfológica.

A sua classificação geológica, subdividindo o planalto Arenito-Basáltico, uma subunidade do Planalto Meridional e chapadas sedimentares, as subunidades do planalto Central Brasileiro.

Utilizando como critérios, o nível altimétrico, denominando a altitude do relevo brasileiro, definindo planalto como a superfície aplainada ou suavemente ondulada, com mais de 200 m de altitude e a planície, como uma superfície aplainada com altitudes inferiores a 200 metros.

O geógrafo Aroldo de Azevedo dividiu o relevo brasileiro em oito unidades, com quatro planaltos, o das Guianas, Central, Atlântico e Meridional e quatro planícies, a Amazônica, Costeira, do Pantanal e dos Pampas.

Fonte: Simelli, adaptado: Atlas Geológico Nacional – IBGE

A CLASSIFICAÇÃO GEOLÓGICA DE AZIZ NACIB AB’SABER

A classificação do geógrafo e professor Aroldo de Azevedo serviu de base para a base da classificação do geógrafo e professor Azis Nacib Ab’Saber, proposta no ano de 1962, responsável pela evolução e desenvolvimento da denominada geografia física do território brasileiro e os domínios morfoclimáticos. Utilizando nesse processo a utilização da aerofotogrametria, isto é, a análise de fotografias aéreas do relevo de parte do território brasileiro, acrescentando novas unidades na composição territorial.

Ele manteve grande parte da proposta elaborada pelo professor Aroldo de Azevedo, utilizando como critério os processos de intemperismo, erosão e sedimentação dos agentes atuantes sobre a superfície terrestre, definindo-se planalto como a superfície aplainada ou suavemente ondulada, onde atualmente se verifica o predomínio do processo de erosão sobre o processo de sedimentação. A planície é uma superfície mais ou menos plana, onde o processo de sedimentação supera o processo de erosão.

Essa classificação do geógrafo e professor Azis Ab’Saber, foi a primeira a romper e identificar outras formas do relevo brasileiro, dividindo o relevo brasileiro em 10 unidades distintas, com 7 planaltos e 3 planícies.

Como o denominado de mares de morros, além de propor a divisão do planalto brasileiro em sete subunidades, o planalto do Meio Norte ou do Maranhão e Piauí, planalto Nordestino ou da Borborema, planalto das Guianas, planalto Atlântico ou planalto Oriental leste e sudeste Ocidental, planalto Central ou Goiano e Mato-Grossense, por fim o planalto Meridional ou Gonduânico Sul-Brasileiro e por ifm o planalto Uruguaio Sul-Rio Grandense.

Com as planícies e terras baixas Amazônicas, Planície do Pantanal Mato-grossense e as planícies e Terras Baixas Costeiras.

Fonte: Fonte: Atlas Geográfico Escolar-MEC- Azis N. Ab’Saber

A CLASSIFICAÇÃO GEOLÓGICA DE JURANDIR LUCIANO SANCHES ROSS

A classificação do professor e geografo da Universidade de São Paulo, Jurandir L.S. Ross, contribuiu muito para os atuais estudos do relevo brasileiro, pois em 1989 divulgou seus estudos relacionados a uma nova classificação no relevo do Brasil. Se baseou principalmente nos estudos anteriores da classificação do professor Azis N. Ab’Saber, além dos mapas elaborados pelo projeto RadamBrasil, onde trabalhou como pesquisador, durante os anos de 1970 e 1985, inicialmente esse projeto se restringia a apenas ao mapeamento da área da macrorregião amazônica, mas acabou sendo ampliado para todo o território brasileiro.

Com um radar instalado na base do avião, o projeto Radam Brasi, fez um levantamento de dados topográficos, o professor Jurandyr Luciano Sanches Ross fez parte da equipe e utilizou na pesquisa o avião Caravelle, o qual sobrevoou o país a uma altitude média de 12,0 Km e uma velocidade média de 690,0 Km.

Segundo o geógrafo e professor Jurandir Ross, o relevo brasileiro apresenta três tipos de unidades geomorfológicas, que refletem suas gêneses, que são os planaltos, estão subdivididos em unidades menores, as planícies e as depressões, relacionando a estrutura, e o clima do passado geológico e atual de cada região. Identificando 28 macros unidades geomorfológicas denominadas de morfoesculturais.

Fonte: Atlas Geográfico Escolar-MEC- Jurandyr L. S. Ross.

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