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Fontes de energia: petróleo, pré-sal, carvão mineral e gás natural

As fontes de energia como petróleo, pré-sal, carvão mineral e gás natural desempenham papéis significativos na matriz energética global. Esses recursos fósseis têm impactos profundos na economia, meio ambiente e geopolítica, sendo cruciais para a produção de energia e o desenvolvimento industrial em muitos países. No entanto, também levantam preocupações sobre as emissões de gases de efeito estufa e a sustentabilidade energética.

CLASSIFICAÇÃO DA ENERGIA E OS COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS

Renovável: É a energia que é extraída de fontes naturais capaz de se regenerar, consequentemente inesgotável (continuam disponíveis depois de utilizadas).
       Exemplos: hidrelétrica, solar, eólica e outras.

Não renovável: É a energia que se encontra na natureza em quantidades limitadas, que com sua utilização se extingue (demoram milhões de anos para se formar).
       Exemplos: Petróleo, carvão mineral, gás natural.

Observação: Os combustíveis fósseis (petróleo, carvão mineral e gás natural – assim chamados por se formarem a partir de restos de animais e vegetais soterrados com os sólidos que formam as rochas sedimentares) são a PRINCIPAL FONTE DE ENERGIA utilizada no mundo hoje, com destaque para o petróleo.

Consumo de energia absoluta (de todas as procedências) por setor da economia no Brasil

Consumo de energia elétrica por setores da economia no Brasil

PRINCIPAIS FONTES DE ENERGIA

PETRÓLEO

É um HIDROCARBONETO fóssil de origem orgânica encontrado em bacias sedimentares resultantes do soterramento de antigos ambientes aquáticos. A larga utilização do petróleo como fonte de energia e matéria-prima ocorreu devido a diversos fatores, como seu alto poder calorífico, o fato de ser uma matriz energética em estado líquido, o que facilita seu transporte, o de ser relativamente abundante e possuir vários usos como matéria-prima.

NO BRASIL

A produção de petróleo no Brasil é marcada pelo aumento acelerado do desempenho nos últimos anos. Há cerca de 20 anos o petróleo brasileiro era, em sua maioria, oriundo de importações. Atualmente, o país já detém a autossuficiência do produto, ou seja, já produz o suficiente para atender ao mercado interno. 

Segundo dados da Petrobras, a produção brasileira atual é de mais de 2 milhões de barris por dia. Tal desempenho coloca o país na segunda posição na América Latina (atrás apenas da Venezuela) e em 17º no ranking mundial. Estima-se que nos próximos anos, apenas o Iraque apresentará um crescimento da produção de petróleo superior à produção brasileira. 

Entretanto, o Brasil ainda importa uma pequena parte do petróleo que produz. Isso acontece por razões econômicas e técnicas. Por um lado, enquanto o petróleo importado é pago em forma de prestações e a prazo, as exportações são pagas à vista, o que proporciona um faturamento positivo na balança comercial brasileira. Por outro lado, o petróleo do tipo light é o mais apropriado para as refinarias brasileiras, tipo esse que é mais encontrado nas jazidas de outros países. 

Em 2005, foram descobertas novas jazidas de petróleo na camada do Pré-Sal, localizada abaixo do mar da Bacia de Santos, há cerca de 800 km do litoral santista. Sua exploração iniciou-se a partir de 2012 e é realizada majoritariamente por empresas privadas, a partir de leilões realizados durante um período de tempo determinado em edital. 

A produção de Petróleo no Brasil é realizada em nove bacias petrolíferas, das quais quatro merecem destaque: as bacias de Campos, de Santos, do Espírito Santo e do Recôncavo Baiano. 

1. Bacia de Campos: a Bacia de Campos é a maior e principal bacia petrolífera brasileira. Localizada na região que se estende por todo o litoral do Espírito Santo até o norte do Rio de Janeiro, é responsável por aproximadamente 80% da produção de petróleo no Brasil. Essa bacia contribui com cerca de R$54 milhões de reais por ano para o Produto Interno Bruto (PIB) do país.

2. Bacia de Santos: é a bacia petrolífera com maior potencial de crescimento do Brasil. É nela que se encontra a camada pré-sal recentemente descoberta e explorada a partir de 2012. Sua localização se estende desde o litoral sul do estado do Rio de Janeiro até o norte do estado de Santa Catarina.

3. Bacia do Espírito Santo: está localizada próxima às porções central e norte do estado do Espírito Santo e ao litoral sul da Bahia. Essa bacia destaca-se menos pela produção de petróleo e mais pela extração de gás natural e óleo.

4. Bacia do Recôncavo Baiano: é a segunda bacia petrolífera brasileira em volume de produção e a primeira a ser explorada no Brasil (desde a década de 1950). Localiza-se ao longo do estado da Bahia.

Linha do tempo da indústria do petróleo no Brasil

Fonte: Ipb

A partir de 1995, com as concessões de exploração dos sistemas de transportes e energia e com o fim do monopólio da Petrobras na extração, transporte, refino e importação de petróleo, esses setores, considerados estratégicos, passaram a contar com a ação de várias empresas privadas de capital nacional e estrangeiro. Diante dessa nova realidade, o Estado passou a atuar nesses setores com a criação das agências reguladoras, que editam normas, fiscalizam, aplicam sanções, resolvem disputas entre empresas e decidem sobre reclamações de consumidores.

O PRÉ-SAL BRASILEIRO

Imagem: SEE-PE

O “pré-sal” é uma área de reservas petrolíferas encontradas sob uma profunda camada de rocha salina, que forma uma das várias camadas rochosas do subsolo marinho. As reservas do pré-sal encontradas no litoral do Brasil são as mais profundas em que já foi encontrado petróleo em todo o mundo. Representam também o maior campo petrolífero já encontrado em uma profunda região abaixo das camadas de rochas salinas ou evaporíticas. 

Camadas semelhantes de rocha “pré-sal” são encontradas em alguns outros locais do mundo (litoral Atlântico da África, Golfo do México, Mar do Norte e Mar Cáspio). Em algumas dessas regiões foram encontrados “indícios” de petróleo em camadas rochosas pré-sal, como já foi noticiado neste blog. Entretanto, ainda não se sabe ao certo se estas outras áreas subsal possuem grandes reservas petrolíferas como “o présal” no litoral brasileiro.

GÁS NATURAL

O gás natural é um tipo de gás constituído, majoritariamente, por metano. Geralmente, é encontrado junto com combustíveis fósseis (petróleo ou carvão mineral). Esse gás pode ser usado como combustível, sendo aproveitado como um dos componentes dos adubos.

O gás natural pode ser encontrado de duas formas, sendo diluído no óleo ou mesmo em composição gasosa, além de se apresentar isoladamente próximo à superfície terrestre. Esse tipo de fonte energética tem sido bastante usada no mundo como combustível, por isso responde por 20% de todas as energias produzidas. 

O gás em questão tem seu uso difundido como combustível (combustão mais limpa, além de pouco danificar os equipamentos) automotivo (usado para movimentar motores de caminhões, ônibus e carros, gerando uma economia de aproximadamente 70%) e na indústria (utilizado com uma das matérias-primas na fabricação de metanol, amônia e ureia).

Observação: O gás natural, além de ser mais barato, versátil (múltiplos usos) e facilmente transportável em dutos (transporte tubular ou dutoviário), é menos poluente em comparação ao carvão e ao petróleo.

Reservas de gás natural no Brasil

https://www.home.energyway.com.br

Gasodutos integrados no Brasil e América do Sul

httpps://www.home.energyway.com.br

CARVÃO MINERAL

O carvão mineral é uma rocha sedimentar combustível, formada a partir do soterramento de primitivas florestas, resultante dos períodos de transgressão (elevação do nível do mar) e regressão marinhas (redução do nível do mar), derivados dos períodos de glaciações e interglaciações, ocorridos a partir da Era Paleozoica, com maior destaque para as formações que datam do período Permo-Carbonífero (Permiano e Carbonífero).

Estágios da formação do carvão

Imagem: SEE-PE

Observação: Em função da origem do carvão no subsolo, especialmente da profundidade e das condições de temperatura e pressão a que são submetidos os restos vegetais, formam-se diferentes tipos de carvão à medida que vão “amadurecendo” e aumento seu percentual em carbono.

Lembramos que o carvão brasileiro é considerado de baixa qualidade, predominando no estágio de HULHA. É utilizado para a produção termelétrica, indústria de celulose e produção do Coque (combustível carbonífero), destacando-se em Santa Catarina na sua elaboração industrial.

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