FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO BRASILEIRO
Desde o início da colonização a Coroa Portuguesa organizou expedições oficiais com o objetivo principal de explorar o território brasileiro em busca de metais preciosos e outros recursos de interesse econômico. Essas expedições foram chamadas de Entradas.

Os pioneiros, tela de Rafael Falco, século XIX.
Reprodução/Coleção particular
Visto como uma figura heroica, o bandeirante (um homem da iniciativa privada nascido no Brasil) será peça fundamental na expansão territorial. A busca de riquezas será o principal motivador do projeto.
Dentre as atuações bandeirantes mais conhecidas temos a bandeira de Fernão Dias Paes em 1674, que abre caminho para a exploração do território de Minas Gerais. A outra iniciativa é a exploração empreendida por Bartolomeu Bueno da Silva (Anhanguera), que explorou o Brasil central (região de Goiás e Mato Grosso).
A atividade bandeirante teve seu aparecimento foi forte na cidade de São Paulo, com diversas características e objetivos diferentes. Por esse motivo as atuações podem ser divididas em:
- Preação: Os bandeirantes encontraram na mão-de-obra indígena a solução para o trabalho escravo. Eles realizavam essa atividade de caça aos índios, onde o principal alvo dos bandeirantes eram missões jesuítas. Dessa forma, já conseguiam um índio treinado e educado, para trabalhar junto das lavouras de açúcar.
- Prospecção: O interesse pela busca de metais preciosos fez os bandeirantes utilizarem-se de indígenas para adentrar ainda mais o território desconhecido. Tal atuação buscava um rápido enriquecimento pelos metais preciosos, algo de interesse da Metrópole nós princípios do Mercantilismo.
- Sertanismo de contrato (bandeiras de contrato): Com as invasões holandesas, verificou-se uma grande desordem nas áreas em disputa, o que favoreceu a fuga maciça de escravos em muitos engenhos. Para reverter essa situação, os proprietários recorreram aos bandeirantes, delegando a eles a tarefa de capturar os fugitivos.
EXPLORAÇÃO DO VALE AMAZÔNICO

Adaptado de: IstoÉ. Brasil – 500 anos: atlas histórico. São Paulo: Grupo de Comunicações Três S.A., 1998. p. 18.
A região foi ocupada tardiamente quando comparada com outras regiões da colonização portuguesa. Com as ameaças estrangeiras no local, durante a União Ibérica foi criado em 1621 o estado do Maranhão, que se iniciava no Ceará até a fronteira na região do Pará.
Para garantir a posse da região amazônica e o acesso ao rio Amazonas, os portugueses decidiram proteger a região com a instalação de diversas fortalezas ao longo do rio Amazonas. O forte do Presépio, hoje cidade de Belém do Pará, serviu de base para atuação portuguesa na região.
A base da ocupação da região foi o extrativismo vegetal, com forte atuação na exploração das drogas do sertão (cacau/guaraná/ borracha) que recebeu apoio da atuação das missões jesuíticas, obtiveram sucesso, constituindo latifúndios na região.
A atuação dos jesuítas foi a forma predominante de integração da região. Como a exploração da região depende do conhecimento do terreno, a atuação indígena era necessária. Os jesuítas chegaram a aldear cerca de 50 mil índios.