Abaixo podemos perceber as transformações que vem ocorrendo na pirâmide etária brasileira.


Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) 2018
A pirâmide etária é um gráfico que contém alguns dados obtidos nos censos demográficos: quantidade, sexo e idade dos habitantes de um determinado território. A observação desse gráfico propicia a obtenção de informações a respeito da estrutura e dinâmica de uma dada população, além de ser indispensável ao planejamento governamental ou à iniciativa privada.
Em linhas gerais, as pirâmides de países desenvolvidos apresentam certa proporcionalidade da base ao topo, o que indica baixa taxa de natalidade e alta expectativa de vida; já nos países em desenvolvimento a base larga indica alta taxa de natalidade e o topo estreito, baixa expectativa de vida. Deve ser lembrado, entretanto, que há realidades demográficas muito diversas entre os países, acarretando diferentes configurações de pirâmides etárias dentro de um mesmo grupo de países.
Os países que têm elevado número de jovens no conjunto total da população apresentam uma taxa de dependência muito alta, ou seja, princípio, a população adulta é menos numerosa que a jovem e isso acarreta sobrecarga econômica sobre a população economicamente ativa; já nos países desenvolvidos, com exceção dos que estão com percentual de idosos muito elevado (caso da Itália, Japão e outros), prevalece a população adulta no conjunto e, portanto, a PEA é mais numerosa e pode colaborar com o crescimento econômico.

Fonte: IBGE – Diretoria de Pesquisas, DPE
Os indicadores demográficos (taxas de natalidade e de mortalidade, expectativa de vida, renda per capita, entre outros) são uma média aritmética e, em países pobres, os contrastes e desigualdades sociais são enormes. Com a urbanização, ocorre uma grande alteração no comportamento social, que explica a queda nos índices de natalidade: maior custo de criação dos filhos, acesso a métodos anticoncepcionais, trabalho feminino extradomiciliar, prática do aborto etc. O processo de urbanização promove também o decréscimo das taxas de mortalidade, à medida que, nas cidades, o acesso ao saneamento básico (abastecimento de água, rede de esgoto), bem como à medicina preventiva e curativa (médicos, hospitais, postos de saúde, programas de vacinação), é oferecido a uma parcela mais expressiva da população.
CONCEITOS PRINCIPAIS
População Economicamente Ativa (PEA)
É composta por todas as pessoas que exercem uma função remunerada. Também incluímos trabalhadores desempregados que estão empenhados na busca de um emprego. Nos países desenvolvidos incluímos jovens com mais de 16 anos e nos países subdesenvolvidos crianças acima dos 10 anos. Portanto, ainda segunda aquela fonte, fazem parte da PEA, os Ocupados (trabalhando regularmente) e os Desocupados, assim considerados os que não trabalhavam, mas tomaram alguma providência para encontrar trabalho.
População Não Economicamente Ativa (PNEA)
Aqui se inserem, as pessoas que, à época da pesquisa, exerciam afazeres domésticos, os estudantes, os aposentados e pensionistas, os detentos, os doentes ou inválidos.
Economia informal
É representada por atividades que operam a margem da legalidade, ou seja, atividades vinculadas ao subemprego, tais como: camelôs, biscateiros, ambulantes, flanelinhas, além de pequenos estabelecimentos industriais e comerciais que não possuem alvará de funcionamento e ainda prestadores de serviços, como pedreiros, pintores, eletricistas, trabalhadores que não possuem autonomia registrada e não recolhem impostos para o governo. O crescimento do setor informal está relacionado, principalmente, ao crescimento do desemprego, a baixa qualificação profissional, aos baixos salários pagos no setor formal, sobretudo nos países subdesenvolvidos e em desenvolvimento.
Terceiro setor
É uma terminologia sociológica que dá significado a todas as iniciativas privadas de utilidade pública com origem na sociedade civil. A palavra é uma tradução de Third Sector, um vocábulo muito utilizado nos Estados Unidos para definir as diversas organizações sem vínculos diretos com Primeiro setor (Público, o Estado) e o Segundo setor (Privado, o Mercado).