Designado pelo IBGE, Instituto de Geografia e Estatística, que foi criado em 1938, pelo presidente da república Getúlio Vargas, com o objetivo de conhecer e delimitar o território brasileiro, relacionando os dados estatísticos, principalmente da população residente no país e a extensão território nacional, hoje ele é o órgão responsável pela divisão regional oficial do país. Atualmente o território brasileiro é constituído por 27 unidades da federação ou 26 estados e 01 distrito federal, com uma extensão territorial de 8.514.876 quilômetros quadrados, o quinto maior país do mundo em extensão territorial.
O processo de regionalização do espaço geográfico consiste em subdividi-lo em diversas regiões, levando em conta diversos fatores no contexto socioeconômico ou na dinâmica da sua paisagem climatobotânica, podendo relacionar grandes espaços geográficos ou microrregiões.

Fonte: Atlas Geográfico Escolar- MEC-IBGE.
O processo de integração territorial brasileiro desenvolveu-se somente no século XX e, mesmo assim, após a década de 1930, quando a denominada economia de arquipélago tendeu a desaparecer. Até aquele período, os mercados regionais tinham mais importância que o mercado nacional. Com Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek na presidência da república, foram implantados modelos de industrialização e urbanização, denominada de substituição das importações, que obrigaram as regiões a se integrarem de uma forma regional, política, econômica, cultural, social etc.
A integração regional foi baseada na relação direta do centro para as periferias, onde os estados de São Paulo e Rio de Janeiro, posteriormente Minas Gerais, formavam o centro e a periferia constituída de diversos países nas regiões, todas com relações de dependência econômica e financeira com o centro administrativo do país que ficava no estado do Rio de Janeiro, a capital da república federativa do Brasil, até 1960.

Fonte: Atlas Geográfico Escolar- MEC-IBGE, Brsilescola.com.
Essas cidades comandavam basicamente todas as atividades industriais, comerciais e de serviços das áreas periféricas, com a construção e inauguração da capital federal em Brasília, no planalto central nos anos de 1960, o poder foi deslocado para essa região, mas a produção se intensificou no estado de São Paulo, com quase 50,0% do Produto Interno Bruto, o PIB do país, até o início do século XXI.
Mesmo com o país tendo conhecido um processo de desconcentração industrial ou deseconomia de aglomeração nos últimos anos, deve-se ressaltar que as economias periféricas tiveram de se adaptar aos interesses da região mais industrializada, especializando-se em produzir aquilo que é necessário para a moderna estrutura produtiva da região sudeste do território brasileiro, além de consumir os produtos produzidos nessa região central econômica do país.
Divisões regionais do IBGE – 1941 a 1988

Fonte: Atlas Geográfico Escolar- MEC-IBGE.