A população brasileira, atualmente tem um predomínio de adultos, de 20 até 59 anos, entrando em um estágio de maturidade, anteriormente a nossa população estava predominantemente concentrada entre as idades mais novas, entre 0 até 19 anos, até a década de 2000, período considerado de transição demográfica. O que signifia que o número de pessoas nas faixas etárias menores está diminuindo e o número de pessoas de adultos e mais idosas, aumentando.
Essa dinâmica populacional revela o expressivo envelhecimento da população brasileira nas últimas décadas. Em 1940, os idosos representavam 4,1% da população total brasileira, mas passaram a representar 12,0% em 2010, a população de idosos com mais de 60 anos de idade cresceu 70%, passando a corresponder atualmente a 13,5% do total do país, projeções indicam que essa fatia vai saltar para 24,5% em duas décadas. Em valores absolutos, o contingente passou de 2,7 milhões para cerca de 21,5 milhões nesse período.

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Com esses dados vem ocorrendo aumento da taxa de mortalidade no país, previsto pelo IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, no último censo demográfico, que está condicionado ao processo de envelhecimento ou maturidade da população brasileira, por sua vez associa-se ao aumento do número de casos de doenças crônicas na população dos idosos e consequentemente, o número de óbitos no país, tendendo a se acentuar com pandemias como a covid 19.
Por outro lado, diminuiu a proporção de jovens em termos absolutos e relativos. Essa tendência, segundo o IPEA, Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada, deve se acentuar nas próximas décadas, o que provocará sérios problemas para a manutenção desses idosos, como a previdência social, aposentadorias, lazer para essa faixa etária e os investimentos na saúde dessa parcela da população, com um custo mais elevado em relação aos jovens.
Segundo o IBGE – PNAD de 2015, atualmente a expectativa média de vida dos brasileiros é de 75,4 anos, sendo que as mulheres têm uma vida média ou longevidade maior do que a dos homens, Mulheres cerca de 79,0 contra cerca de 72,0 para os homens.
Com o acelerado processo de envelhecimento da população brasileira, segundo o IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, em 2050, o país terá metade da sua força de trabalho com mais de 45 anos de idade. Em 2050, 52,4% dos trabalhadores terão 45 anos ou mais. No último censo demográfico, essa parcela populacional é de aproximadamente de 33,8%.
O crescimento demográfico brasileiro está basicamente pautado no crescimento vegetativo ou natural, isto é, a taxa de natalidade menos a taxa de mortalidade e muito pouco no crescimento migratório, haja vista que o país, ao menos por enquanto, não é um vetor migratório para o qual uma grande massa de pessoas se desloca em um curto intervalo de tempo.
Dessa forma, o que regula a evolução demográfica do país são as oscilações das taxas de natalidade e mortalidade, principalmente infantil que demarcaram a transição demográfica no país ao longo do século XX e início do XXI.
O estudo do IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e o IPEA, Instituto de pesquisa Econômica Aplicada, apontam que, a partir de 2030, os únicos grupos populacionais que deverão apresentar crescimento positivo serão os com idade superior a 45 anos. A parcela da população com 15 anos ou mais, tende a crescer até 2030 e, a partir daí diminuindo gradativamente. A participação do grupo jovem entre 15 até 29 anos de idade atingiu seu pico entre 1990 e 2000 e espera-se que decline a partir de 2020, não ocorrendo nenhuma anomalia de pandemia demográfica.
O envelhecimento da população em idade ativa, aliado às pressões no sistema previdenciário, deverá levar à necessidade de manter o trabalhador ativo o maior tempo possível no mercado de trabalho, com isso foi aprovado no congresso nacional, câmara e senado a Reforma da Previdência Social no país.
Para isso, o IBGE e o IPEA consideram que será necessária uma política de saúde ocupacional, para diminuir as saídas do mercado de trabalho; a redução de preconceitos com relação ao trabalho dos idosos; e a sua capacitação, para que eles possam acompanhar as mudanças tecnológicas, informacional etc.
Segundo o IBGE, hoje no Brasil, há atualmente 8,0 pessoas em idade ativa para cada pessoa com 65 anos de idade. Daqui a 25 anos essa relação vai cair para 4,0. Ou seja, para que o nosso crescimento não seja afetado, os quatro trabalhadores em idade ativa terão que produzir o mesmo que antes era produzido por oito trabalhadores. Assim aumentar a produtividade será cada vez mais importante, além de descontar mais impostos previdenciários para a manutenção dessa faixa etária.