OEFICIENTES BINOMIAIS
DEFINIÇÃO
Dados os naturais n e k, sendo n ≥ k chama-se coeficiente binomial n sobre k e se indica (nk) ao número definido por: (n0) =1 e (nk) = n!/k!(n-k)! se 1 ≤ k ≤ n.
Da definição que para 1 ≤ k ≤ n tem-se: (nk) =n!/k!(n-k)! =n(n-1)(n-2)…(n-k+1)/k(k-1)(k-2)…1 onde o numerador da fração contém k fatoriais.
Exemplo: calcule n, sabendo-se que (n+1)!/n! = 7.
Solução:
Temos que: (n+1)! = (n+1) · n · (n-1) ·…· 3 · 2 · 1 = (n+1) · n!. Logo, n!(n+1)/n! = 7 ⇒ n + 1 = 7 ⇒ n = 6.
TRIÂNGULO DE PASCAL
O triângulo de Pascal é um triângulo aritmético formado por números que têm muitas relações entre si. Algumas dessas relações foram descobertas por Pascal.
Onde Ckn representa combinação de n escolhe k, n é o número da linha e k representa o número da coluna.
Os quadros abaixo representam o triângulo de Pascal:


RELAÇÃO DE STIFEL
Trata-se de uma propriedade que permite construir o Triângulo de Pascal dada pela seguinte fórmula: Cpn + Cp+1n + 1 = Cp+1n+1.
Somando 2 elementos consecutivos de uma mesma linha obtemos o elemento localizado abaixo da segunda parcela.
Prova: considere o número de comissões de p+1 pessoas que podemos formar a partir de um grupo de n+1 pessoas, sabendo que uma destas n+1 pessoas é Pedro.
O total dessas comissões é igual a Cp+1n+1, por outro lado podemos contar este total separando em dois casos; primeiro caso comissões que Pedro participa que são Cpn e o segundo caso, as comissões na qual Pedro não participa que são Cp-1n .
TEOREMA DAS LINHAS
A soma dos termos da linha n é igual a 2 n.
C0n + C1n + C2n +…+ Cnn-1+Cnn = 2n
Prova: Seja o conjunto A={1,2,3,…,n} o total de subconjuntos é igual a C0n + C1n + C2n +…+ Cnn-1+Cnn , por outro lado para formar um subconjunto de A cada elemento de A tem duas opções, participar ou não do subconjunto.
Concluímos que o total de subconjuntos é igual a 2 n.
TEOREMA DAS COLUNAS
A soma dos elementos de uma coluna do triângulo, começando no primeiro termo da coluna, é igual ao elemento que está na linha e na coluna posteriores ao último elemento da soma.
Cpp + Cpp+1 + Cpp+2 +…+ Cpp+n = Cp+1p+n+1
Prova: considere o conjunto A={1,2,…,p,…,n+p,n+p+1} com p < n, o total de subconjuntos de p+1 elementos de A é igual a Cp+1n+p+1
Por outro lado cada um destes subconjuntos tem um elemento que é o máximo (maior elemento do conjunto).
- Primeiro caso: p + 1 é o máximo, os outros p elementos são escolhidos à partir de {1,2,…,p}. Total de subconjuntos = Cpp.
- Segundo caso: p+2 é o máximo; agora devemos escolher os outros p elementos de p+1 elementos {1,2,…,p+1}. Total de subconjuntos =Cpp+1.
Caso N : n+p+1 é o máximo; Agora devemos escolher os outros p elementos à partir do conjunto {1,2,3,…,n+p}.
Total de subconjuntos =Cpn+p.
Igualando as duas formas, o teorema está provado.
OUTRAS PROPRIEDADES
C0n + C1n+1 + C2n+2 +…+ Cpn+p + Cp+1n+p+1; teorema das diagonais.
Cpn = Cn-pn relação das combinações complementares.
Cpn < Cp+1n se p < n-1/2
BINÔMIO DE NEWTON
Consideremos a igualdade: (x+a)n = (x+a)(x+a)…(x+a) (n fatores) (1).
Para se formar um termo do produto (x+a)(x+a)…(x+a) devemos escolher uma das duas parcelas em cada um dos n fatores x+a a e efetuar o produto das mesmas.
Por exemplo, se escolhermos p letras a em p dos n binômios, e n-p letras x dos n-p binômios restantes, então um termo genérico do desenvolvimento de (x+a)n é da forma:

O número de termo da forma (2) é, então é igual ao número de modos de escolhermos p letras a em p dos n binômios x + a, isto é, Cpn.
Portanto, reduzindo todos os termos da forma apxn-p, encontramos um único termo, Cpnapxn-p.
Finalmente, fazendo em p variar de 0 até n, encontramos todos os termos do desenvolvimento de (x + a)n.

Expandindo o somatório acima, temos:

TERMO GERAL DO DESENVOLVIMENTO DE (X + A)N
Todos os termos do desenvolvimento de (x + a)n são obtidos de Cpnapxn-p quando fazemos neste termo, p variar de 0 a n.
Por este motivo, Cpnapxn-p é chamado de termo geral.
Chamando o 1º, 2º, 3º, …., termos do desenvolvimento de (x + a)n respectivamente por T1,T2,T3,…, podemos observar que:
Para p =0 obtemos T1 = C0na0xn
Para p=1 obtemos T2 = C1na1xn-1
Para p=2 obtemos T3 = C2na2xn-2
Para p=3 obtemos T4 = C3na3xn-3
…
Isto é, a ordem de cada termo é igual à taxa da combinação correspondente mais 1. Como a taxa da combinação do termo geral é p, segue-se que este termo é de ordem p+1. Isto é, Tp+1 = Cpnapxn-p.