BACIAS HIDROGRÁFICAS PELO MUNDO

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Existem várias bacias hidrográficas, sendo que algumas possuem maior destaque em razão de sua extensão. Entre as maiores bacias hidrográficas do mundo estão:
- Bacia Amazônica.
Localização: América do Sul.
Extensão: 7,05 milhões de quilômetros quadrados. - Bacia do Congo.
Localização: África.
Extensão: 3,69 milhões de quilômetros quadrados. - Bacia do Mississipi.
Localização: Estados Unidos.
Extensão: 3,33 milhões de quilômetros quadrados. - Bacia do Prata.
Localização: América do Sul.
Extensão: 3,14 milhões de quilômetros quadrados. - Bacia do Obi.
Localização: Rússia.
Extensão: 2,97 milhões de quilômetros quadrados. - Bacia do Nilo.
Localização: África.
Extensão: 2,87 milhões de quilômetros quadrados. - Bacia do Ienissêi.
Localização: Rússia.
Extensão: 2,58 milhões de quilômetros quadrados. - Bacia do Níger.
Localização: África.
Extensão: 2,09 milhões de quilômetros quadrados.
DESTAQUES
AMÉRICA DO NORTE: a América do Norte apresenta como principal característica em sua hidrografia os Grandes Lagos, localizados na fronteira dos Estados Unidos com o Canadá. Possuem uma área total de 250.000 km2. É nesta região que estão as famosas cataratas do Niágara.
Entre os rios de maior destaque está o Mississippi, apresentando uma bacia de 4.600.000 km2. Este rio percorre os Estados Unidos de norte a sul e seus principais afluentes são o Missouri, o Arkansas e o Ohio. No oeste da América do Norte os rios mais importantes são o Colúmbia e o Colorado. Na região do Canadá apresenta vários lagos glaciais, entre eles o Winnipeg, o Grande Lago do Urso, o Atabasca, o Manitoba e o Grande Lago do Escravo. Destacam-se também outros rios importantes como o São Lourenço, Frazer, Mackenzie e Nelson, no Canadá, e o Yukon, no Alasca. No México destaca-se como o maior o rio Grande.
AMÉRICA DO SUL: a principal fonte de águas doces no planeta localiza-se no escoamento de águas da superfície. O escoamento global anual é de 44.500 km2 por ano. A distribuição destas águas superficiais é extremamente desigual na Terra; mais da metade do escoamento ocorre na Ásia e América do Sul. Portanto, o continente sul-americano e o Brasil apresentam uma das maiores reservas de águas interiores do planeta. Estas reservas têm uma enorme importância ecológica, econômica e social.
O continente sul-americano é dominado por grandes rios, extensas regiões de várzeas a eles associadas, áreas alagadas pantanosas e lagos rasos. Os grandes rios têm grande importância ecológica, econômica e social, drenando alguns, vastas áreas com escassa população (menos de 1 habitante por km2 – Amazonas) outros com grande concentração populacional (superior a 400 habitantes por km2).
EUROPA: se comparados aos rios tropicais, não há, na Europa, rios muito extensos nem de grande volume de água. Apesar disso, os cursos fluviais são muito aproveitados como vias de comunicação e fontes produtoras de energia.
A Europa apresenta uma grande quantidade de rios, que deságuam ora diretamente no oceano, ora em lagos, mares ou outros rios. Desse emaranhado fluvial, destacam-se as bacias:
- Do rio Reno, que nasce na Suíça, serve de fronteira entre a França e a Alemanha, onde banha uma das regiões mais industrializadas de toda a Europa, e deságua nos Países Baixos (porto de Roterdã). Por ser largamente utilizado na navegação, o Reno interliga-se a outros rios através de canais.
- Do rio Danúbio, que nasce no maciço da Floresta Negra, na Alemanha, drenam importantes rios do centro-sul europeu e deságua no Mar Negro. Além da Alemanha, banha os seguintes países: Áustria, Eslováquia, Hungria, Sérvia, Bulgária, Romênia e Ucrânia.
- Do rio Volga, o maior rio europeu, cuja nascente se localiza no planalto de Valdai, na Rússia, drenando muitos afluentes até desaguar no Mar Cáspio.
Além da grande quantidade de rios e de mares, a hidrografia europeia apresenta ainda muitos lagos, como os de Constança, de Genebra, de Zurique, na Suíça, e os lagos glaciários que ainda aparecem nas planícies do noroeste da Rússia, na Escandinávia e, sobretudo na Finlândia, considerada “o país dos lagos”, por concentrá-los em maior número.
ÁSIA: os principais rios asiáticos, muitos deles longos e caudalosos, estruturam-se de forma radial a partir das cordilheiras centrais. Na vertente ártica correm os grandes rios siberianos, como o Obi (ou Ob), o Irtish (afluente do anterior), o Ienissei, a Lena e o Kolima, cujas águas permanecem congeladas durante grande parte do ano, transformando-os em verdadeiras estradas, e provocam inundações nas cheias primaveris. Todos esses rios, assim como o Amur, que corre pelo sudeste da Sibéria e desemboca no mar de Okhotsk, são piscosos e intensamente utilizados para transporte (em barcos ou em trenós).
Na Ásia central escasseiam os cursos d’água e predominam as bacias interiores (endorreísmo). Os rios Amu Daria e Sir Daria desembocam no mar de Aral, o Tarim forma uma ampla bacia interior no noroeste da China, e outros cursos menores alimentam o mar Morto, o Cáspio e os lagos Balkhash (cujas águas são doces no oeste e salgadas no leste) e Baikal.
As regiões meridionais e orientais afetadas pelas monções contam com rios longos e caudalosos, alimentados pelas neves das cordilheiras centrais e pelas chuvas torrenciais do verão, que provocam grandes cheias. Durante essas inundações sazonais, os rios Amarelo (Huang He), Yangzi (Yangtse), Kiang, Mekong, Bramaputra, Ganges e Indo depositam grande quantidade de limo sobre as margens e os deltas de seus vales.
No setor ocidental da Ásia, o Oriente Médio, predominam o arreísmo (ausência de cursos fluviais permanentes, como no deserto da Arábia) e o endorreísmo. Os dois rios mais importantes são o Tigre e o Eufrates, que formam o Shatt al-Arab em seu trecho final. Esses rios, procedentes dos cumes nevados do planalto da Armênia, fertilizam a planície da Mesopotâmia, antes de desaguarem no golfo Pérsico. Pela Turquia, Síria e Líbano correm alguns rios menores, caracterizados pelo regime de secura estival, que desembocam no Mediterrâneo e no mar Morto.
ÁFRICA: o Nilo lança suas águas no Mar Mediterrâneo, formando um vasto delta. Nessa região a prática da agricultura é muito importante. Nos anos 60 do século XX foi construída a Represa de Assuã, com três grandes objetivos: regular o curso do Nilo; prover energia elétrica; melhorar as condições para irrigação. Entretanto, a construção da represa trouxe algumas consequências indesejáveis, tais como o assoreamento, a salinização, a proliferação tanto de mosquitos como de caramujos transmissores de doenças, a concentração de produtos químicos na água, etc. Destaca-se também a Bacia do Congo, que é a maior bacia hidrográfica do Continente Africano, apresentando-se navegável próximo à foz. Suas águas são provenientes das fortes chuvas equatoriais.
OCEANIA: a Oceania tem poucos rios importantes o que se deve em boa parte à pequena superfície das ilhas. Apesar da forte pluviosidade, os leitos dos rios não dispõem de extensão suficiente para formação de cursos significativos. Merecem destaque o Murray e seu afluente Darling, na Austrália; o Waikato, na Nova Zelândia; e o Daru, o Fly, o Kikori, o Purari, o Ramu e o Sepik, em Papua Nova Guiné.
A Austrália é pobre em rios, consequência do predomínio de climas áridos e semiáridos. Murray e Darling que já foram citados anteriormente são os mais importantes, pois por serem de planície, são navegáveis em grande parte de sues cursos. Na porção centro ocidental do país, os rios são temporários, como os tributários do lago Eyre, o maior dos variados lagos australianos.