Estude grátis

As revoluções liberais

As revoluções liberais, do século XVIII em diante, redefiniram o cenário político europeu. Movimentos como a Revolução Americana e a Francesa foram marcos na busca por direitos individuais, igualdade e sistemas políticos mais representativos, influenciando mudanças globais.

(Fonte: https://revistaforum.com.br/blogs/mariafro/bmariafro-grito-dos-excluidos-martires-anonimos/)

Na Península Itálica, os carbonários tentariam sem êxito instaurar uma República liberal em Nápoles e no Piemonte. A despeito de provisórias constituições estabelecidas, o liberalismo foi evitado através de intervenções militares austríacas. Na França, a “Charbonnerie”, espécie de organização liberal estabelecida à moda dos carbonários italianos, tentou a revolução em Saumur, Belfort, Thouars e Colmar. O assassinato do duque de Berry, sobrinho de Luís XVIII foi um dos trunfos políticos do movimento. A repressão, entretanto, mais uma vez foi decisiva contra a sublevação.  

A Rússia, contradizendo os princípios intervencionistas da Santa Aliança, patrocinaria a independência da Grécia, em 1821, em prejuízo do Império Turco-Otomano. Os russos ambicionavam, há muito, obter uma saída para o mar Mediterrâneo e calcularam que o enfraquecimento dos turcos poderia favorecê-los na obtenção dos estreitos de Bósforo e Dardanelos. O apoio russo ao nacionalismo grego, e as distensões internas entre as potências absolutistas, provocariam o colapso do sistema da Santa Aliança. Ainda na Rússia, um grupo de oficiais tenta acabar com o regime autocrático, apoiando a sucessão do príncipe Constantino no lugar do futuro Nicolau I. O intento fracassou em dezembro de 1825.  

A segunda onda revolucionária estourou inicialmente na França, na década de 1830. Carlos X, sucessor do absolutismo Bourbon de Luís XVIII, foi derrubado por um movimento de caráter liberal e popular. Carlos X foi obrigado a abdicar e exilar-se. A Revolução, entretanto, teve um caráter muito moderado e limitado, pois o poder foi transferido para o duque de Orleans, que assumiu o trono com o título de Luís Felipe, apelidado de o “rei burguês”. Em agosto de 1830, o vento revolucionário francês varreu a Bélgica, que se tornou independente junto aos Países Baixos. Na Polônia, o czar Nicolau I sufocou um levante nacionalista. Na Península Itálica, os sublevados de Parma, Módena e Romana tentaram, sem sucesso, estabelecer uma unificação liberal italiana em detrimento da Igreja e dos déspotas locais. Mais uma vez, a Áustria enviou seus exércitos para sufocar o nacionalismo italiano. Em Hambach, na Alemanha, os nacionalistas preconizaram os “Estados Unidos da Alemanha”, intento também malogrado.  

Observação: Entre 1846 e 1847, ocorre a última grande crise agrícola de um Antigo Regime tardio. Há registros de levantes populares na Sicília, Milão, Turim, Roma, Nápoles, Florença, Veneza, Viena, Saxônia, Berlim e Boêmia. Seria na França, contudo, que o processo revolucionário resultaria em êxito. As insatisfações populares contagiaram, em Paris, os membros da Guarda Nacional, que apoiaram os manifestantes contra a monarquia de Luís Felipe. Em fevereiro de 1848, a monarquia francesa foi substituída pela II República. O voto universal foi restabelecido depois de mais de cinquenta anos. Karl Marx denominaria o ano de 1848 como a “Primavera dos Povos”, um período em que a classe trabalhadora europeia entrava em cena e ensaiava um processo de emancipação idealizado pelos socialistas.

(Fonte: https://noticieros.televisa.com/especiales/5-de-mayo-la-batalla-de-puebla-y-esclavos-intervencion-francesa/)

O novo governo republicano, contudo, associou elementos da burguesia nacional e da classe operária, promovendo medidas de caráter utópico, como a manutenção da propriedade e a criação de Oficinas Nacionais como medidas paliativas para atender às demandas sociais. Luís Bonaparte, sobrinho do famoso imperador, seria eleito presidente da República com 73% dos votos. Em 2 de dezembro de 1851, o novo presidente desfecha um golpe de Estado, restaurando a Monarquia com o título de Napoleão III, sobre o qual Marx escrevia O 18 de Brumário de Luís Bonaparte.

CURSO EEAR 2023

ESA 2022

de R$ 838,80 por R$ 478,80 em até 12x de:

R$ 39,90/MÊS

SOBRE O CURSO:

SOBRE O CURSO:

SOBRE O CURSO:

Precisando
de ajuda?

Olá ProAluno!
Em que posso te ajudar?