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As mudanças na divisão internacional do trabalho ou da produção (DITP)

A clássica DITP, divisão internacional do trabalho e da produção, pressupõe que uma grande parte das trocas de produtos industrializados ocorra nos países mais desenvolvidos, enquanto os países menos desenvolvidos teriam um papel basicamente de exportadores de produtos primários, como matérias primas e produtos agrícolas e importadores de manufaturados, industrializados com tecnologia de ponta.

“Há dois lados na Divisão Internacional do Trabalho; um, em que alguns países se especializam em ganhar e, outro, em que se especializaram em perder. Nessa comarca do mundo, que hoje chamamos de América Latina, foi precoce; especializou-se em perder desde os remotos tempos em que os europeus do Renascimento se abalançaram pelo mar e fincaram os dentes em sua garganta.”

Fonte: Eduardo Galeano – As veias abertas da América Latina. RJ, Paz e Terra, 1978.

Nas décadas de 1960 e 1970, esse modelo já demonstrava sinais de modificação, pois, através de intensificação da interdependência econômica mundial, já se constatava que inúmeras empresas se transferiram dos países mais desenvolvidos e se instalavam nos países menos desenvolvidos suas filiais ou matrizes, produzindo para exportação.

Com um mercado já saturado em seus países de origem, as multinacionais e transnacionais foram em busca de novos consumidores, atraída pela mão de obra qualificada e barata, moeda menos valorizada no mercado internacional, novas matérias-primas, incentivos fiscais oferecidos pelos governos e um mercado consumidor em potencial expansão.

A crescente a internacionalização da economia, os avanços tecnológicos nas áreas de telecomunicações e sistemas de transportes reduziram os entraves que separavam as nações mais industrializadas das nações fornecedoras de produtos primários menos industrializados.

“Vender cerveja na Alemanha não vai dar mais lucro, pois a população está no ápice do consumo, vender eletroeletrônico no Japão o lucro é muito pouco, vender automóveis nos Estados Unidos, já deu lucro no passado. Agora convenhamos vender cerveja, eletroeletrônico e automóvel no Brasil o lucro é exorbitante, pois esse país tem um grande mercado consumidor em expansão.”

Fonte: Folha de São Paulo – Diálogo de um Economista.

Com a globalização da economia mundial ocorreu uma série de transformações na ordem política e econômica global nas últimas décadas. Uma nova divisão internacional do trabalho e da produção permite que grandes conglomerados empresariais passem a exercer uma dominação crescente no setor industrial, tecnológico e de serviços.

A DITP, Divisão Internacional do Trabalho e da Produção é hoje mais determinada e dominada por companhias multinacionais e transnacionais que operam simultaneamente num número incalculável de países diferentes e realizam frequentemente suas transações internacionais no seio de seu grupo, de modo que as grandes empresas têm à sua disposição uma rede internacional de departamentos de sua propriedade.

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