A AGROPECUÁRIA DOS ESTADOS UNIDOS
Durante o século XIX e até as primeiras décadas do século XX, a agricultura americana passou por um intensivo processo de capitalização. Grandes propriedades familiares, denominada de farmers, passaram a responder pela maior parte da propriedade no país. O setor foi capitalizado, com o desenvolvimento da revolução verde e as grandes propriedades familiares é responsável pela produção agrícola, uma agropecuária essencialmente especulativa e visando o mercado, enquanto grandes empresas agroindustriais atuam na comercialização e beneficiamento da produção, favorecido pela logística dos sistemas de transportes, principalmente o ferroviário.
O setor é fortemente subsidiado, principalmente pelo governo federal e grandes empresas multinacionais e transnacionais agrícolas, o que lhe permite criar condições para que o seu produtor utilize máquinas e equipamentos sofisticados, aumentando o volume da produção comercializada no mercado interno e mundial e, com isso, exercer influência sobre os preços dos produtos agrícolas, interferindo na política agrícola da OMC, Organização Mundial do Comércio, a produção agrícola caracteriza-se pelo zoneamento em cinturões ou “belts”, que são extensas regiões territoriais destinadas ao cultivo de um produto principal, onde se desenvolve uma agropecuária comercial moderna.
A agropecuária estadunidense é uma das mais produtivas e modernas do mundo atualmente, em área produzida e no seu volume de produção, está organizada em faixas ou cinturões de frutas, algodão, soja, laranja, trigo, tabaco, culturas tropicais e subtropicais, milho, além da pecuária com a criação de gado bovino, essas culturas são intercaladas com cultivos de produtos secundários, com isso não é considerada uma monocultura.
A organização do espaço geográfico agrário estadunidense se organizou conforme o processo histórico de povoamento do país, com as condições climáticas e os tipos de solos de cada região. Conforme o processo de logística e organização agrária, normalmente se divide em três grandes áreas ou zonas produtivas, Green belts, região que engloba o nordeste dos Estados Unidos, Central belts, englobando praticamente a porção da planície central do país e Oeste belts, fazendo parte da região próxima as Montanhas Rochosas, uma produção intensiva comanda pela agroindústria ou agronegócio, como as regiões produtivas do wheat belt, trigo, cotton belt, algodão, corn belt, milho e ranching belt, pecuária extensiva.
Nos Estados Unidos, além de toda essa produção agropecuária, existe os green belts, denominados de cinturões verdes, que são pequenas propriedades, localizadas em torno das grandes cidades, onde se pratica uma produção agrícola para abastecer esses centros urbanos.
AGROPECUÁRIA NOS EUA

Fonte: ATLANTE Geografico De Agostini. Novara: Istituto Geografico De Agostini, 2004.
A AGROPECUÁRIA EUROPEIA
Na agricultura europeia as formas de produção agropecuária foram transformadas pela introdução de técnicas industriais no trabalho no campo, coincidindo com a primeira revolução industrial inglesa clássica, nas décadas de 1780 a 1880, atualmente com a forte utilização de insumos, máquinas e equipamentos. O campo é usado de forma intensiva, em pequenas propriedades e um sistema tradicional de cultivo, a rotação trienal, que não deixa espaços ociosos, com períodos de cultivo e de repouso do solo, permitindo que os nutrientes sejam repostos, para que não ocorra o esgotamento rápido do sol, é o setor econômico que menos contribui com a economia desse continente, possuindo muitas unidades agrícolas utilizando geralmente a mão de obra familiar.
A maioria dos agricultores do continente europeu recebem subsídios do governo federal para tornar a sua produção mais competitiva no mercado, com um intenso processo de capitalização do campo, com isso a capacidade produtiva em pequenas áreas são elevadas, com destaque para a produção de trigo, cevada, centeio, batata, oliveiras, videiras, na produção de uva, além de outras frutas, verduras e legumes.
O rebanho bovino é praticado em pequenas propriedades, com uma elevada tecnologia, com isso a produção de leite e derivados produzidos é além da média mundial. Devido a deficiência em relação ao espaço geográfico para a produção agropecuária, o continente europeu se volta para a pesca da sardinha, atum e o famoso bacalhau. O continente europeu é um grande importador de produtos primários da agropecuária.
A produtividade agrícola é bem diferente entre os países europeus. O alto preço da terra e as menores taxas de produtividade tornam os produtos agrícolas da UE, União Europeia, mais caros do que outros grandes produtores, daí a adoção de uma defesa de seus interesses que levou à adoção da PAC, Política Agrícola Comum, que está assentada em três princípios:
- unificação do mercado europeu e fixação de um preço único por produto;
- preferência de compra para produtos europeus e fixação de taxas comuns para as importações extracomunitárias;
- ajuda direta aos produtores, através de uma ampla política de concessão de subsídios.
A AGRICULTURA DA RÚSSIA
A agricultura da Rússia a partir da revolução Russa de 1917, a propriedade privada foi abolida no país, e todas as áreas produtivas foram coletivizadas pelo governo. Predominava o modelo produtivo agrícola baseado nos Kolkozes, denominadas fazendas coletivas e os Sovkhoses controladas pelo estado russo, poder central. Apesar da diversidade das condições naturais do território russo, com um inverno bastante rigoroso e secas prolongadas, com altas montanhas e um extenso deserto, o país atualmente é um grande produtor agrícola mundial de batata, trigo, centeio, aveia e cevada.
Quando ocorreu a desintegração da União soviética na década de 1991, com a formação de novos países e a criação da CEI, Comunidade dos Estados Independentes, o país tem elaborado diversos planos de modernização e organização das empresas agrícolas para se adaptar às regras do mercado mundial da agropecuária.
A AGRICULTURA DE PLANTATIONS NA ÁFRICA E NA AMÉRICA LATINA
Estas duas regiões do mundo, América Latina e África com a chegada dos colonizadores europeus transformaram-se em exportadores de gêneros agrícolas tropicais para a área temperada. O objetivo da produção era o de atender as necessidades de matériasprimas e subsistência dos países que se tornaram dominadores dos trópicos.
A prática agrícola era baseada na grande propriedade, monocultura e na utilização de muita mão-de-obra, inicialmente escrava.
O sistema de plantation ainda persiste em países tropicais subdesenvolvidos, com produção em larga escala, que abastece o mercado consumidor internacional, ocupando grandes propriedades e explorando mão-de-obra barata, principalmente no continente americano.