A cada choque, a placa que apresenta menor viscosidade, menos densa afunda sob a mais viscosa ou mais densa, na denominada zona de subducção. É considerado o mais lento das forças endógenas que atuam em nosso planeta.

Fonte: Atlas Geológico.com – MEC: IBGE.
A Terra é um planeta dinâmico, onde a crosta terrestre ou litosfera está fragmentada em cerca de vários pedaços, em grandes secções, denominada de placas tectônicas, que se movem por razões não muito bem compreendidas com cerca de 15,0 centímetros por ano em algumas regiões, mas cujo motor situa-se no seu interior, pela corrente de convecção do magma. A constatação da existência das placas tectônicas deu uma nova roupagem às antigas ideias da Deriva Continental de Alfred Lothar Wegener.
A Tectônica de Placas é o ramo da geologia que estuda a movimentação das camadas da crosta terrestre ou litosfera, por efeito das forças endógenas, devido segundo alguns cientistas pelas células ou correntes de convecção do magma no manto pastoso. Uma evolução da deriva dos continentes e da expansão do assoalho oceânico, uma relação bem recente e veio, há aproximadamente cinco décadas, revolucionar a geologia.

Fonte: Ciência Viva.com
Os limites entre as placas tectônicas podem ser divididos em três grandes grupos;
A) Os limites convergentes ou de choques, denominado de destrutivos, correspondendo aos limites onde as placas tectônicas se aproximam como nas zonas de subducção, uma placa colide com outra mergulhando no manto superior, onde parte da sua borda é consumida ou diluída, devido às elevadas temperaturas nessa camada interna.
Ao se deslocar as placas tectônicas litosféricas onde se convergem liberam pressões e forças em poucos segundos, uma energia intensa provocando terremotos e maremotos. Essas vibrações vão se propagar por várias direções, provocando ondas sísmicas, denominadas de ondas P ou S, dependendo de diversos fatores, como a sua profundidade e intensidade.
Com isso, as variações das massas continentais desde a formação do Planeta Terra, indica que a crosta terrestre ou litosfera é destruída e criada simultaneamente, em um processo de reciclagem das rochas.
No limite das placas tectônicas convergem, por uma colisão e uma borda de uma das placas mergulha em relação à outra, na zona de subducção ou até se coloca sobre a outra, denominado de zona obducção, em um regime tectônico compressivo.

Fonte: Atlas Geológico.com – Investigando a Terra
B) Os limites divergentes ou afastamento, denominado de construtivo, correspondendo aos limites das placas tectônicas, onde há uma separação ou distanciamento uma das outras, como a dorsal oceânica e uma crosta terrestre ou litosfera se forma. Ocorrem quando uma nova crosta terrestre ou litosfera é criada, com a movimentação horizontal das placas tectônicas em um sentido oposto, em um regime tectônico extensional, formando o fundo do assoalho do novo oceano, como por exemplo; o Oceano Atlântico.
Até o início dos anos de 1960, se imaginava que os continentes eram fixos, com pilares nas suas bases em suas posições atuais, que os oceanos eram as partes mais antigas e primitivas do nosso planeta, mas se constatou posteriormente que não é verdade.

Fonte: Ciência Viva.com
C) Os limites Conservativos ou de conservação, denominado de falhas transformantes, correspondendo aos limites onde as placas tectônicas deslizam lateralmente uma em relação a outra, ao longo de uma fratura geológica, quando não há uma produção nem destruição da crosta terrestre ou litosfera.
A grande maioria das falhas transformantes ocorre nos oceanos, formando as cadeias meso-oceânicas, essas falhas geológicas podem se estender para os continentes, como a falha de Santo André nos Estados Unidos, no litoral do Oceano Pacífico na Califórnia. A placa tectônica do pacífico, onde está situada a cidade de Los Angeles, se desloca no sentido norte e a placa tectônica norte-americana, onde está à cidade de São Francisco se movimenta no sentido sul, provocando um choque e atrito ao mesmo tempo.
Nas bordas dessas placas tectônicas ocorre um acúmulo de forças e pressões nas rochas situadas nessas bordas, quando essa energia é liberada em poucos segundos na movimentação dessas placas tectônicas, favorece os abalos sísmicos, uma série de terremotos ou maremotos rasos, altamente destrutivos.
Modelo simplificado da quebra de um continente e abertura de um oceano

Fonte: Projeto Caminhos Geológicos