Roosevelt conseguiu do Congresso a aprovação de uma Lei de Empréstimo e Arrendamento, através da qual auxiliava os ingleses mediante a entrega de materiais de guerra. Churchill declarou que, se os americanos entregassem as ferramentas, a Inglaterra faria o trabalho. A Carta do Atlântico, assinada a bordo do navio Potomac, seria uma espécie de anteprojeto da Carta das Nações Unidas, na qual os princípios liberais de autodeterminação dos povos e democracia estariam presentes.
Em 1941, o mundo assistiria a dois episódios que alterariam irremediavelmente os rumos da guerra e o equilíbrio de poder no mundo. Em junho, Hitler desencadeou a Operação Barbarossa, a qual consistia em uma nova Blitzkrieg, desta vez na frente oriental, mobilizando mais de 3 milhões de homens contra a União Soviética. Muito criticado pelos analistas militares por ter aberto uma segunda frente antes de ter obtido uma vitória significativa contra os ingleses, Hitler tencionava conquistar em pouco tempo, assim como fizera com a Polônia e a Europa ocidental, as cidades industrializadas da Rússia soviética e os campos agrícolas e petrolíferos da Ucrânia. A realidade soviética, entretanto, era muito diferente de qualquer coisa que a Wehrmacht já tivesse enfrentado. O extenso território, a estratégia de terra arrasada aplicada pelos vermelhos, a dura resistência dos comunistas e o rigor do inverno russo arrasariam os nazistas.
No outro lado do mundo, o expansionismo militar japonês colocava à prova a presença europeia e norte-americana no Pacífico. Percebendo o perigo da expansão japonesa, Roosevelt liderou um boicote de petróleo contra Tóquio. Os japoneses, acuados, não tiveram outra alternativa senão empreender uma ousada ação militar contra os norte-americanos. Em 7 de dezembro de 1941, a rengo katai empregou 363 aviões zero de fabricação Mitsubishi para destruir a capacidade militar norte-americana na base havaiana de Pearl Harbor. Foi o maior ataque aeronaval da História até aquele momento: 188 aviões americanos destruídos no solo, cerca de 16 navios tirados de combate e mais de 2 mil mortos. Roosevelt, ao discursar no Congresso para obter a declaração de guerra, apelidou aquele domingo de “dia da infâmia”. Era o fim da política isolacionista dos Estados Unidos.
Se o ano de 1941 foi fundamental para a mudança do cenário mundial da guerra, com a entrada dos Estados Unidos no conflito e a malfadada invasão nazista à União Soviética, os anos de 1942 e 1943 desenharam um quadro caótico e irreversível para as potências do Eixo. No Pacífico, na batalha do mar de Coral, os porta-aviões americanos desempenharam uma espécie de guerra jamais vista antes, em que os aeroplanos superavam os navios em termos de elemento principal nas batalhas navais. Depois da vitória dos EUA no mar de Coral, os americanos, liderados pelo general Douglas MacArthur, venceram a batalha de Midway e iniciaram a estratégia de “saltar de ilha em ilha” até atingir Tóquio. Posteriormente, Mac Carthur ocuparia Iwo Jima, a primeira ilha japonesa e, em 1944, desembarcaria nas Filipinas, de onde começaria a fustigar os inimigos com bombas incendiárias. Os militares japoneses responderiam com o início dos ataques suicidas kamikazes.
No norte da África, região em que estavam em jogo o Império Colonial Britânico e estratégicas regiões produtoras de petróleo, os alemães enviaram seu mais brilhante general, Erwin Rommel, temido e apelidado de “raposa do deserto”. A campanha do Afrika Korps em El Alamain foi uma das mais terríveis em termos de variações climáticas. Os britânicos, entretanto, enfrentaram o brilhantismo mito de Rommel enviando o general inglês Bernard Law Montgomery.
Ainda em 1943, a batalha de Stalingrado selava a sorte dos nazistas no Leste Europeu. Travada em temperaturas médias de -40 ºC, cerca de 130 mil alemães, sob o comando do general Friderich von Paulus, renderam-se famintos e debilitados aos soldados do general soviético George K. Zhukov. Stalin, não satisfeito em sobreviver ao ataque alemão, ordenou aos seus comandantes que iniciassem sem demora uma marcha rumo a Berlim, na qual os países do Leste Europeu sob domínio nazista seriam libertos. Nesta região, somente a Iugoslávia não seria liberta diretamente pelos soviéticos, pois o guerrilheiro Josip Broz, Tito, expulsaria os nazistas.

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Em janeiro de 1943, caía o elo mais frágil da corrente do Eixo: a Itália fascista de Mussolini. A Operação Husky, elaborada por Roosevelt e Churchill em Casablanca, promoveu o desembarque de tropas aliadas na Sicília. Em julho, Mussolini perderia efetivamente o controle da situação política na Itália, sendo criticado pelos próprios fascistas. Em abril de 1945, quando tentava fugir para a Suíça, Mussolini foi capturado por guerrilheiros da resistência, sendo fuzilado juntamente à sua amante, Claretta Petacci, e tendo seus cadáveres exibidos de ponta a cabeça publicamente em Milão.