A primeira revolução industrial ou industrialização clássica

Fonte: Interior de uma tecelagem na Inglaterra, em 1860
Ao longo da Idade Moderna, dos séculos XV ao XVIII, criaram-se as pré-condições para o desencadeamento da chamada revolução industrial clássica, com a acumulação de capital, primeiramente pelos metais oriundos principalmente da América. A revolução industrial começou na Inglaterra em fins do século XVIII, período de 1750 e 1850 e, durante um bom tempo, foi um fenômeno exclusivamente inglês, denominada por alguns autores como o período do carvão e do ferro.
Caracterizando-se por uma exploração dos trabalhadores, com jornadas longas de trabalho com o pagamento de baixos salários utilizando homens, mulheres e até crianças, que chegavam a trabalhar 10, 12 14 horas diárias, inclusive com a utilização da violência nesse processo produtivo. Esses trabalhadores passaram a produzir e ser explorados de uma forma desumana, para aumentar os lucros dos donos dos meios de produção.

Fonte: Utilização de crianças na produção industrial inglesa.
Com o desenvolvimento do liberalismo econômico, alicerçado na defesa da propriedade privada e da livre concorrência como bases para o crescimento econômico, assim como na lei da oferta e da procura, passou-se a acreditar que as mercadorias se encarregariam de regular o mercado. Essa fase ficou conhecida como capitalismo industrial, estimulado pelo surgimento das máquinas a vapor e o grande aumento da maquinofatura do processo produtivo com o intuito de aumentar a produção e o consumo.
A máquina a vapor de combustão interna e posteriormente externa aproximou as pessoas, a produção e os mercados com as denominadas locomotivas movidas a vapor, com o transporte em maior escala. Nesse período com o avanço tecnológico para a época, acentuou o ritmo da produção industrial e na relação do transporte ferroviário.