Os primeiros colonos ingleses chegaram apenas em 1607, quando Christopher Newport entrou em Hampton Roads fundando Jamestown, uma homenagem ao rei Jaime I (1603-1625), monarca que daria impulso ao processo de colonização ao perseguir católicos e protestantes não anglicanos. Foi nesta localidade, na Virgínia, que John Rolfe casou com a famosa Pocahontas como forma de celebrar a paz com os indígenas. O ano de 1619 foi uma data simbólica para o processo de ocupação inglesa na América do Norte: reuniu-se a primeira assembleia de colonos, estabelecendo-se, desta forma, uma das principais tradições das Treze Colônias Inglesas: o direito de autogoverno.
Na América Inglesa, a mão de obra predominante era livre, familiar ou de servidão por contrato. Neste último caso, estabelecia-se uma espécie de contrato em que um colono pobre se comprometia a trabalhar para uma Companhia de Comércio, que lhe concedia passagem e estadia para morar na colônia, por um período determinado de tempo, ao final do qual estaria livre de suas obrigações e poderia obter trabalho livre. As propriedades rurais eram pequenas ou médias, sendo a produção destinada aos mercados interno e externo. O livre-comércio com as Antilhas e a África era diversificado, existindo produtos como tabaco, rum, açúcar e escravos negros para as colônias do sul. Este modelo era denominado de “comércio triangular”.
Os colonos se consideravam tão súditos da Inglaterra quanto aqueles ingleses que permaneceram em Manchester, Liverpool ou Londres. A experiência de autogoverno provinha em grande parte da tradição jurídica consuetudinária inglesa oriunda da Magna Carta de 1215, que estabelecia os princípios fundamentais da organização parlamentar. Esta experiência de self-government seria, na realidade, a peça chave para entender o processo de independência das Treze Colônias Inglesas no século XVIII.

(Fonte: https://contandohistoriaweb.wordpress.com/2016/08/13/as-colonias-inglesas-na-america/)