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A globalização: cultural, telemática e financeira

A globalização é um fenômeno multifacetado que abrange aspectos culturais, telemáticos (ligados à tecnologia da informação) e financeiros. Ela se refere à interconexão global de culturas, informações e finanças, moldando o mundo contemporâneo e influenciando a maneira como as pessoas vivem, se comunicam e fazem negócios em escala global.

A GLOBALIZAÇÃO CULTURAL 

Assim como em outros aspectos, a cultura sofre a interferência do acelerado processo de globalização mundial. Uma vez que a disseminação da cultura não ocorre de maneira igualitária no mundo globalizado, os países que controlam a produção cultural em massa acabam por instaurar um padrão comportamental e produtivo.

Desse modo, há uma imposição desigual de valores específicos, coordenada por uma pequena parcela de nações. É o caso da hegemonia dos Estados Unidos, que ao se tornarem potência econômica e política, passaram a ditar modelos a serem seguidos pelo restante do mundo. Como exemplos, destacam-se o perfil do cinema de Hollywood, hábitos alimentares como o fast food, além da influência musical e da predominância do idioma inglês.

A globalização cultural é difundida através dos sistemas de telecomunicações, turismo, expansão do comércio mundial, viagens a trabalho, internacionalização e da economia. Esses fatores conjugados difundem diversos aspectos culturais no espaço geográfico mundializado.

Não é correto afirmarmos que a globalização cultural criará uma cultura universal, pois o próprio processo de globalização não ocorre de forma homogênea no espaço, havendo países, que por razões políticas ou religiosas, limitam a influência da cultura de outras nações dentro do espaço, além de movimentos espontâneos sociais que se difundem em várias partes do mundo preservando as culturas locais e combatendo a influência dos aspectos culturais externos.

A GLOBALIZAÇÃO E A TELEMÁTICA

Nenhum campo de estudo foi tão importante para a consolidação da aldeia global quanto à telemática. A telemática é a junção da telecomunicação com a informática, são a interação entre estas duas tecnologias que proporcionou à sociedade atual a quebra dos antigos padrões de tempo e espaço. O advento que revolucionou estas duas áreas do conhecimento foi à internet. 

Criada pelo exército americano durante a guerra fria, a internet foi resultado de um esforço conjunto entre o exército e universidades americanas, que tinham como objetivo criar uma rede que possibilitasse a troca de informações de forma rápida e segura, através de computadores interligados pelo sistema telefônico móvel. Apesar de ter sido inventada na década de 1960, o grande ”boom” da internet só acontece na década de 1990, quando os usuários domésticos começam a utilizá-la em larga escala, acessando sites e criando eles mesmos os conteúdos para esta nova ferramenta.

O grande diferencial da internet está justamente na quebra do antigo sistema unilateral de produção e difusão em massa da indústria cultural. Extremamente segmentada e interativa, a internet permite total liberdade de navegação e construção de conteúdo para seus usuários, que passam da condição de agentes passivos na produção de conteúdo cultural, para o patamar de agentes multiplicadores e inovadores deste novo sistema.

A GLOBALIZAÇÃO FINANCEIRA

A globalização e regionalização da economia mundial é a expressão máxima do processo de mundialização das relações entre as nações, ao mesmo tempo em que representa a mudança na concepção do papel dos estados nacionais. A formação dos estados nacionais tinha como pressuposto uma unidade territorial, comandada por uma autoridade política única e integrada por uma economia de base nacional.

O fim das barreiras comerciais entre alguns mercados tem ampliado os investimentos internacionais e a aliança entre países e empresas. Isso faz parte de um contexto mais amplo que tomou forma com a aplicação da tese neoliberal, desenvolvida na década de 1980, que defendia o princípio do denominado estado mínimo. O governo central precisava diminuir a sua participação direta nos setores produtivos, privatizando as suas empresas e cumprindo, segundo os princípios do neoliberalismo, o papel de agente regulador, fiscalizador e só devendo intervir na economia nos momentos de crises. 

Ele precisava ainda diminuir as restrições ao capital a fim de que pudesse aumentar seus lucros e ter maior capacidade de investimentos, principalmente nos setores de tecnologia de ponta. A partir da década de 1980, os processos de fusão e incorporação de empresas tornaram-se uma regra em vários países do mundo, sendo mais intenso nos países centrais.

Atualmente, cada vez mais se torna expressivo o capital especulativo, denominado também de capital volátil ou de curto prazo. Destina-se à obtenção de lucros a partir da compra e venda de ações, de títulos públicos e de moedas, conforme variam seus valores.

Os capitais especulativos são investidos nos mercados financeiros de todo o planeta e podem sair do país de uma hora para outra, por influência de acontecimentos políticos, de especulação e até mesmo de boatos. Os diferentes espaços do planeta encontram-se interligados por uma rede de infovias, na rede mundial de computadores, via internet.

As grandes empresas multinacionais e transnacionais expandiram os seus negócios, tornando-se as unidades econômicas típicas do processo de globalização e regionalização da economia mundializada. Dominando tecnologias e com matrizes e filiais espalhadas em vários países do mundo, elas passaram a controlar a economia mundial, exercendo poder político sobre os governos, acelerando cada vez mais a internacionalização da economia, a globalização e regionalização implicam na fragmentação. 

Sua dimensão econômica mostra novas formas de internacionalização da economia, apoiadas na alta tecnologia, a informação facilita:

  • As empresas comporem seus produtos, fabricando componentes em lugares geográficos distantes entre si, através da terciarização, uma forma de internacionalização da produção;
  • A rápida circulação dos ativos financeiros escriturados pelo mundo inteiro, seja para especulação, seja na busca do valor, que depende sempre de suas relações com o capital produtivo.

Os fluxos de capitais, bem como os fluxos de mercadorias, são os mais importantes da globalização da economia. Os fluxos de capitais produtivos, também conhecidos como IDE, Investimentos Diretos Estrangeiros, cresceram significativamente após a segunda grande guerra mundial. Seu crescimento é a face mais visível da globalização da economia, pois se materializa em instalações industriais, redes de lojas, supermercados e lanchonetes, estradas e hidrelétricas.

Os países empenham-se cada vez mais em atrair investimentos produtivos, porque geram riquezas e estimulam o crescimento econômico. Para os investidores estrangeiros, os lucros podem ser resultantes de custos menores de produção, transportes ou fretes, proximidade dos mercados consumidores e facilidades para driblar barreiras protecionistas.

Embora a globalização seja mais intensa e sentida na economia, ela também ocorre na informação, na cultura, na ciência, na política e no espaço. Não se pode pensar, contudo, que a globalização e regionalização tende a homogeneizar o espaço mundial. Ao contrário, ela é seletiva, pois escolhem algumas regiões para certas atividades, determinados setores e alguns grupos ou segmentos sociais para serem mundializados e desfrutarem de inegáveis benefícios. Assim, enquanto muitos lugares e grupos de pessoas se globalizam, outros, às vezes, bem próximos, ficam excluídos do processo produtivo e tecnológico. Por esse motivo, a globalização tende a tornar o espaço mundial cada vez mais desigual. Ela tem provocado uma imensa concentração da riqueza, aumentando as diferenças entre países e, no interior de cada um deles, entre classes ou segmentos sociais.

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