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A evolução geológica do relevo terrestre

Interpretar o relevo terrestre não é simplesmente saber identificar padrões de formas ou tipos de vertentes de morros, montanhas e vales, não é simplesmente saber descrever o comportamento geométrico das formas, mas identificar e correlacioná-las com os processos atuais e pretéritos, responsáveis por tais modelados, e com isso estabelecer não só a gênese, mas também a sua cronologia, ainda que relativa.

Através da geomorfologia como disciplina que estuda as formas do relevo quanto à sua geometria, gênese, origem e idade que se incluem no contexto das ciências da Terra.

Os diversos relevos constituem os pisos sobre os quais se fixam as populações animais e vegetais, os diversos biomas, onde são desenvolvidas as atividades humanas, derivando daí os valores econômicos e sociais que lhes são atribuídos.

Em função de suas características e dos processos que sobre eles atuam, oferecem para as populações, tipos e níveis de benefícios ou riscos dos mais variados. O reconhecimento da importância do relevo pode ser inferido pela atenção que é dada ao seu estudo na elaboração de planos e projetos humanos que necessitam, cada vez mais, explicitar os possíveis impactos ambientais que serão decorrentes de sua implantação e modificação.

O Planeta Terra é constituídas de estruturas ou camadas concêntricas e estratificadas. O estrato exterior é a crosta terrestre ou litosfera, abaixo está o manto superior e inferior, no centro o núcleo externo e interno. As temperaturas e pressões no interior da Terra são altíssimas, girando em torno de 4.000 a 6.000 graus Celsius.

Fonte: Todamatéria.com.br

A primeira camada, com até no máximo 100 quilômetros de profundidade, é composta pela crosta terrestre ou litosfera, que compreende a crosta continental e a oceânica, denominado de relevo hipsométrico e batmétrico, constituída por uma região rígida acima da astenosfera, incluindo também a porção superior do manto, com o SiAl e o SiMa.

A) SiAl: É a parte mais externa da crosta terrestre ou litosfera e corresponde ao solo e subsolo, sua espessura é de aproximadamente 15 a 25 km e nele predominam as rochas sedimentares, metamórficas e magmáticas, além dos minerais silício ou silicato e alumínio.

B) SiMa: Corresponde à parte que vem na porção abaixo do SiAl, tem espessura de aproximadamente 30 a 35 km e nela predominam rochas basálticas, além dos minerais silício ou silicato e magnésio.

Apesar de bastante variada, a crosta terrestre ou litosfera, pode ser subdividida em; 

A) Crosta Continental, menos densa e geologicamente mais antiga e complexa, normalmente apresenta uma camada superior formada por rochas graníticas e uma inferior de rochas basálticas;

B) Crosta Oceânica, comparativamente mais densa e mais jovem que a continental, sendo normalmente formada por uma camada homogênea de rochas basálticas.

O manto superior terrestre pode ser também denominado de mesosfera ou camada intermediária, estende-se da base da crosta terrestre ou litosfera até o manto inferior. O manto superior e inferior é constituído de uma porção volumosa de aproximadamente 80,0% está situado a aproximadamente entre 100 e 3.000 quilômetros de profundidade, essa espessura foi calculado pelo sismólogo Beno Gutenberg, em 1913 constituído com temperaturas mais elevadas. Situa-se logo abaixo da crosta terrestre e estende-se até quase a metade do raio da Terra.

O manto divide-se em duas zonas diferenciadas, o manto superior, que está em contato com a crosta terrestre ou litosfera, e o manto inferior, limitando-se, finalmente, com o núcleo externo.

Entre a crosta terrestre e o manto superior encontra-se a astenosfera, região em que se acredita que as rochas estão parcialmente fundidas, as ondas sísmicas são mais atenuadas do que em qualquer outra parte do globo terrestre, apresentando variações físicas e químicas. É importante assinalar que é o estado não sólido da astenosfera que possibilita o deslocamento, sobre ela, das placas tectônicas rígidas da litosfera.

Como as rochas e minerais do Planeta Terra têm diversas composições físicas e químicas na sua formação geológica, considerando somente as propriedades químicas das rochas, o nosso planeta pode ser dividido em;

A) Crosta terrestre ou litosfera,
B) Manto superior e inferior,
C) Núcleo interno e externo.

Se basearmos somente nas propriedades físicas das rochas do Planeta Terra, ele pode ser dividido em;

A) Crosta terrestre ou litosfera,
B) Astenosfera,
C) Mesosfera,
D) Núcleo interno,
E) Núcleo externo.

A descontinuidade ou transição entre a crosta terrestre ou litosfera e o manto superior é denominada de Mohorovicic ou apenas denominada de Moho, seu aspecto é gelatinoso, cartilaginoso ou coloidal.

O sismólogo croata Andrija Mohorovicic, em 1909 percebeu, através de observações da geofísica, que nessa transição entre crosta terrestre ou litosfera e o manto superior, as ondas sísmicas propagadas sofrem uma brusca variação de velocidade, e isso ocorre porque o material que constitui essas duas camadas do Planeta Terra é diferente em relação a sua densidade, temperatura, espessura e composição.

Os núcleos externo e interno da Terra situam-se, aproximadamente entre 3.000 e 6.370/8 quilômetros de profundidade, estende-se da base do manto inferior até o centro da Terra. Seu aspecto é fluido ou pastoso, formado basicamente por níquel e ferro, com as temperaturas elevadíssimas.

A descontinuidade ou transição entre o manto inferior e o núcleo externo é denominada de transição núcleo – manto ou de descontinuidade de Gutemberg ou apenas Gute. Não é possível ter acesso direto às partes mais profundas do Planeta Terra, devido principalmente às limitações tecnológicas para enfrentar as altas temperaturas e pressões do interior do nosso planeta.

Fonte: Wikimedia-Commons Ficheiro:Descontinuidade de Moho.png

A perfuração de sondagem ou poço mais profunda feito até hoje no Planeta Terra foi na cidade de Kola, na Rússia, que atingiu uma profundidade de apenas 12 quilômetros, atingindo uma pequena parte da Crosta Terrestre ou Litosfera, uma fração insignificante se comparado ao raio da Terra, medida do Equador Terrestre ao centro do planeta com 6.378 quilômetros e do polo ao interior do planeta com 6.370 quilômetros. 

Com isso, a estrutura interna do nosso planeta só pode ser estudada de uma maneira indireta, através das ondas sísmicas, registradas na superfície terrestre e das erupções vulcânicas.

Da mesma maneira que podemos dividir a nossa vida em etapas, como por exemplo; infância, juventude e terceira idade, ou da mesma forma que o historiador faz a reconstituição da história do homem. A geologia histórica, que é um ramo da ciência geológica, faz a reconstituição da história geológica da Terra. Para o geólogo realizar a reconstituição da história do planeta, ele tem que se basear em alguns elementos.

Neste caso, ela se baseia principalmente nos estudos das estratificações das rochas, formação dos minerais e na datação dos fósseis, vegetais e animais. Atualmente essa datação pode ser feita através da utilização do carbono 14 ou do urânio 238.

Assim com o tempo cronológico se divide em horas, minutos e segundos. Os segmentos maiores da história do tempo geológico de nosso planeta são conhecidos como eras geológicas, que são divididas em períodos, épocas e idades.

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