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A dinâmica da atmosfera: Os fenômenos “El niño” e “La niña”

El Niño e La Niña são fenômenos climáticos extremos, parte do sistema El Niño-Oscilação Sul (ENOS). El Niño aquece as águas do Pacífico, afetando o clima global, enquanto La Niña traz resfriamento. Ambos desencadeiam impactos significativos em padrões climáticos, influenciando desde chuvas intensas até secas severas ao redor do mundo.

O FENÔMENO DO EL NIÑO

O El Niño é fenômeno climático natural que ocorre em uma escala planetária por períodos de aproximadamente de dois a sete anos de caráter atmosférico-oceânico que resulta diretamente do aquecimento acima das médias normais do oceano Pacífico sul. Influenciando diretamente no comportamento térmico próximo ao litoral do Chile, Peru e do Equador, com a diminuição na quantidade de peixes, nessa região.

Apontado como o responsável por mudanças climáticas severas no planeta Terra, uma das anomalias causada por esse fenômeno, provocando uma mudança brusca na costa ocidental da América do Sul, com chuvas intensas em toda essa região.

Enquanto as inversões térmicas e ilhas de calor acontecem em uma escala local por apenas algumas horas, o El Niño é um fenômeno climático, ele se manifesta como um aquecimento de aproximadamente 3,0 a 7,0 º Celcius acima da média normal das águas do oceano Pacífico nas proximidades do equador terrestre.

O termo El Niño, é de origem espanhola, acontece normalmente em um intervalo de tempo de dois a sete anos, aquecendo as águas do pacífico sul na época próximo a comemoração do Natal, próximo ao mês de dezembro, razão pela qual os pecadores dessa região deram esse nome ao fenômeno, devido nesse período se comemora o nascimento do Menino Jesus, para os cristãos.

Fonte: Meteoropole.com.br

Esse fenômeno repercute como um efeito dominó, provocando alterações climáticas em diversos pontos do globo terrestre, modificando a distribuição das chuvas e de calor em diversas regiões do planeta Terra.

Normalmente, no hemisfério sul os ventos alísios se deslocam no sentido de leste para oeste com uma velocidade média de 15 m/s, aumentando o nível das águas do oceano pacífico nas proximidades da Austrália, onde ele é cerca de 50 cm superior ao das proximidades da América do Sul, além disso, esses ventos provocam correntes marinhas que levam as águas superficiais, com temperaturas mais elevadas, isto é, quentes, nessa mesma direção.

Apesar de apresentar uma explicação muito simples, seu funcionamento reúne uma série de conceitos de climatologia, ligado aos fatores e elementos climáticos. Este fenômeno costuma alterar vários fatores e elementos climáticos regionais e globais como, por exemplo, índices pluviométricos, principalmente nas regiões tropicais de latitudes médias, entre os trópicos de câncer e capricórnio, modificam a dinâmica dos ventos, como o efeito de Coriolis, as células menores de Hadley e Ferreal, deslocamento das massas de ar etc.

No período de ocorrência do fenômeno do El Niño, a velocidade dos ventos alísios diminui para cerca de 1 a 2 m/s. Sem a sustentação dos ventos, o nível das águas se eleva em direção à América do Sul, e as águas superficiais, por se deslocarem menos, têm sua temperatura elevada rapidamente.

No território brasileiro, a umidade da massa Equatorial continental, a mEc, que é quente e úmida, responsável pelas chuvas na caatinga, na região centro oeste e no sul do país. A consequência desse fenômeno é a ocorrência de enchentes no sul do Brasil e de estiagem mais prolongada na região do clima semiárido nordestino, por exemplo, ocorre um agravamento e prolongamento de secura na região do denominado polígono das secas no extremo norte do país, principalmente no estado de Roraima.

Na região central do continente europeu e nos Estados Unidos da América, sofre com inundações e enchentes com esse fenômeno. Enquanto na Indonésia e nas regiões próximas sofrem períodos longos de seca e estiagem, favorecendo longos incêndios florestais.

Segundo alguns pesquisadores, não há uma única explicação ou teoria que defina a origem do fenômeno do El Niño, existindo diversas hipóteses como ciclos solares, que ocorre naturalmente no sistema solar, as erupções vulcânicas, que ocorrem de tempos em tempos na dorsal meso oceânica no fundo do oceano pacífico ou o acúmulo sazonal de águas quentes nesse oceano.

Atualmente diversos satélites meteorológicos monitoram esse fenômeno no oceano pacífico, principalmente em relação à corrente marinha de Hamboldt ou do Peru, que é fria e rica em nutrientes, favorecendo a pesca. O monitoramento nessa mudança de temperatura na água dessa região é feito para alertar as regiões do globo terrestre para evitar graves problemas e catástrofes para as populações que serão afetadas. As causas deste fenômeno ainda não são bem conhecidas pelos especialistas em climatologia.

O FENÔMENO DA LA NIÑA

A seguir do fenômeno do El Niño surgiu a La Niña, que é oposto, ocorrendo no período do inverno para o hemisfério sul, provocando um resfriamento das temperaturas médias, fora do normal nas águas da região dos oceanos, principalmente o atlântico.

O fenômeno La Niña, em espanhol significa  menina, devido ocorrer no período próximo que se comemora o Dia das Mães, é um fenômeno também oceânico-atmosférico que ocorre principalmente nas  águas  do oceano pacífico sul. A principal característica deste fenômeno é o resfriamento, que ocorre em média de 2° a 3° Celsius, nesse período de ocorrência, fora do normal das águas superficiais.

O fenômeno La Niña, onde a sua ocorrência está localizada a aproximadamente em uma latitude de 30º de latitude sul. Por esse motivo, os ventos alísios, que se deslocam nessa região, ganham maior intensidade no oceano, onde o vento mantém a sua velocidade em uma superfície lisa, são originados pela variação de uma zona de alta pressão atmosférica.

Esse fenômeno diminui a quantidade de chuvas do litoral do Chile, Peru e Equador, com o aumento da velocidade dos ventos alísios, dificulta a formação de nuvens nessa região. Ao contrário do fenômeno do El Niño, a pesca, em contrapartida, é favorecida no litoral do oceano no pacífico, próximo à América do Sul, favorecendo os ventos soprarem com maior intensidade, deslocando as águas superficiais e fazendo com que os nutrientes, plânctons e fitoplânctons localizados em águas mais profundas venham a orar na da superfície do oceano, denominado de fenômeno da ressurgência. Através da ressurgência, os cardumes são atraídos para essa região, favorecendo a pesca nessa área como no Chile, Equador e Peru.

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