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A atmosfera e os climas no Brasil

O Brasil, devido à sua extensão territorial e diversidade geográfica, apresenta uma atmosfera complexa e uma variedade de climas. Desde a Amazônia até o semiárido nordestino, a atmosfera influencia diretamente os diferentes ecossistemas e as condições climáticas, resultando em uma rica diversidade meteorológica e climática em todo o país.

Segundo o novo dicionário da língua portuguesa, de Aurélio Buarque de Holanda.

Climatologia: “Conjunto de condições meteorológicas como a temperatura, umidade relativa do ar atmosférico e o regime dos ventos, típicas do estado médio da atmosfera terrestre em um ponto da superfície terrestre”.

Fonte: Charge Quino

OS CLIMAS NO BRASIL

Grande parte do território brasileiro encontra-se na zona ou faixa climática tropical, 93,0% no hemisfério sul, por esse motivo é denominada intertropical. O que explica o predomínio de climas quentes e úmidos em grande parte do nosso país. 

O Brasil é cortado ao norte pelo Equador Terrestre, de latitude baixa e na porção ao sul pelo trópico de Capricórnio, latitude média, exceto a região sul. Predominando os climas Equatorial, tropical e subtropical, com maior incidência dos raios solares, e a amplitude térmica se reduz à medida que se aproxima da linha do Equador Terrestre.

Com relação à umidade relativa do ar atmosférico, o clima do território brasileiro apresenta algumas diferenças de uma região para outra, desde o superúmido, quando a quantidade de pluviosidade é superior a 2.500 milímetros anuais, até o semiárido, quando a quantidade de pluviosidade situa-se entre 300 e 600 milímetros anuais.

Os climas do território brasileiro são bastante diversificados devido à extensão territorial, norte e sul e leste e oeste, além da diversidade geográfica, apresentando diferentes características em cada região. Conforme análises climáticas realizadas no país, foi possível estabelecer basicamente 06 tipos climáticos específicos.

  • Equatorial;
  • Tropical;
  • Tropical Semiárido;
  • Tropical de Altitude;
  • Tropical Litorâneo ou Atlântico;
  • Subtropical.

Fonte: Atlas geográfico escolar – MEC

O critério utilizado no país para classificar os diferentes tipos de clima relaciona-se à origem, natureza e, principalmente, movimentação das massas de ar, equatoriais, tropicais e polares, indicando o regime pluviométrico, além da latitude, os tipos de chuvas etc. 

Fonte: Lísia Bernardes – Atlas geográfico MEC

DINÂMICA DAS MASSAS DE AR NO BRASIL

As massas de ar são porções individualizadas do ar atmosférico terrestre que trazem em suas qualidades e características de temperatura e umidade, as propriedades e condições gerais do tempo das regiões ou áreas onde se formam.

O deslocamento das massas de ar é provocado pelas diferenças de pressões atmosféricas entre as diversas áreas ou regiões da superfície terrestre. Portanto, as massas de ar estão geralmente associadas aos sistemas de baixas e altas pressões atmosféricas.

Fonte: Atlas Geográfico Escolar – MEC

REGIME PLUVIOMÉTRICO

A distribuição das chuvas no decorrer de um ano é denominada de regime pluviométrico, o conhecimento desse regime pluviométrico em uma determinada área ou região é de fundamental importância para a atividade humana em relação ao tipo de moradia, prever grandes cheias, relacionar o tipo de produção agrícola, prevenir catástrofes nos sistemas de transportes etc.

A umidade relativa do ar atmosférico é utilizada geralmente para descrever toda a quantidade de vapor de água existente na atmosfera terrestre, que se originam geralmente a partir da superfície terrestre provocada diretamente através da evaporação dos oceanos, mares, rios, solo, transpiração dos vegetais etc.

A umidade relativa do ar atmosférica corresponde à quantidade de vapor de água contido em suspensão na atmosfera terrestre. A origem dessa umidade está diretamente ligada ao processo de evapotranspiração, principalmente em relação aos oceanos, rios e lagos e em menor escala, à evaporação da água do solo e da cobertura vegetal.

A umidade absoluta do ar atmosférico corresponde à quantidade, em gramas de vapor de água contido em cada metro cúbico na atmosfera terrestre, em um determinado instante, em uma determinada região do globo terrestre. Tal valor varia inversamente com a latitude e com a altitude.

A umidade relativa do ar atmosférico corresponde à relação direta entre a umidade absoluta existente no ar da atmosfera terrestre e o máximo de umidade possível naquele momento de uma região. Quando a umidade absoluta do ar atmosférico atinge o valor máximo que a atmosfera pode conter, atinge-se o ponto de saturação ou umidade relativa do ar de 100%. A capacidade da atmosfera terrestre de conter vapor de água, que varia diretamente com a temperatura. Com o ar aquecido da superfície terrestre para uma altitude mais elevada, a capacidade aumenta, e com o ar resfriado, a capacidade diminui.

A umidade relativa do ar atmosférico é a medida mais utilizada atualmente quando se faz a previsão do tempo atmosférico, porque é facilmente obtida e computada, utilizando um termômetro de mercúrio ou um bulbo seco.

A umidade relativa do ar atmosférico varia inversamente com a temperatura atmosférica, com isso, ela será mais baixa no começo da tarde e bem mais elevada à noite, informando quando o ar atmosférico está chegando ao seu ponto máximo de saturação, posteriormente o de condensação que é o processo pelo qual o vapor de água passa para o estado líquido, podendo ocorrer o fenômeno das chuvas.

Fonte: cidadania e cultura – conhecimento científico.

O processo de condensação geralmente ocorre na atmosfera terrestre, quando o ar atmosférico se resfria além do seu ponto de orvalho, a capacidade do ar atmosférico em reter umidade em forma de vapor de água com o decréscimo da temperatura. Com a diminuição da temperatura atmosférica, ocorre à sua saturação e consequentemente a condensação, provocando as chuvas, que são importantes para todos os seres vivos que habitam o Planeta Terra.

Além das nuvens e da precipitação, outros fenômenos climáticos associados diretamente à condensação, ocorrem particularmente bem próximo a superfície terrestre como o orvalho, geada, neve, névoa e o nevoeiro, segundo alguns autores não são tipos de chuvas, são fenômenos atmosféricos diferentes.

As áreas ou regiões de baixas pressões atmosféricas, denominada de ciclonal, tendem a ter maiores temperaturas próximas a superfície terrestre e são receptoras de massas de ar e ventos, com uma grande instabilidade atmosférica, caracterizada por uma intensa nebulosidade e altos índices de pluviosidade.

As áreas ou regiões de altas pressões atmosféricas, denominada de anticiclonal, tendem a ter menores temperaturas próximas à superfície terrestre e são dispersoras massas de ar e ventos, portanto tem em sua característica ter pouca nebulosidade e possuir uma intensa estabilidade atmosférica.

FORMAÇÃO DAS NUVENS

As nuvens são aglomeradas das gotas bem pequenas de água que se formam geralmente com a presença de partículas na atmosfera terrestre, sua base está em suspensão na atmosfera terrestre, além de cristais de gelo ou uma mistura de ambos. Elas são formadas, principalmente pela movimentação de forma vertical do ar úmido pela corrente de convecção de ar, que é a ascensão do vapor de água, que se eleva na atmosfera terrestre, através da evapotranspiração, além de estar associada na formação de frentes ou em regiões de depressão do relevo terrestre

Quando ocorre o período da estação do verão para o hemisfério sul, se intensifica a evapotranspiração principalmente na região amazônica, que contribui para a formação da massa equatorial continental, mEc, quente e úmida.

Essa massa de ar se desloca para o centro sul do território brasileiro, atingindo grande parte do centro oeste, sudeste e sul do país, devido as variações de pressões atmosféricas, nessa época do ano.

A umidade relativa do ar atmosférico na região, transportado por essa massa de ar equatorial continental se junta com a umidade do oceano atlântico sul, devido a evaporação da água desse oceano, contribuindo com a formação da massa tropical atlântica, mTa, quente e úmida, além da atuação da massa polar atlântica, mPa, fria e menos úmida, formando a denominada frente fria, quente ou estacionária.

Esse corredor de umidade que atinge grande parte do território brasileiro em forma de vapor de água, um fenômeno climático denominado de ZCAS , ou Zona de Convergência do Atlântico Sul atualmente alguns autores estão designando esse corredor de umidade com o termo “rios voadores ou aéreos”.

Fonte: INPE -América do Sul: NASA – Satélite NOOA.

A umidade da evapotranspiração da região amazônica, com a formação da massa equatorial continental, quente e úmida, se desloca para o oceano atlântico norte, próximo ao Equador Terrestre, de latitude baixa se encontra com a evaporação do oceano, contribuindo para a formação da massa equatorial atlântica, mEa, forma um corredor de umidade denominado de ZCIT, ou Zona de Convergência Intertropical.

Fonte: INPE – Climatempo Meteorologia. Satélite NOOA.

É comum encontrarmos diversos tipos de espécies vegetais ou ecossistemas em um mesmo continente. Nas regiões de latitudes baixas quentes e úmidas é comum um tipo de mata heterogênea densa, com uma variedade de espécies com folhas largas, latifoliada com um tom de verde bem definido, como a floresta latifoliada pluvial amazônica.

Existem também as florestas tropicais úmidas, localizadas na faixa tropical litorânea, com uma variedade de espécies vegetais, como a Mata Atlântica. Outro tipo de vegetação é o cerrado brasileiro, encontrado no Brasil Central, com características semelhantes à savana africana, em parte da Austrália e na Índia.

Esse tipo de vegetação caracteriza-se por espécies de plantas rasteiras, retorcidas de pequeno porte, com árvores caducifólias, que geralmente perdem suas folhas no período do inverno, mas com espécies da fauna típicos de cada região.

Fonte:http://www.wwf.org.br/core/general. cfc?method=getOriginalImage&uImgID=%25*B%24%28%20^P%20%0A

Encontramos também os campos ou pradarias, em regiões de clima subtropical e temperado continental, como ocorre no centro sul do Brasil, na campanha gaúcha. No norte dos Estados Unidos, sul do Canadá, norte da China e norte da Argentina, esse tipo de vegetação se desenvolve onde há pouca umidade, nas latitudes médias e altas, como um tapete herbáceo conhecido como gramíneas.

Fonte: Atlas Geográfico Escolar: IBAMA-IBGE

A caatinga é uma formação vegetal típica do semiárido nordestino, onde o termo significa caa – mata e tinga – espaço em branco ou interior do vegetal branco, está presente também nas regiões extremo norte de Minas Gerais e sul dos estados do Maranhão e Piauí. Com baixo índice de chuvas e a presença de solo mais árido, pobre em nutrientes, podendo ser cultivado através do processo de irrigação ou transposição.

Observação:

O climograma, pluviograma ou termopluviométrico

Esse gráfico é útil para se evidenciar a possibilidade de uma mudança na paisagem, como variações nas áreas desmatadas. Além de desenvolvimento de cultivos, construção de uma hidrelétrica, instalação e expansão de uma espécie vegetal em regiões de reflorestamentos etc. O climograma indica a relação dos fatores e elementos climáticos de uma região, relacionando o bioma e o clima.

TIPOS DE CLIMAS NO BRASIL

CLIMA EQUATORIAL

Esse tipo climático abrange praticamente toda a região norte do Brasil, basicamente na Amazônia Legal, em uma latitude baixa, próximo ao equador terrestre. Predominando um clima quente e úmido, com médias mensais superiores a 25°Celcius, com elevados índices pluviométricos, durante todo ano e reduzida amplitude térmica anual, inferior a 3,0° celcius.

A precipitação nessa região é altíssima, acima de 2500 mm chegando até 3000 mm anuais, regularmente distribuídos pelos meses ao longo do ano, porém existem áreas com maior incidência de chuvas, tais como, o noroeste do estado do Amazonas, com cerca de 4000 mm anuais e a região de Belém, com mais de 3000 mm anuais.

Devido à evapotranspiração da região, que contribui para a manutenção de uma elevada umidade relativa do ar atmosférico na região, favorecendo o aumento da umidade relativa do ar atmosférico, com a formação da mEc, massa de ar Equatorial continental nessa região e sofrendo influência da mEa, massa Equatorial atlântica, contribuindo para a formação da ZCIT, Zona de convergência intertropical. Algumas áreas da Floresta Amazônica registram um período de estiagem, que oscila entre1 e 4 meses. 

Com chuvas convectivas ou de convecção e uma baixa amplitude térmica anual, em torno 2°Celcius, com a presença da floresta latifoliada pluvial amazônica, um bioma heterogêneo com espécies predominantes de hidrófila latifoliada.

O sul dessa região apresenta um período de estiagem que se prolonga de junho até setembro, período em que são realizadas as queimadas destinadas à limpeza do terreno principalmente para os projetos agropecuários ou especulação da terra.

MÉDIA ANUAL DE TEMPERATURA

Fonte: Atlas geográfico escolar – MEC

CLIMA TROPICAL ÚMIDO OU LITORÂNEO

Esse tipo climático abrange parte da região nordeste e norte do sudeste do território brasileiro, na porção oriental, basicamente na faixa litorânea, predominando o clima Tropical Úmido ou Litorâneo, com temperaturas elevadas, cujas médias térmicas ficam em torno de 20° a 25°Celcius. A amplitude térmica é da ordem de 5°Celcius.

As chuvas são intensas, em torno de 1500 mm por ano, com maior regularidade, porém fortemente concentradas no período verão para o hemisfério sul.

Os fatores locais, como o relevo constituído de planaltos e chapadas, como Apodi, Araripe, Diamantina e a Borborema, no nordeste brasileiro, proporcionam um clima tropical úmido no litoral, na vertente a barlavento desse relevo, barrando a umidade do oceano atlântico, das massas de ar Equatorial e Tropical atlântica, com destaque para a mata atlântica, heterogênea com várias espécies hidrófila, na região nordeste, a maior concentração de chuva ocorre no período do inverno. No litoral oriental nordestino as chuvas se concentram no outono e inverno, sendo causadas pelas chamadas ondas de vento leste.

O clima tropical de altitude nas áreas mais elevadas do relevo, região do agreste nordestino, as temperaturas são mais brandas, nessa transição, denominado de semiúmido.

Alguns geógrafos citam a barreira orográfica do Planalto da Borborema, o relevo mais elevado do agreste que barra a umidade deslocada pelas correntes de leste, impedindo que a mesma atinja o sertão nordestino, além do litoral bastante extenso, o que contribui para a ocorrência da irregularidade das chuvas na região.

O clima semiárido predominante no sertão nordestino com chuvas escassas e irregulares ao longo do ano, quente e menos úmido. O índice pluviométrico anual oscila entre 500 e 800 mm anuais, todavia, existem áreas com menor índice pluviométrico, com maior destaque para Cabaceiras no interior da Paraíba, onde o índice pluviométrico anual gira em torno de 280 mm, o menor do país, denominado de polígono da seca. O período das chuvas nessa região é mal distribuído ao longo do ano, marcado por longos períodos de secas. As chuvas ocorrem de dezembro a maio, período denominado na região de “inverno”. 

Devido à aridez, as temperaturas diurnas são muito elevadas em torno de 25° a 35°Celsius, e as temperaturas noturnas muito baixas, a amplitude térmica diária é elevada, em torno de 10° a 15°Celcius.

O índice pluviométrico anual oscila entre 500 e 800 mm anuais, todavia, existem áreas com menor índice pluviométrico, com maior destaque para Cabaceiras no interior da Paraíba, onde o índice pluviométrico anual gira em torno de 280 mm, o menor do país. As chuvas ocorrem de dezembro a maio, período denominado na região de “inverno”.

A irregularidade das chuvas nessa região pode ser explicada pela dinâmica das massas de ar e dos ventos úmidos provenientes do Oceano Atlântico. O sertão nordestino é considerado o ponto final das massas de ar que atuam no Brasil, portanto, tais massas percorrem longos caminhos até alcançar a região e quando lá chegam já estão relativamente secas, perdendo as suas qualidades e características de temperatura e umidade. Vale a pena ressaltar que as secas mais fortes estão associadas ao fenômeno do “El Nino”, quando então um forte centro de alta pressão atmosférica se forma sobre o sertão, impedindo a penetração das massas de ar úmidas procedentes do Oceano Atlântico.

A vegetação predominante é a caatinga, caa significa mata e tinga, espaço em branco ou interior da cactácea branco, do tipo xerófila como o xique-xique, mandacaru e o facheiro, com folhas pequenas ou em forma de espinhos, denominada de aciculifoliada, raízes profundas para atingir o lençol freático.

Em algumas cidades do sertão nordestino como, Petrolina, Juazeiro do Norte, Balsas e Salgueiro, devido a transposição das águas das bacias dos rios São Francisco e Tocantins , a fruticultura está se expandindo, gerando diversos empregos diretos e indiretos.

A região nordeste constitui uma subdivisão com a zona da mata, agreste, sertão e o meio norte, cada uma com uma questão climática e características diferentes.

MÉDIA ANUAL DE TEMPERATURA

Fonte: Atlas geográfico escolar – MEC

CLIMA TROPICAL TÍPICO OU SUBÚMIDO

Esse tipo climático abrange a maior parte da região central do Brasil, uma pequena porção da Amazônia, do nordeste e sudeste, predominando duas estações bem definidas ou rígidas, com um verão chuvoso, sofrendo influência direta da mEc, massa Equatorial continental, proveniente da região amazônica e uma pequena influência da mTa, massa Tropical atlântica. Com um inverno menos úmido nesse período da estiagem quando ocorrem as queimadas, preparando o solo para o cultivo comercial de grãos como a soja, milho e do algodão, além da pecuária extensiva.

As temperaturas médias mensais situam-se acima dos 20º Celcius. A amplitude térmica anual varia em média entre 5º a 8º Celcius. O índice pluviométrico anual é superior a 1000 mm, havendo áreas onde tais índices superam a 1500 mm anuais.

Vale ressaltar que esse regime das chuvas desempenha um fator importante para o desenvolvimento e expansão da fronteira da agropecuária, com uma agricultura comercial de exportação, como o solo dessa região tem um ph abaixo de 6,0 arenoso e pobre, se faz necessário o método de calagem, misturando uma parcela de calcário nesse solo ou utilizando adubo químico.

O clima do centro oeste brasileiro é o denominado tropical típico, com duas estações bem definidas, sofrendo uma influência direta da continentalidade, predominando o bioma do cerrado, com a sua subdivisão do cerradão, cerrado e cerradinho, conhecido também na região sul como campos sujos. A vegetação típica tem folhas pequenas, denominada de aciculifoliada, com a casca grossa, um formato retorcido e raízes ou o caule que cresce para baixo do solo, nas margens dos rios predomina a vegetação da mata galeria.

No período do inverno ocorrem as queimadas na região, para a limpeza do terreno, objetivando o plantio da nova safra, como também para forçar a rebrota das pastagens nas áreas de criação de gado.

MÉDIA ANUAL DE TEMPERATURA

Fonte: Atlas geográfico escolar – MEC

CLIMA TROPICAL E TROPICAL DE ALTITUDE

No sudeste brasileiro, com as escarpas da “serra” do mar, Mantiqueira e Caparaó, voltado para o oceano Atlântico, provoca as chamadas chuvas orográficas, orogênica ou de relevo. No litoral da Região Sudeste, sobretudo, no norte do estado de São Paulo e sul do Rio de Janeiro as chuvas são mais intensas. Em Itapanhaú, litoral norte de São Paulo, registramos o maior índice pluviométrico do Brasil, com cerca de 4500 mm anuais.

Esse tipo climático tropical abrange a maior parte do litoral e do interior da região sudeste do Brasil, com um trecho de relevo elevado dos planaltos. O clima dessa região é bem diversificado, com o predomínio do tropical litorâneo, denominado também de Atlântico, oceânico ou úmido, sofrendo influência direta do Oceano Atlântico, com uma pequena amplitude térmica e da massa Tropical atlântica no período do verão para o hemisfério sul, favorecendo uma pluviosidade mais intensa, mas mantendo as temperaturas elevadas, no inverno ocorre a atuação da massa Polar atlântica, formando uma frente fria, com uma queda brusca das temperaturas e chuvas constantes, predominante à mata atlântica, heterogênea e latifoliada.

Esse tipo climático de altitude apresenta temperaturas mais amenas, fruto do efeito da altitude. As chuvas ocorrem com maior intensidade no período do verão, sendo o período do inverno uma estação mais seca. Os índices pluviométricos situam-se em torno de 1500 mm anuais. A amplitude térmica anual supera os 8 ºC. Em algumas áreas ocorre o fenômeno da geada no inverno, fruto da passagem de uma forte massa de ar polar. O verão é relativamente ameno e o inverno é relativamente frio. Nas encostas da escarpa, do mar de morros e planaltos da região Sudeste voltado para o Oceano Atlântico ocorre às chuvas de relevo. Na primavera e no verão podem ocorrer precipitações de granizo, que provocam grandes prejuízos à agricultura e danos materiais para a população.

MÉDIA ANUAL DE TEMPERATURA

Fonte: Atlas geográfico escolar – MEC

CLIMA SUBTROPICAL

Esse tipo climático abrange a maior parte da região sul do Brasil, além do sul dos estados de São Paulo e Mato Grosso do sul, apresentando as quatro estações do ano bem definidas, primavera, verão, outono e o inverno, com chuvas bem distribuídas ao longo do ano.

Os índices pluviométricos ao longo do ano nessa região variam de 1.500 mm até 2.000 mm, sofrendo uma grande influência da massa Polar atlântica no período do inverno para o hemisfério sul, provocando uma queda brusca nas temperaturas médias, com chuvas constantes, devido à formação de uma frente fria. No período do verão para o hemisfério sul, essa região sofre maior influência da massa Tropical atlântica, provocando uma maior concentração de chuvas mais intensas no verão, com a formação de uma frente quente, esses sistemas frontais são responsáveis pela regularidade das chuvas nessa região. As médias térmicas dos meses do inverno são geralmente superiores a 10º celcius e no período verão, acima dos 18º.

A amplitude térmica anual dessa região é mais elevada, situando-se acima dos 8º celcius. As médias térmicas anuais são as mais baixas do país, fruto da latitude e da altitude que combinados provocam temperaturas mais baixas, sobretudo nos meses de outono e inverno.

O tipo climático dessa região é o subtropical, possuindo a latitude mais elevada do país, basicamente ao sul do Trópico de Capricórnio, na região da chamada serra gaúcha, quando a massa de ar Polar atinge esse espaço geográfico com mais intensidade, com as suas qualidades e características de temperatura e umidade, ocorre os fenômenos da neve e geada, principalmente nos estados do Rio Grande do Sul e santa Catarina, região denominada de “serra gaúcha”. 

A vegetação dominante dessa região da campanha gaúcha é composta por gramíneas e pequenos arbustos denominado de campos limpos e sujos, favorecendo a pecuária bovina e suína. No relevo mais elevado do planalto meridional brasileiro predomina a mata de araucária, um dos biomas mais degradados do país, pelo processo de ocupação, introdução da agropecuária e o extrativismo vegeta dessa madeira nobre.

Ao Sul dessa região, ocorre à transição do cerrado brasileiro, denominado por alguns autores como cerradão. É registrado um período de estiagem que geralmente se prolonga do mês de junho até setembro, quando são realizadas as queimadas como limpeza do solo para os projetos agropecuários, expansão da produção agrícola de soja e do milho, além da introdução da pecuária extensiva, geralmente com o intuito de especular a terra.

MÉDIA ANUAL DE TEMPERATURA

CURSO EEAR 2023

ESA 2022

de R$ 838,80 por R$ 478,80 em até 12x de:

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